No pouco tempo que ainda levo em Espanha já deu para perceber as grandes diferenças, mas também as grandes semelhanças entre o futebol nestes dois países.
Globalmente, o futebol é mais intenso em Espanha. Muitas das vezes não é melhor jogado, mas é jogado com mais rapidez, maior força no passe e, o mais importante, com estádios com pelo menos dois terços da lotação ocupada. Isto torna-o mais intenso, porque o público está em “cima” do relvado, sente-se o ambiente que se vive nas bancadas, a bola circula muito mais (o que torna o jogo mais vivo porque há também mais perdas de bola e saídas para o ataque) e há mais remates.
Ao invés, em Portugal, a bola circula devagar, devagarinho (o que diminui a probabilidade de perda de bola, mas também diminui em muito a intensidade e a emoção), há poucos remates, pois com tanta lentidão não se arranja espaços para rematar e dá tempo à defesa para se (re)colocar e há pouca gente (muito pouca gente) a assistir aos jogos.
E claro, em Espanha, os jogadores são melhores porque há dinheiro para os contratar. Mas o que me surpreendeu foi o facto de não conhecer a grande maioria dos jogadores (para não dizer todos) da maior parte das equipas espanholas. Santander, Valladolid, Getafe, Almeria, Murcia, Real Sociedad, Levante, até o próprio Deportivo, Español e Athletic Bilbao têm uma maioria dos jogadores da 1ª equipa que nunca ouvimos falar. O efeito Bosman também se fez sentir aqui, com as equipas médias e pequenas a não terem dinheiro para comprar bons jogadores. E a qualidade do futebol ressente-se claramente.
Quanto às arbitragens (tema central em Portugal), aí tive o grande choque. São tão fraquinhas como em Portugal. Golos em fora-de-jogo ou mal anulados, penalties “inventados”, cartões sem qualquer critério, embora menos rigoroso que em Portugal. Também aqui, são os grandes, o Real Madrid e o Barcelona, os beneficiados sistematicamente. Mas como as arbitragens são tão más, todos acabam por ter razões de queixa.
As duas grandes diferenças para Portugal, neste capítulo, são as seguintes:
1) São analisados de igual modo e com igual detalhe os erros contra ou a favor do Real e do Barcelona, como os do Getafe, do Almeria ou de outro qualquer;
2) Apenas se discute ao Domingo. Na 2ª feira já ninguém fala disso, excepto as televisões autonómicas.
Ou seja, o erro é generalizado, o que o democratiza, e a vida das pessoas não se faz ou vive em função do futebol. E, garanto-vos, não é por viverem menos apaixonadamente o jogo. É que não vivem em função dele!
Por último, Espanha não tem, como alguns querem fazer crer (especialmente os espanhois), mas nem de perto nem de longe, a melhor liga europeia. Para quem gosta de futebol de ataque, com emoção, remates e vibrante tem de escolher a liga inglesa como a melhor. Para quem goste de um futebol mais tactico, mas ihualmente intenso mas sem tantos remates, então a melhor é claramente a italiana. Ambas também com grandes problemas de arbitragem, diga-se. Tenho pena mas não conheço o suficiente da liga alemã, mas creio que estará, junto com a espanhola, um degrau abaixo da inglesa e da italiana.
Globalmente, o futebol é mais intenso em Espanha. Muitas das vezes não é melhor jogado, mas é jogado com mais rapidez, maior força no passe e, o mais importante, com estádios com pelo menos dois terços da lotação ocupada. Isto torna-o mais intenso, porque o público está em “cima” do relvado, sente-se o ambiente que se vive nas bancadas, a bola circula muito mais (o que torna o jogo mais vivo porque há também mais perdas de bola e saídas para o ataque) e há mais remates.
Ao invés, em Portugal, a bola circula devagar, devagarinho (o que diminui a probabilidade de perda de bola, mas também diminui em muito a intensidade e a emoção), há poucos remates, pois com tanta lentidão não se arranja espaços para rematar e dá tempo à defesa para se (re)colocar e há pouca gente (muito pouca gente) a assistir aos jogos.
E claro, em Espanha, os jogadores são melhores porque há dinheiro para os contratar. Mas o que me surpreendeu foi o facto de não conhecer a grande maioria dos jogadores (para não dizer todos) da maior parte das equipas espanholas. Santander, Valladolid, Getafe, Almeria, Murcia, Real Sociedad, Levante, até o próprio Deportivo, Español e Athletic Bilbao têm uma maioria dos jogadores da 1ª equipa que nunca ouvimos falar. O efeito Bosman também se fez sentir aqui, com as equipas médias e pequenas a não terem dinheiro para comprar bons jogadores. E a qualidade do futebol ressente-se claramente.
Quanto às arbitragens (tema central em Portugal), aí tive o grande choque. São tão fraquinhas como em Portugal. Golos em fora-de-jogo ou mal anulados, penalties “inventados”, cartões sem qualquer critério, embora menos rigoroso que em Portugal. Também aqui, são os grandes, o Real Madrid e o Barcelona, os beneficiados sistematicamente. Mas como as arbitragens são tão más, todos acabam por ter razões de queixa.
As duas grandes diferenças para Portugal, neste capítulo, são as seguintes:
1) São analisados de igual modo e com igual detalhe os erros contra ou a favor do Real e do Barcelona, como os do Getafe, do Almeria ou de outro qualquer;
2) Apenas se discute ao Domingo. Na 2ª feira já ninguém fala disso, excepto as televisões autonómicas.
Ou seja, o erro é generalizado, o que o democratiza, e a vida das pessoas não se faz ou vive em função do futebol. E, garanto-vos, não é por viverem menos apaixonadamente o jogo. É que não vivem em função dele!
Por último, Espanha não tem, como alguns querem fazer crer (especialmente os espanhois), mas nem de perto nem de longe, a melhor liga europeia. Para quem gosta de futebol de ataque, com emoção, remates e vibrante tem de escolher a liga inglesa como a melhor. Para quem goste de um futebol mais tactico, mas ihualmente intenso mas sem tantos remates, então a melhor é claramente a italiana. Ambas também com grandes problemas de arbitragem, diga-se. Tenho pena mas não conheço o suficiente da liga alemã, mas creio que estará, junto com a espanhola, um degrau abaixo da inglesa e da italiana.
1 comentário:
Gostei do post e do raciocínio comparativo inerente a ele. Fico à espera dos próximos "capítulos". Um abraço.
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