sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dez minutos finais e fatais




Desta vez, a prática provou a teoria (de alguns). Antes do início do jogo, algumas vozes diziam que as equipas estavam desequilibradas e o resultado ia ser uma goleada dos coletes. Mas o sorteio é feito e só se muda se todos quiserem.

Com 14 elementos presentes, houve também receios de que voltariam a suceder problemas com as substituições. Não foi o caso e parabéns a todos.

As equipas apresentaram-se:
Equipa A: Filipe, Hélder, João, Rocha, Pirralha, Tiago e Vinay;
Equipa B: Chrystello, Nuno, Rui Lopes, Moreira, Bruno, Coelho e Rui.

O jogo começou a pender para a equipa B desde o início. Nos primeiros 2 lances, Rocha efectuou 2 boas defesas e pareceu que ia ser assim, de sentido único.

Devagar, os A's souberam equilibrar, com as "armas" que tinham, o posicionamento e a entrega. Do outro lado havia rapidez, técnica e pressão no campo todo.
Demorou muito até aparecer o 1º golo e coube a Coelho marcá-lo, num lance em que se antecipa a Tiago, no meio campo, e segue sem marcação até ao disparo, forte e colocado. As chances de golo eram maiores para o 0-2 do que para o 1-1, mas foi só passado algum tempo. Num espaço de 5 minutos, Vinay distraiu-se em 2 lances, ambos com Chrystello e daí saíram 2 golos e o 0-3! Parecia o início da hecatombe.

Mas não. Filipe e Hélder foram os catalisadores da recuperação anímica e numa jogada muito bonita, Tiago converteu o 1º dos A's. Ainda faltavam 25 minutos, os A's ganharam alento mas não foram capazes de concretizar as várias hipóteses. Os B's controlaram a posse de bola e ameaçaram umas quantas vezes.

Foi então que, nos últimos 10 minutos, o "forte" dos A's desmoronou. Tendo passado muito tempo a insistir nos lançamentos longos, o fôlego acabou e os B's marcaram uma rajada de golos. Desde golos bons (Bruno e Chrystello) a golos demasiado fáceis (Rui Lopes). Pelo meio ainda um golo dos B's, mas que não atenuou a derrota pesada.

Destaques:

Jogador mais influente: Chrystello (3 golos, recuperações de bola e assistências)
Jogador mais desatento: Vinay (esteve mal em muitos aspectos)
Jogador que mais correu: Chrystello (parecia ter 20 anos)
Jogador mais inconsequente: Tiago (tantos passes longos sem qualquer resultado)
Autor do golo mais bonito: Coelho (o 1º golo da noite)
Autor da melhor defesa: Rocha (uma das muitas)

Nota final: por lesão complicada, o Fernando foi substituído pelo Pirralha. Os votos de rápida e completa recuperação ao nosso grande amigo galego.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

About Maradona

No MaisFutebol, Luís Sobral escreveu sobre a nomeação de Maradona como seleccionador. Um texto muito bom, com humor e reflecte a ideia que muitos têm de que, mesmo que ele não saiba nada sobre treinos, ele é o MAIOR e isso é muito importante.

"Maradona: pelo menos será diferente
[ 2008/10/29 | 21:51 ] Luís Sobral



Não percebo como pode haver dúvidas sobre a qualidade de Maradona como treinador, seleccionador ou lá o que ele vai fazer no banco da Argentina. Ainda nem tomou posse e em Itália o Nápoles ganhou logo por 3-0 e ficou ainda mais sólido na frente do campeonato italiano.

Está louco!?, protestará o leitor mais apressado. Quem, ele? Não sei e não interessa. Com Maradona tudo faz sentido. E vice-versa. E vice-versa outra vez, até ficarmos tontos e cairmos sobre nós próprios como um defesa inglês ao sol do México.

Claro que apesar de não ter coragem de questionar a capacidade de Maradona para levar a selecção argentina até onde quiser (o Mundial 2010, por exemplo), temo que possa correr mal. Mas menos do que quando o vejo ao lado de Chávez, no papel de segundo melhor amigo do presidente da Venezuela (José Sócrates é o primeiro destacado, até porque como se sabe corre todos os dias por isso chegou antes de Maradona, que já não corre para aí desde 1986). Ou numa clínica em Cuba. Ou num ridículo programa de televisão. Ou num toque de telemóvel.

Na minha equipa, Maradona joga sempre. Nem que seja no banco, a decidir quem são os melhores.

Enfim, será sempre uma imagem sem sentido, Maradona no banco da Argentina. O lugar de Maradona é no relvado. Mas talvez já não dê.

Pode não funcionar? Sim, pode. Mas estou cansado de treinadores que dizem sempre as coisas certas e falam como comentadores desportivos, numa língua só deles. Com Maradona, pelo menos se não funcionar será diferente. E isso chega-me.

Valdano está contra e isso não me agrada, porque gosto de Valdano e não percebo como pode não perceber que a Argentina existe para isto, louvar Maradona.

Maradona seleccionador da Argentina? Sou a favor.

P.S. : Para quem realmente quer ler um artigo sério (e bom) sobre o tema, sugiro um clique no link relacionado, nesta página. Para quem olha para o futebol e só vê aborrecimento, sugiro uma petição on-line."

o link.

Ele há azares dos diabos

Acabo de ler um aviso automático da Ordem dos Economistas sobre um “jantar/debate” acerca da “Opção Nuclear”. Lembram-se deste tema? Se calhar não. Não admira, tendo em conta as recentes diminuições dos preços dos combustíveis.

Como é óbvio, esta “opção” é sempre um tema passível de ser debatido. Num país onde há o hábito de discutir tudo e mais alguma coisa - desde o último derby, passando pelo último acordo ortográfico, até às grandes opções energéticas do país - a “quente”, trazer para a praça pública um assunto relevante, antecipando necessidades futuras, seria algo de louvar. Afinal de contas, não é também para isto que servem as elites de um país democrático? (Espero bem que sim. Pelo menos foi o que me ensinaram na escola...)

Eu, pelo meu lado, limito-me a registar o evento e a aventar que, azar dos azares, ela não terá assim uma tão grande adesão com seria de esperar há umas semanas atrás. O jantar/debate realiza-se no dia 11 de Novembro pelas 19h30 na sede da Ordem (custo:35€).

Uma modesta achega. Fernando Nobre, presidente da AMI, após ter chegado de uma visita à Ucrânia, disse que todos os que defendem a opção nuclear deveriam ir a Chernobyl. Talvez, talvez. Isto porque há azares dos diabos!


PS: este post foi também publicado no Blog Portugalvistodaqui.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A questão do aumento do salário mínimo nacional (SMN)

O debate suscitado sobre o aumento de €426 para €450 é de facto interessante e convém analisar as diversas observações feitas. Ainda bem que o Dekuip suscitou esta discussão no nosso blog. Mais uma vez reafirmo o facto de me considerar absolutamente insuspeito nesta discussão e em particular sobre a minha posição. Não votei PS, não apoio este governo, não votarei PS nas próximas eleições.
O aumento proposto para 2009 para o SMN é de facto de 5,6% como observou o VIP. No entanto, insisto que este aumento não deve ser visto nestes termos. Este aumento insere-se num acordo em sede de concertação social (Governo e parceiros sociais (4 entidades patronais + 2 centrais sindicais)) assinado há cerca de dois anos e que estabelecia os valores do SMN para os três anos seguintes (2009 inclusive). Logo este aumento está previsto já há algum tempo.
A questão deste aumento se cifrar em 5,6% face a 2007 tem um impacto insignificante nas discussões de aumentos salariais para o sector privado para 2009. Para essa discussão o valor de referência são os 2,9% de aumento para a função pública (FP) (aqui uma medida claramente eleitoralista e despropositada no actual contexto – mesmo tendo em atenção a perda de poder de compra que tem afectado nos últimos anos a FP). A questão não é pois os 5,6%.
A questão que se pode colocar (essencialmente nos sectores que praticam salários muito baixos) é a de haver categorias/funções (pagas ao nível do SMN) que se aproximam ou mesmo ultrapassam categorias/funções que inicialmente auferiam valores superiores. Isto pode levar a um efeito cascata de actualizações de algumas categorias de forma a manterem o escalonamento inicial. Ex: dois trabalhadores que em 2008 auferiam €435 e € 426. Se o primeiro for aumentado apenas em 2,9% passaria a auferir €447,62 (na realidade receberá €450) enquanto o seu colega passará a receber os €450. Para manter a diferença inicial de €9, o seu aumento deveria ser de 5,1%.
No entanto esta questão apenas se põe, de facto, nas actividades capital intensivo ou em funções pouco qualificadas.
Reafirmo que esta é essencialmente uma questão de dignificação de quem trabalha.
Seria curioso, por exemplo, saber qual a taxa ou valor de actualização de rendimento social de inserção que premeia, na maioria dos casos, quem continuadamente se recusa a trabalhar.

PS: Este texto foi também colocado no recém criado blog portugalvistodaqui.blogspot.com que tem como fundadores o dekuip, o VIP, o olho de vidro e o squadra azzurra, e para o qual vos convidamos a visitar e a participar nas discussões aí levantadas.

As fórmulas do Doutor Bento (*)

Têm sido algo surpreendentes as reacções que algumas pessoas aos aumentos propostos para o salário mínimo e para a função pública. Gostava de me concentrar apenas nas reacções ao salário mínimo.

O aumento proposto para o próximo ano é de 24 euros mensais. Lembremo-nos de que estamos a falar de salários de 426 euros mensais. Conseguem imaginar que há pessoas que vivem com salários de 426 euros mensais? É difícil, mas há. E há gente que nem isso tem. E há pessoas que têm de ter dois ou mais trabalhos a “salário mínimo” para poder fazer a sua vida com um mínimo de dignidade.

São por isso extraordinárias as declarações do Economista Vítor Bento (do quadro do Banco de Portugal e, tanto quanto sei, presidente da SIBS), sobre esta matéria (ver notícia aqui). Diz ele que é um erro de política macroeconómica fazer subir os tais 24 euros na actual conjuntura económica. Talvez esteja certo sob o ponto de vista puramente teórico. Mas tal como até Bagão Félix teve a oportunidade de o dizer ontem, está ainda por provar que estes aumentos salariais façam de facto aumentar o desemprego.

O que o Doutor Bento sustenta não é mais do que uma versão da teoria do “efeito perverso” que tantas vezes domina o pensamento conservador: se eu fizer isto com as melhores das intenções, o efeito final será exactamente o contrário, logo, o melhor é melhor não fazer nada!

Não sei o que pensam disto. Mas sinceramente arrisco a subscrever a palavra utilizada pelo Primeiro-ministro sobre este tipo de comentários: mesquinhos. Até porque se quisermos ser mesquinhos podemos muito bem olhar para as notícias que correram nos jornais há alguns meses atrás sobre a promoção por mérito deste economista no Banco de Portugal que há oito anos está ausente desta instituição (ver notícia aqui)... Será este um personagem real ou de banda desenhada?

(*) Título inspirado no livro de banda desenhada de Edgar P. Jacobs “As 3 fórmulas do Professor Sato”. A propósito, para quem gosta das aventuras de Blake e Mortimer, não percam a sua reedição todas as quartas-feiras no jornal Público.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tabela

O caso do jogo de ontem

Relativamente ao último jogo, apenas quero esclarecer que a confusão gerada relativamente aos períodos de descanso (vulgo idas ao banco ou substituições) e que involuntariamente posso ter criado não visou, de maneira alguma, ferir as susceptibilidades nem a honradez ou seriedade de nenhum jogador. Apenas teve a ver com a "forma de cálculo" dos minutos no banco. As bocas mandados, no que a mim me toca, interpretei apenas como mais umas bocas. Prometo ter mais cuidado com futuras intervenções, de modo a não ferir a susceptibilidade de nenhum companheiro de jogo.
No entanto, e para que não fiquem dúvidas de que as "bocas" não foram dirigidas a nínguém em particular, e na questão em apreço, continuo a julgar que a contabilidade do tempo passado no banco não deve ser feita com base em acréscimos de 5 minutos à hora de início do jogo, mas contar 5 minutos de cada vez. Porquê? Bem, porque nas substituições perde-se tempo e porque as susbstituições não são feitas exactamente aos 5 minutos, mas sim quando a bola sai. Logo, com o desenrolar do jogo, os períodos de tempo no banco tenderão a ser cada vez mais curtos e a haver mais paragens.
Reconheço que pode haver razões para se utilizar a primeira forma, nomeademente o facto de quase todos nos esquecermos de olhar para o relógio quando saímos para começar nova contabilização (que o digam o João, o Roche e o Filipe quando fomos a primeira vez para o banco).
Deixo esta questão à vossa consideração e mais uma vez peço desculpa pela situação criada.

Já agora, parabéns a todos pelo grande jogo de ontem (em especial ao Moreira). Emotivo até ao fim e com incerteza no resultado.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

E se o mundo pudesse escolher o próximo presidente dos EUA

Um site de uns tipos da islândia baseado na (velha) ideia de que deveríamos todos votar na eleição do presidente mais poderoso do mundo.

Apesar de os autores do texto se demarcarem desta ideia, vale a pena colocar um voto nesta urna virtual e ver os resultados. Quando o coloquei, o candidato Republicano John McCain levava vantagem apenas na República da Macedónia (num total de 199 países). Curioso o resultado dos EUA: 81.9% dos que depositaram o seu voto nesta "eleição virtual" preferiam ter o candidato Democrata, um valor que está distante do que as sondagens feitas com método e princípios científicos têm vindo a demonstrar. Será que os red necks não têm acesso à Internet?

A eleição real é no próximo mês.

De maldição em maldição...

A edição on-line do Público de hoje fala de mais uma "maldição" do SL Benfica. Desta feita não è a do Bela Guttman referido por um post recente neste Blog, mas sim as equipas "alemãs" e "Berlim". Bem, como o mesmo artigo reconhece, na jornada anterior da competição o SL Benfica consegiu ultrapassar mais uma dessas maldições (as equipas italinas).

O que se retira daqui? Nada de especial. Apenas que o futebol português está cheio de "bichos papões". Esperemos que, de maldição em maldição, o Benfica amealhe os pontos necessários para seguir em frente. A propósito, parabéns ao Sporting pela recente vitória na Champions.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Todo o tipo de artigos...

Na internet encontram-se todo o tipo de artigos a relacionar tudo e mais alguma coisa. Um exemplo recente é este The impact of foreign players on international football performance, escrito por um economista turco.

E se são daqueles que, tal como eu, gostam de economia, não se esqueçam de fazer uma visita (se tiverem tempo, é claro), ao artigo (humorístico) chamado Japan's Phillips Curve Looks Like Japan.

Clássico na Taça

Foi hoje o sorteio da Taça:

Sporting - FC Porto
Académica - Estrela Amadora
Naval - Belenenses
Nacional – Sp. Braga
Benfica - Desportivo Aves
Boavista – V. Guimarães
Leixões - Santana
Gondomar - Trofense
Arouca - Paços Ferreira
Portimonense - Varzim
Olivais e Moscavide - Beira-Mar
Valdevez - Gil Vicente
Vizela - Esmoriz
Cinfães - Fátima
Peniche/Fafe/Sourense/Torre de Moncorvo - V. Setúbal (L)
Santa Clara/Lusitano/Fiães/Freamunde - União Madeira (II)

Destaque óbvio para o clássico SCP-FCP. Os finalistas da época passada defrontam-se em Alvalade e um deles ficará pelo caminho. As apostas começam e já há quem diga que depois deste embate, um dos treinadores será despedido.

Quanto aos restantes, o SLB volta a jogar em casa e agora contra o Aves. Espero que o Benfica ganhe, sem desculpas.
Os jogos entre equipas da 1ª Liga serão sempre aliciantes, mas o interesse especial vai para o Cinfães, único representante da III, que recebe o Fátima. Uma boa hipótese para os visitados se manterem em prova.

Os jogos estão marcados para 9 de Novembro.

A maldição do Benfica

Para quem não sabia:

http://blogs.as.com/futblogging/2008/10/la-maldicin-de.html#more

Eu até estou preocupado...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma loira no Nando's

A globalização tem destas coisas. A cadeia de restaurantes Nando's, especializada em fast food com influência portuguesa, é conhecida em muitos países mas largamente desconhecida em Portugal.

É tão conhecida lá fora que muitos estrangeiros chegam mesmo a pensar que a comida típica dos portugueses é o franguinho assado com batatinha frita... Mas enfim, a globalização tem destas coisas e, se não temos - tanto quanto sei - um Nando's em Portugal, sempre nos consola sabermos que já existe um Starbucks ali para os lados de Alfragide.

Fica então este spot publicitário que me enviaram para, quem sabe, abrir-nos o apetite e ficarmos a saber um pouco mais do que se passa no mundo do fast food internacional.

Relato que tardou mas veio

As equipas inicialmente apresentadas sofreram uma alteração, tendo o João (Ex-Pai Natal) passado para a equipa dos A’s.

As equipas entraram:

Equipa A: Filipe, Hélder, João, Rocha, Fernando e Coelho;

Equipa B: Chrystello, Nuno, Rui Lopes, Rui, Bruno e Tiago.

Desenvolveu-se o jogo com equilíbrio salientando-se desde o inicio que a equipa dos A’s jogava de forma mais apoiada e os adversários um pouco ao estilo “cada um por si”. Poucas trocas de bola eficazes nesta ultima equipa, acabaram até mesmo por ser o sentenciador do jogo.

Ainda com pouco tempo de jogo o melhor golo da noite abrilhantou o que viria a ser um inicio auspicioso para os A’s, com um portentoso remate do Filipe Mateus praticamente a seguir a linha de meio campo descaído sobre o lado direito do seu ataque, apanhou desprevenido o GR da equipa B que pouco mais pôde fazer que seguir a bola com o olhar (Melhor Golo da noite).

Ainda com o jogo equilibrado sendo a Batuta da equipa B o Bruno, que estava em noite muito inspirada e que transportava toda a sua equipa às costas. Foi de facto o melhor jogador da noite pelo esforço extra que teve que implementar para que a equipa B não sofresse uma derrota por números ainda mais expressivos. Da equipa B Tiago ia tentando uns remates de longe, sem acerto, R.Lopes de igual forma ia tentando acertar na baliza e remar um pouco contra a maré.
R Chrystêllo (em noite muito negativa teve o seu ponto alto com remate ao poste…foi mesmo do melhor que fez a par de um golo consentido com meia defesa dee Rocha) teve o mérito do jogador mais inconsequente, não apenas pelo facto de tudo o que não fez como a entrega ao jogo que lhe vai sendo habitual nunca se viu nem mesmo as recuperações posicionais para a defesa. Aliás teve mesmo um ataque de fúria chutando a bola para fora de campo (1ª vez em 9 anos de pratica desportiva naquele recinto) irritado com uma chamada de atenção de R. Lopes que se viu frustado por mais um golo adversário.

Ainda de referir a melhor defesa da noite – Rocha- que efectivamente estava de “rocha e cal” à baliza dos A’s, perpetrando uma mão cheia de excelentes defesas mantendo a sua baliza difícil de ser alvejada pela bola.

A equipa A ia comandando as operações com jogadas fáceis e aproveitando-se do desacerto dos adversários, sob a voz de comando de Helder Machado que não só comandava o alinhamento defensivo da sua equipa, como ainda almejou um novo alinhamento tíbiotársico do pé esquerdo do R. Chrystello com um carrinho em plena grande área. Tendo acertado na bola primeiro, viu a sua equipa punida com um pénalti pois não conseguiu evitar o arrastar do corpo e consequente embater no pé de remate de R. Chrystello, que sem ângulo e sem apoio próximo da linha final, pouco contundente parecia ser o remate que preparava. De qualquer forma a marcação da linha de 9 metros era evidente não sendo permitidos “carrinhos” nesta prática desportiva e dentro da grande área – Regras do Jogo! Marcação com força mas para o meio da baliza com Rocha a defender mais uma vez.

Destaques:

Jogador mais influente: Bruno

Jogador mais desatento: (o autor da crónica não o elegeu, pelo que aproveitem e elejam-no nos comentários)

Jogador que mais correu: Bruno

Jogador mais inconsequente: R. Chrystello

Autor do golo mais bonito: Filipe (o 1º golo)

(crónica da autoria de R. Chrystello)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tabela actualizada



Acima está a tabela actualizada. Sem a crónica pois até ao momento não a recebi.

Quem tiver estado no jogo e quiser fazer uma crónica, escreva-a e poste aqui (se estiver inscrito) ou então envie-ma por mail que eu coloco aqui.

sábado, 18 de outubro de 2008

Uma prova do Tempo

Amanhã vou correr os 10 km da Corrida do Tejo. É já, se a memória não me atraiçoa, a quarta vez que participo nela. Costumo fazer este tipo de corridas "populares" duas, três ou mais vezes ao ano.

Esta é uma das que gosto mais, até porque corremos ao longo da marginal e a vista é esplêndida. Para além disto, a organização dá um chip que regista o nosso tempo de prova (coisa rara em corridas com menos de 21 km) e que permite, pelo menos a mim, fazer uma espécie de "prova dos nove anual" do meu estado geral de saúde.

Costumo sempre fazer os 10 km em pouco menos de uma hora. A hora é a minha "prova dos nove". É uma marca que tenho conseguido atingir sem grande esforço. Pelo menos até agora.

Amanhã, no entanto, tenho sérias dúvidas se que gastarei menos de uma hora. Por várias razões, a começar pela minha cabeça, que ostenta mais cabelos brancos do que o ano anterior, e a acabar no facto de não ter treinado o mínimo nas últimas semanas. Por isso este ano o meu objectivo é a hora. Todos os minutos a menos serão claramente uma vitória.

A ver vamos como a corrida me corre. A mim e aos dez mil e quinhentos maluquinhos - mais dois mil do que no ano passado - que vão andar de calções e t-shirt num domingo de manhã que, a acreditar no que diz o weather.com, terá para oferecer um céu enublado e 15º celcius para nos aquecer...

PS: esta semana não houve registo do jogo de 5ª feira. Penso que houve pelo menos uma pessoa que se disponibilizou para o escrever. Pergunta (talvez ignorante, admito..): como é que essa pessoa pode colocar esse post se não está, pelo que sei, registado para postar neste Blog?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Outra vez os grafittis

Parece que finalmente a Câmara de Lisboa se vai mexer e tentar fazer alguma coisa para dominar a praga de Grafittis que grassa pela capital (ver notícia RTP aqui).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O jogo do anjo

Para quem leu o "A sombra do vento" vai gostar de saber que o segundo livro de Ruiz Zafón - "O jogo do anjo" - já foi traduzido para português.

Não sei se o livro é bom. Mas é um fenómeno editorial. Isto porque o livro já vendeu mais de um milhão e duzentos mil exemplares em Espanha, duzentos e trinta mil dos quais num só fim-de-semana! (ver notícia do El País aqui)

Enigma

"Enigma" é o nome da máquina que era usada pelos alemães para cifrar mensagens durante a Segunda Guerra Mundial. O princípio da cifragem da Enigma é simples. Ao digitar uma letra num teclado normal, a máquina fazia corresponder uma outra letra através da combinação eléctrica e mecânica de um conjunto de rotores.

A cifra usada pelos alemães foi descodificada graças aos esforços dos polacos e (mais tarde) dos ingleses, tendo sido este feito muito importante para a derrota das forças nazis.

Para quem está interessado, há um site na internet onde podemos ver esta máquina em acção. Podemos até escrever as nossas mensagens cifradas.

Eu escrevi uma, palavra a palavra, que resultou no seguinte texto:

IIXK QID FPC MVFUYYGNP GYGVG?

O que quer simplesmente dizer:

COMO FOI QUE EMPATAMOS ONTEM?

Visitem o site e experimentem pôr as mãos neste Enigma!

Portugal - Albânia: Fabuloso!

Em primeiro lugar devo dizer que me encontro divorciado da selecção nacional desde o final do 1º jogo do Euro 2004 (o 1º Portugal-Grécia desse Europeu), e em particular do anterior seleccionador. Em 2º lugar, devo acrescentar que a escolha do Sr. Prof Queiroz para seleccionador me deixou perplexo. Qual o curriculum desse Sr. para ser seleccionador? Que clubes treinou? O que é que ganhou no futebol profissional como treinador? Etc., etc.
Portanto esta minha crónica (feita a pedido do nosso amigo e cronista habitual VIP) está enviezada à partida. Admito-o sem reticências.
Passemos ao jogo. Portugal, 8º do ranking UEFA, Albânia 40ª (segundo informação do comentador da TVI). Portugal entra em campo em 4-3-3. Três médios de características semelhantes (Meireles, Fernandes e Moutinho) e três avançados, com Dany a entrar tendencialmente pela direita, Ronaldo encostado á esquerda (acho mesmo que havia um íman que o impedia de se afastar da linha lateral) e Almeida sozinho no ataque. Queiroz explicou após o jogo, na conferência de imprensa (sim, não esquecer que o seleccionador e os jogadores não deram com o caminho para o flash-interview da TVI – pede-se a colocação urgente de sinalética no estádio Axa quando a selecção aí jogar. Sim, porque em jogos de clubes todos dão com os elevadores) que jogou em 4-3-3 com dois avançados (?!). Ainda estou para saber quem era o 2º avançado. Na primeira parte nada a registar. Talvez a jogada mais perigosa tenha sido um contra-ataque da Albânia quando ainda jogava com 11 jogadores. Aos 40m, 2º amarelo para um defesa que tinha entrado 15 minutos antes a substituir um colega lesionado. Com uma 2ª parte pela frente e com mais um jogador, Queiroz numa jogada de arrojo volta com a mesma equipa, ou seja o famoso 4-3-3 com 2 avançados. Aos 55m, intrépido como sempre, Queiroz substituiu Moutinho e Dany por Quaresma e Nani. Finalmente, por volta dos 75m entra Gomes para substituir Miguel (segundo o seleccionador, numa acção de grande risco). Para se ter uma ideia da 2ª parte, Portugal teva 2/3 oportunidades (2 claras: cabeceamento de Almeida e remate isolado de Nany). A Albânia saiu uma vez do seu meio-campo e criou uma oportunidade com um homem acabado de entrar a ganhar sucessivos ressaltos até se isolar. Daí a necessidade de manter 4 defesas para um homem ocasionalmente no nosso meio campo.
Resultado mais que justo pelo que Portugal não fez e pelo que a Albânia conseguiu fazer apenas com 10 homens. E sem necessitar de fazer muito anti-jogo.
Destaques do jogo? Queiroz e os 14 que estiveram em campo. Todos pela negativa (talvez esteja a ser injusto com o Gomes pelo que fez em campo. Mas pela resposta que deu após o jogo também merece este destaque). Pela positiva, o estádio quase cheio e o espírito de entrega ao jogo da Albânia.
Notas finais:
1) Segundo Queiroz bastava ter marcado em 50% das oportunidades criadas. Pois, ao menos teríamos ganho, mesmo que por 1-0;
2) Podemos ficar todos descansados porque Queiroz prometeu a qualificação e ir ganhar a todos os estádios onde seja preciso ganhar. Parece-me que vamos ter de ir ganhar a todos os estádios;
3) Se CR7 quer ser o melhor do mundo convém jogar mais, falar e protestar menos em campo, atirar-se menos para o chão, aceitar assobios e etc.etc. Ou seja, acima de tudo ser um bom profissional.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Na sequência do post do olho de vidro

Em primeiro lugar devo dizer que tenho pena que a apreciação feita (na comunicação social em geral, e não tanto neste blog) à atribuição do prémio Nobel de Economia a Paul Krugman se tenha centrado mais nas suas declarações mais recentes sobre a política económica seguida pelas mais recentes administrações norte-americanas (onde se inclui também o “democrata” Clinton durante 8 anos) e não tanto no seu trabalho de investigação na área da geografia económica e do comércio internacional. Em grande medida tal deve-se á fixação da grande maioria dos europeus e em especial da sua comunicação social no apoio a Obama. Por vezes esse apoio raia o anedótico e revela muito sobre a coesão europeia aos mais variados níveis.
Passando ao comentário final do Olho de Vidro, devo questionar se queremos e devemos, de facto, mudar o modelo político, social e económico em que vivemos?
Temos aqui três questões diversas e que cada uma se poderia desmultiplicar em muitas mais questões. Também é verdade que algumas das questões se relacionam nalguns pontos. Mas vamos por partes:
1ª) Modelo político: esqueçamos questões de regime (republicano ou monárquico). Fixemo-nos no sistema. É um facto histórico e comprovado pelos anos mais recentes que o único sistema político que consegue compatibilizar (em diferentes graus, é certo) liberdades individuais, desenvolvimento económico, bem-estar social, redistribuição e o conceito de propriedade, entre outros, é a Democracia. Não houve, até agora, nenhum outro sistema (ditaduras de direita ou de esquerda, sistemas proletários, etc.) que tenham conseguido conjugar tantas “virtudes” como a Democracia. E tivemos ditaduras de diversa natureza (nazi, fascista, corporativas, marxistas, proletárias, populares, militares de diversa natureza ou simples apropriação usurpadora do poder). E, embora seja muito elogiado por alguns grandes “intelectuais” e políticos da nossa praça, também não creio que sejam os sistemas “Chavistas” ou “Moralistas” que o possam conseguir. Portanto resta-nos a discussão se preferimos e/ou queremos sistemas eleitorais proporcionais, uninominais, mistos, etc.
Eu por mim continuarei sempre a defender o sistema democrático que me permite de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos eleger aqueles que considero, a cada momento, os melhores para dirigirem os destinos do meu país
2º) Modelo social. Quando a mim aquele que permite mais opções de escolha e onde a ideologia está mais presente (até mais que no económico). Temos o modelo americano de em que a componente social (especialmente na saúde) funciona também em termos de mercado, com baixa contribuições dos contribuintes. Desta forma, quem tem possibilidades (e era até há bem pouco tempo a grande maioria da população americana) recorre a sistema privados de assistência. Quem não tem possibilidades resta-lhe recorrer aos sistema nacional de saúde (com fraca qualidade de atendimento). Temos o modelo social nórdico onde a par de elevadas contribuições tributárias se alia um sistema assistencial exemplar desde a nascença até á morte, passando por situações de desemprego, doença, etc. Temos os sistemas sociais da Europa do Sul (Portugal, Espanha, França, Itália, etc.) tendencialmente gratuitos e, talvez por isso, em franca decadência no aspecto assistencial (e não no aspecto dos impactos de longo-prazo, como por exemplo, as taxas de mortalidade infantil e de esperança de vida á nascença). Temos os sistemas sociais dos países socialista/comunistas/colectivistas, onde os serviços são prestados gratuitamente e com elevado nível de qualificações (mas é preciso não esquecer que nestes, mesmo que houvessem sistemas alternativos ao sistema público, a grande maioria da população não tinha condições para aceder a eles. Vide: União Soviética e países da cortina de ferro, China, e o “paraíso” cubano).
Assim, quanto ao modelo social poderemos optar pelas mais variadas soluções. Naturalmente, excluo os últimos modelos. Assim, eu prefiro um sistema misto público/privado que se reflicta nas contribuições de cada contribuinte. Sendo que um contribuinte, pelo simples facto de optar por um sistema privado não fica automaticamente isento de contribuir para o sistema público. Há um princípio de solidariedade social que é preciso preservar e salvaguardar. Por ordem de preferência, seguir-se-ia o sistema nórdico e finalmente o privado dos EUA.
3º) Modelo económico. Mesmo com todos os sobressaltos das últimas semanas, conseguem visualizar alguma alternativa à economia de mercado? Quando Socrates (o nosso José) apregoou a derrota do mercado sem regulação, do liberalismo e outras barbaridades foi pena ninguém lhe ter perguntado em que mundo andou nos últimos 12 anos? Não foi ele ministro do ambiente durante anos (consulado de Guterres)? Não foi ele primeiro-ministro nos últimos 3 anos e meio? E em que sistema exerceu esses cargos? Ou melhor, o que fez para derrotar essa entidade maléfica que é/era o mercado? NADA! Sempre conviveu muito bem com ele e com todos aqueles que melhor personificavam “o mercado”.
Por outro lado, não será abusivo falar de mercado livre na Europa? Será mais um mercado muito e mal regulado. Basta ver o que anda a fazer a autoridade da concorrência (ex: combustíveis, pão, etc.) ou o próprio governo (ex: troca de administradores CGD/BCP Millenium).
Poder-se-á advogar mais ou melhor regulação mas nunca qualquer outro tipo de intervenção. E acima de tudo uma maior ética da parte de gestores e accionistas. A este propósito, parece-me absolutamente contraproducente algumas das medidas anunciadas para combater a crise (embora reconheça que possam ser fundamentais no actual momento): primeiro seleccionar quais as entidades que se deixam cair e segundo, premiar gestores e accionistas absolutamente amorais e sem quaisquer princípios éticos ou de respeito pelo próprio mercado.

PS: é um facto que o teu texto nos levaria a uma discussão muito maior e bastante enriquecedora. Mas decidi centrar-me apenas no teu comentário final e olha no deu. Um testamento imenso.

Proposta de Orçamento de Estado

Enquanto as novidades do novo Orçamento de Estado vão sendo destiladas e traduzidas para uma linguagem mais fácil de entender para o comum dos mortais que vivem e pagam impostos nesta terra à beira-mar plantada, talvez seja uma boa ideia - até para termos uma ideia do volume que necessita de ser destilado - dar uma vista de olhos à proposta em si mesma utilizando, para esse fim, o seguinte site da Direcção-Geral do Orçamento.

Entretanto, como que a sustentar o cenário macroeconómico estimado que serve de base à proposta, o Ministro das Finanças garantiu que Portugal não vai entrar em recessão. A ver vamos se os 0,6% de crescimento do PIB se mantêm como hipótese sustentável nos próximos meses. Mas se o Ministro garante... Bem, se garantiu está garantido, homens e mulheres de pouca fé, cavaleiros da desgraça, apóstolos do Apocalipse...

The rise and fall of the middle class

Sim, o Prof. Krugman está na berra!!! Achei muito interessante este pequeno clip no que Krugman fala da criação e destruição da classe média nos USA. Fala dos seus inícios na era do “New Deal”, da sua criação a partir dum processo político-económico (atenção, e não puramente económico), a sua “institucionalização” na economia durante 50 anos, e o início do seu declive (adivinham?) com a administração Reagan. O clip:

http://www.youtube.com/watch?v=5kwA-CwFK5A&feature=related

O processo de formação da classe média nos USA é conhecido como “the Great Compression”, pois o fenómeno levou a uma redução das desigualdades socioeconómicas, a uma redução da distância entre classes. Este processo acelerado também se pode estudar na Europa, sendo que, na minha opinião, a formação da classe média europeia e o processo de redução de desigualdades só se deu após a 2ª Guerra Mundial, e curiosamente alavancado no famoso “plano Marshall” (evidentemente, os países comunistas, Espanha e Portugal seguiram processos diferentes, fora deste enquadramento, dada a sua condição de ditaduras). E de maneira muito similar aos USA, as classes médias na Europa surgiram em poucos anos, os que as suas economias nacionais demoraram em se recuperar dos efeitos da guerra.

Param mim, as conclusões que se podem tirar dos 7 minutos de Krugman são as seguintes:

1) Os processos de redução das desigualdades socioeconómicas não são um resultado do mercado puro, do “laissez faire”, da “invisible hand”. São uma opção política (e, por tanto, ideológica) que deve ser apoiada para se desenvolver na prática, partindo de posições e premissas “igualitárias” em termos sociais;

2) O contrário também é certo: a mudança do “status quo igualitário” para uma situação de desigualdade maior é uma opção política e económica, o que demonstra a aqueles que berram que “já não há ideologias, só há mercado” que a afirmação é uma grande mentira. E não só, porque é aliás uma mentira tendenciosa, de aqueles a quem não importam e até gostam e precisam das desigualdades, pois são a fonte da sua riqueza. Assim sendo, quem tal coisa pregoa, ou está muito mal informado, ou mente deliberadamente com um fim evidente (e com um fundo ideológico que nega);

3) A tercialização da economia teve nos últimos 30 anos um efeito contrário ao esperado: era suposto uma economia mais moderna fornece-se à sociedade no seu conjunto maior segurança, melhores condições de vida e um aumento geral dos rendimentos e da renda disponível. Por desgraça, a tercialização é um dos vários factores que tem gerado mais pressão na classe média: maior competitividade (isto isoladamente não é algo negativo “per sé”), redução do rácio salário/hora e aumento da insegurança laboral, redução da taxa de filiação aos sindicatos, etc;

4) É interessante como Krugman menciona a taxa de filiação aos sindicatos como indicador do aumento das desigualdades. Atenção: falar de sindicatos não implica falar de “comunismo”, “socialismo” ou políticas de esquerda. Alguns dos sindicatos mais poderosos do mundo (por exemplo, na Alemanha) são de tipo sectorial. Aliás, usar a perspectiva da dialéctica Marxista para analisar a economia e ser comunista são duas coisas totalmente diferentes…

5) A globalização é o “bicho papão” que as grandes empresas nos têm vendido nos últimos anos para pressionar mais ainda sobre as classes média e operária. O medo à Ásia levou aos líderes empresariais (e, pior ainda, políticos) a pedir o mesmo tipo de sacrifícios na Europa e nos USA. O paradoxo é que usar o mesmo modelo de produção que os países pobres não vai tornar a Europa e os USA mais ricos, só mais pobres. Só um paradigma que proponha “fazer as coisas de maneira diferente” poderá melhorar a nossa situação;

6) Neste clima, os grande beneficiários foram os directivos de topo das grandes empresas, administradores, etc. De facto, o diferencial entre ordenados dos quadros médios (os típicos da classe média) e quadros directivos tem crescido meteoricamente nos últimos 20 anos. Será que os administradores fazem agora muitas mais coisas e muito melhor feitas do que nos anos 70 0u 80? Não me parece…

COMENTÁRIO FINAL: se não se mudar qualquer coisa deste modelo político, social e económico, vamos acabar num capitalismo que a humanidade já conheceu, o do século XIX. E não gostamos dele.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Qual é a minha posição no ranking mundial de rendimentos?

Um site interessante que nos pode dar uma ideia da forma iníqua da distribuição do rendimento a nível mundial.

É interactivo e estima a nossa posição mundial em termos de rendimento anual obtido. Atenção que os dados que usam não são dos mais recentes. De qualquer forma o site passa perfeitamente a mensagem a que se propõe divulgar pelo que acho que vale a pena usá-lo.

Mais sobre o Mr. Krugman

De facto, o Mr. Krugman tem sido bastante crítico com as políticas económicas que chegou a qualificar de “extrema-direita” da administração Bush. Aliás, ele é colunista habitual do "The New York Times"... E na campanha eleitoral parece estar claramente alinhado com o Obama… Será esta uma mensagem de mudança na moda neoliberal (ou melhor dito ultraliberal) do pensamento económico? Afinal até vai ser verdade que um pouco de (boa e bem feita) regulação até lhe faz bem aos mercados!!!

Os seus artigos são publicados regularmente pelo “El País”, e cá vão três publicados sobre a crise que ameaça com provocar um cataclismo politico-socio-económico que presumivelmente acabará em orgia canibal-sodomita no inferno dos brokers falidos (sorry, estão em castelhano):

"Dinero a cambio de basura" - 28/09/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/Dinero/cambio/basura/elpepueconeg/20080928elpneglse_5/Tes

"Una llamada a las tres de la madrugada" - 05/10/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/llamada/madrugada/elpepueconeg/20081005elpneglse_5/Tes

"El momento de la verdad" - 12/10/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/momento/verdad/elpepueconeg/20081012elpneglse_3/Tes

Outros artigos e noticias publicados anteriormente sobre Krugman:
http://www.elpais.com/todo-sobre/persona/Paul/Krugman/3238/

Uma consciência liberal?

E o Nobel foi para Paul Krugman, um economista da Universidade de Princeton - já é o 5º desta Universidade - e colunista no New York Times. (A propósito, o seu Blog neste jornal chama-se The conscience of a liberal).

Este é um nome que é muito provavelmente conhecido para todos aqueles que estudaram economia internacional.

Ao que parece Paul Krugman tem sido um grande crítico da administração Bush e da sua política económica. Talvez esteja aqui o tal sinal de que falava há uns dias atrás. Mas como é óbvio, isto é apenas pura especulação da minha parte. Resta apenas registar o nome e esperar pelo que o próximo ano nos reserva.

domingo, 12 de outubro de 2008

13 de Outubro

Amanhã é dia de peregrinação a Fátima. Segundo esta notícia da SIC, parece que a crise está a afectar as vendas dos inúmeros lojistas que vivem do turismo religioso daquele santuário.

Se por um lado a "crise" é um factor mau para as vendas, os lojistas sempre vão dizendo que ela pode ser também positiva pois em ano de aperto financeiro os peregrinos sempre vão comprando mais qualquer coisinha relacionada com a fé e a oração...

Não tenho nada contra estas proposições. Acho até que o poder da oração e do pensamento positivo podem fazer milagres! Mas acredito muito mais no poder do humor. Mesmo quando o utilizamos com coisas sérias. E como o dia 13 é também dia de Nobel da Economia, fica aqui a seguinte recomendação de leitura: The effect of prayer on God’s Attitude toward mankind, de James Heckman, um dos nomeados em 2000.

Roubo de portátil

Hoje foi notícia o roubo de um portátil da casa da procuradora Helena Fazenda que, de acordo com as primeiras notícias sobre este assunto, poderia revelar a identidade de pessoas e os conteúdos das escutas telefónicas feitas no âmbito das investigações sobre as mortes de empresários da noite no Porto.

De acordo com esta notícia do Público, parece que o caso não é assim tão grave. Ainda bem, até porque não acharia nada normal saber que escutas telefónicas, nomes de pessoas e outro tipo de provas judiciais importantes andassem por aí a circular em portáteis. Até porque estes podem ser roubados através de um quaquer esticão, assalto ao automóvel ou extorsão com seringa...

Mas o que me espanta mais é a passividade com que esta situação - a de existir informação sensível do trabalho em casa (mesmo que de uma pessoa a todos os níveis insuspeita) - seja aceite com naturalidade e passividade por todos, inclusive pela comunicação social.

É que será assim tão normal levar esta informação tão importante para casa? Ninguém questiona esta situação? É que nestes casos, muitas vezes não basta ser mulher de César. É preciso parecê-lo também.

Suécia – Portugal

Confesso que não estava à espera de ver este jogo, quanto mais comentá-lo. Ultimamente a vida tem-me mostrado outras prioridades pelo que coisas como esta, a de assistir à totalidade de um jogo de futebol, são hoje em dia cada vez mais raros.

Foi o que aconteceu com o último jogo de Portugal. Comecei por vê-lo em Almada, em casa de uns amigos. Segui-o depois através da rádio do meu carro e terminei por ver a parte final do encontro já em casa, a espaços, sempre que as actividades de colaboração doméstica e as solicitações da minha mais pequena o permitiam.

Portugal iniciou o encontro com quatro alterações em relação ao último brilharete viking em Alvalade. A Suécia teve as melhores oportunidades da primeira parte e Elmander, um tipo que desconhecia que existia sequer, teve umas duas ou três oportunidades para marcar. Com a supremacia escandinava a funcionar em pleno, Portugal só teve um remate digno desse nome aos 30 minutos (Bosingwa).

A segunda parte foi algo diferente. Portugal soltou-se mais e teve mais oportunidades. Algumas muito boas, como aquela protagonizada por João Moutinho aos 51 minutos e aquele contra-ataque, já perto do final, um lance em que o nosso representante Romani poderia (talvez) ter feito melhor do que ter seguido aquela “fezada individualista” de chutar a bola, marcar um grande golo e sair levado nos braços de uma multidão rendida ao novo herói da nação. Ficou por marcar um penalti, é verdade, mas os suecos também poderiam ter marcado na segunda parte (Zlatan Ibrahimovic, com boa defesa de Quim).

Suecas na bancada com a tarefa insidiosa de desconcentrarem o Ronaldo nem vê-las. Ou pelo menos eu não as vi. E o Ronaldo também não as deve ter visto pois fez um jogo razoável. No final do encontro ficaram as declarações do treinador Carlos Queirós que disse, de uma forma peremptória, que Portugal estaria no mundial da África do Sul. Gosto da convicção, mas pessoalmente seria mais comedido, até porque hoje em dia nem sequer há 100% de certeza de o mundial se disputar na África do Sul...

Como escrevo no Domingo, foi-me possível espreitar os títulos dos jornais sobre o encontro. A variedade de títulos é grande, mas o que mais me agradou foi o que aponta para os “serviços mínimos atingidos” pela selecção. Acho que é o título que espelha melhor o que se passou em Estocolmo. O empate não foi mau e não será por causa deste resultado que Portugal terá de, tal como já foi dito neste Blog, “puxar pela calculadora”, fazer contas e rezar para que os santinhos ajudem na qualificação.

Resta este ano jogar com a Albânia, ganhar os três pontos e mandar os jogadores para os seus clubes e respectivos campeonatos. Depois, em 2009, a qualificação começa outra vez com um jogo com a Suécia a 28 de Março. Aí os serviços mínimos só podem ser a conquista dos três pontos.

PS: o nosso grupo de apuramento não é propriamente uma pêra doce. Mas por acaso já viram o grupo da Grécia? Israel, Suíça, Letónia, Luxemburgo e Moldávia. Tudo “monstros” do futebol mundial… Não admira que os helénicos estejam até agora 100% vitoriosos…

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Finanças e Marketing no Futebol

Na net há muitos e bons trabalhos. Dos que vou conhecendo, realço 2 que ligam o mundo do futebol com as áreas das finanças e do marketing. Há análises de vertentes específicas, de cada uma dessas áreas, que nos dão uma melhor perspectiva do negócio que é o futebol. Se tiverem hipótese, dêem uma vista de olhos.

Os links são este e este.

Ficarão também com ligação na barra lateral deste blogue.

Faltava espaço



Estava muita gente no pavilhão e isso tirou o espaço. O futsal praticado foi muito atabalhoado, sem jogadas bem delineadas. Embora estivessem em campo 5 contra 5, havendo 2 suplente para cada equipa, as substituições eram de 5 em 5 minutos, quebrando o fio de jogo. Suponha-se que houvesse uma vantagem clara no ritmo de jogo, pois ninguém ficaria cansado, mas viu-se na mesma uns quantos "atletas" sem fôlego.

As equipas entraram:

Equipa A: Filipe, Nuno, Rui Lopes, João, Moreira, Coelho e Bruno;

Equipa B: Chrystello, Hélder, Pirralha, Rui, Vinay, Rocha e Tiago.

O jogo começou a bom ritmo, mas houve logo um primeiro ferido, Lopes, mas ninguém deu pela razão, só se viu Lopes no chão. Sabendo que haveria muitas substituições, os jogadores pereceram preocupados em correr muito, mas nem sempre bem.

Desde cedo se verificou que a equipa A estava melhor, conseguindo trocar a bola e levar perigo à baliza adversária. Dos B's via-se mais vontade que capacidade.

Com bom posicionamentio em campo, os A's rematavam mais, mas nem sempre bem. Os B's eram mais calculistas, com Hélder a dar instruções à equipa para melhorar a cobertura de espaços. Os golos surgiram espaçadamente, alternando-se as vantagens, chegando-se ao empate a 3, no golo da noite, marcado por Vinay. Que magnificiência! Um tiro de antes do meio-campo, com força e colocação, efeito e intenção. Arrancou aplausos da equipa e dos adversários.

Depois disto, a equipa pareceu sofrer do efeito "não podemos fazer melhor" e caiu de produção, perdendo quase todas as jogadas em individualismos ou desentendimentos. Do outro lado, os espaços começaram a surgir e, aproveitando-os, marcaram-se mais golos.

Pelo meio viram-se alguns lances que merecem realce:

- um golo de Filipe que aproveita um "embrulho" oferecido por Chrystello e Vinay - hilariante;

- uma entrada feia de Moreira sobre Chrystello - violento;

- uma entrada que não chegou a acontecer, quando Coelho foi disputar uma bola e surgiram 2 adversários de pé em riste - perigoso;

- apatia de alguns B's, mesmo a perder e com tempo para recuperar, demoravam nas reposições de bola - reprovável.

No final, vitória dos A's por 7-3.

Destaques:

Jogador mais influente: Filipe (2 golos e muitos cortes)

Jogador mais desatento: Rocha (muito distraído e encostado a uma linha da defesa)

Jogador que mais correu: Filipe (sempre a apoiar o ataque e a socorrer a defesa)

Jogador mais inconsequente: Moreira (destoou na equipa, sem grande envolvimento)

Autor do golo mais bonito: Vinay (Filipe ainda está a tentar perceber o que se passou)

Autor da melhor defesa: Chrystello (no chão e quando João Afonso já gritava golo, surge a varrer e a impedir o golo).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Nobel

Hoje é mais um dia de Nobel. Desta vez da Literatura. O anúncio é feito de Estocolmo ao fim da manhã. Não avanço nomes de possíveis galardoados, até porque o comité Nobel tem a tradição de gorar todas as apostas feitas pela comunicação social e especialistas das matérias em causa.

Sexta-feira é dia do Nobel da Paz. A próxima segunda é o dia do Nobel da Economia, um prémio que não fazia parte do testamento do inventor da Dinamite (Alfred Nobel), mas que tem um cariz mediático muito forte (não é por acaso que é quase sempre anunciada em último lugar...).

Estou curioso em saber a quem é que o prémio Nobel da Economia vai sair este ano. Especialmente neste ano de "crises"; a da energia convencional, depois a "financeira internacional". Será a mais um Chicago Boy? Estará mais ligado à microeconomia ou à macroeconomia? Não sei. Definitivamente este é um daqueles lugares onde os "prognósticos só mesmo no fim do jogo"...

É que apesar deste prémio ser individual e de, acima de tudo premiar carreiras, não deixa de ser um acontecimento com uma exposição mediática muito forte e que, como tal, tem a capacidade de dar um sinal a todos aqueles que sentem e gerem, uns mais do que outros, as vicissitudes destas "crises".

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Professor Caramba “made in USA”!!!

Antes de mais quero pedir desculpa a todos os especialistas em estatística e econometria que leiam esta mensagem (basicamente, DeKuip), pelo título. Não, longe de mim comparar as suas artes de predição com as do professor Caramba!!! Basicamente, porque os professor Caramba pode tratar o mau olhado, e eles não… Sim, o professor Caramba é poderoso…

Agora já à séria: este site foi criado por uns tipos que se dedicam normalmente a analisar estatísticas de baseball nos USA e decidiram aplicar os seus modelos de previsão às eleições à presidência do seu país. As previsões neste momento são claras: ganha Obama. Não explorei em profundidade a página, mas pode que o nosso ilustre DeKuip encontre lá algo de interesse e seja capaz de nos elucidar a todos. Ah! E eles auto-declaram-se “politically non-biased”.

Já agora, o site: http://www.fivethirtyeight.com/

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Taça UEFA Fase de grupos

Foi hoje o sorteio da fase de grupos da Taça UEFA, onde estão o Benfica e o Braga. Os calendários são (as datas poderão sofrer alterações):

Hertha Berlim - SL Benfica (23 de Outubro)
SL Benfica - Galatasaray (6 de Novembro)
Olympiakos - SL Benfica (27 Novembro)
3 Dezembro: folga
SL Benfica - Metalist (
18 Dezembro)

Sp. Braga - Portsmouth (23 de Outubro)
AC Milan - Sp. Braga (6 de Novembro)
Sp. Braga - Wolfsburgo (23 de Novembro)
Heerenveen - Sp. Braga (4 de Dezembro)
Folga: 18 Dezembro


O SLB enfrenta um grupo complicado onde há 4 claros candidatos para 3 lugares, cabendo ao Metalist o papel de underdog. Acho que jogando em casa com estes e com o Galatasaray (evitando o "inferno" de Istambul), o calendário foi bom. Quanto aos jogos fora, 2 empates seriam bons.

O Braga tem a vida muito complicada, com o Milan claro favorito. O calendário parece ter sido bom, jogando em San Siro, onde perder não faz mossa, recebendo os ingleses e os alemães. É pena que não jogue com o Herenveen am casa, penso que seriam 3 pontos garantidos.

Boa sorte aos dois!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Clássico 3- SCP 1 - FCP 2

Depois da derrota na Luz, o Sporting perde em casa com o Porto. E assim se foi o estado de graça.

Num jogo sem grande brilho, a primeira parte teve o estímulo dos golos. Paulo Bento apresentou novidades, mais uma vez, agora com Djaló na posição 10 e Romagnoli no banco. Do lado azul, a novidade foi o guarda-redes, com Nuno a titular e Hélton de fora.

Algumas notas quanto ao jogo:
- numa perspectiva (quase) neutra, foi fraco e pouco entusiasmante;
- o SCP está muito mal, pouco fio de jogo, falta de confiança e finalização, que deve melhorar com Liedson;
- o FCP ficou moralizado;
- os lances polémicos: falta sobre Grimi? era grande penalidade? Patrício foi mal batido? Tomás Costa devia ter sido expulso?
- estranhamente não houve expulsões;
- acho que o Nuno tirou o lugar ao Hélton e pode (vai) tirar o lugar ao Quim na selecção;
- estou sem palavras para os livres do Bruno Alves, a não ser "**da-se!".

Antes do jogo dizia que preferia um empate com muitos golos, expulsões e polémica. Ou então uma vitória folgada do SCP. Saiu tudo furado e o FCP ganhou, com alguma polémica, 3 golos e nenhuma expulsão.

Agora segue-se o campeonato da regularidade. Dizem que é nesses jogos que se faz o campeão e não nos clássicos. Nestes, para já o FCP está em vantagem, com uma vitória e um empate em casa dos adversários. O SCP está pior, com duas derrotas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Um empate (in)justo



Com as emoções ao rubro ali mesmo ao lado, também no pavilhão se jogou bom futsal. Faltaram 6(!) dos elementos que compõem o plantel, pelo que teve de ser convidado o Pirralha. Bem recebido como sempre.

As equipas entraram:
Equipa A: Rocha, Nuno, Rui Lopes, João e Bruno;
Equipa B: Chrystello, Fernando, Pirralha, Vinay e Coelho.

O jogo começou com os B's a assumir o domínio da posse de bola e a trocar bons passes, ficando os A's na expectativa e à espera de contra atacar com a velocidade de Bruno e Rui Lopes.

No entanto, durante 15 minutos, a ascendência recaiu para os B's, que praticaram um futsal a roçar o brilhante. Segurança defensiva, posse de bola, entreajuda, passes certeiros e daqui resultaram 2 golos. E que golos! Vinay estava inspirado e finalizou com classe.

Passado o fulgor desses 15 minutos, surgiu a resposta dos A's. Passaram a fazer o que viram o adversário fazer, remetendo-o para a defesa. Desconcentrados, os B's começaram a defender (ou a tentar). Foram muitos os lances de golo iminente, valendo a excelente prestação de Chrystello. Que defesas! Pleno de instinto, colocação, reflexos, sem medo. Seguiu-se Vinay na baliza e manteve a bitola.

Foram largos minutos de (alguma) superioridade dos A's. Pareceu no entanto consentida, fruto do desenrolar dos acontecimentos. Fiando-se na sorte, os B's deixaram rolar, com a vantagem de 2 golos.

Aí sucedeu o lance que virou o jogo. Bruno disputa uma bola com Vinay e deixa-o claramente magoado. Mesmo enfraquecido, sacrifica-se pela equipa e coloca-se na baliza. Perdeu-se o perigo que vinha representando para a baliza adversária.

Já entrados no último quarto de hora, os A's conseguem finalmente marcar. E de rajada, 2 golos e o empate. Ambos resultam de erros de marcação, sendo fáceis. Com a moralização destes golos, surge mais um e a reviravolta no marcador. Bruno esteve muito bem, marcando 2 e dando outro a Nuno.

Mas Chrystello não quis perder o jogo e num grande lance individual, fintou 3 adversários e fuzilou a baliza. GRANDE! Empate restabelecido, ainda houve tempo para mais ataques mas nenhum golo.

No fim, pode considerar-se justo ou injusto o resultado. Depende de que lado do campo se estava.

Valeu pelo empenho e fairplay. Ah, esperemos que de futuro Rui Lopes deixe de ser "azarado" (ou aselha). Como é possível acertar tantas vezes nos ferros??!! Ao menos acertava entre eles, mesmo que o guarda redes defendesse.

Destaques:
Jogador mais influente: Chrystello (correu, defendeu na frente, na baliza foi intransponível e ainda marcou o golo da noite)
Jogador mais desatento: Pirralha (foram dele as distracções dos golos do empate)
Jogador que mais correu: Bruno (manteve o ritmo)
Jogador mais inconsequente: Rui Lopes (como se disse, não acertou)
Autor do golo mais bonito: Chrystello (lance individual, finta 3 e quase fura as redes)
Autor da melhor defesa: Chrystello (uma de entre as muitas que fez ou então todas juntas como uma só).

21 Modelos Economicos - Versão 2008

21 Economic Models explained with Cows

SOCIALISM
You have 2 cows.
You give one to your neighbour.

COMMUNISM
You have 2 cows.
The State takes both and gives you some milk.

FASCISM
You have 2 cows.
The State takes both and sells you some milk.

NAZISM
You have 2 cows.
The State takes both and shoots you.

BUREAUCRATISM
You have 2 cows.
The State takes both, shoots one, milks the other, and then throws the milk away...

TRADITIONAL CAPITALISM
You have two cows.
You sell one and buy a bull.
Your herd multiplies, and the economy grows.
You sell them and retire on the income.

SURREALISM
You have two giraffes.
The government requires you to take harmonica lessons

AN AMERICAN CORPORATION
You have two cows.
You sell one, and force the other to produce the milk of four cows.
Later, you hire a consultant to analyze why the cow has dropped dead.

ENRON VENTURE CAPITALISM
You have two cows.
You sell three of them to your publicly listed company, using letters of credit opened by your brother-in-law at the bank, then execute a debt/equity swap with an associated general offer so that you get all four cows back, with a tax exemption for five cows.
The milk rights of the six cows are transferred via an intermediary to a Cayman Island Company secretly owned by the majority shareholder who sells the rights to all seven cows back to your listed company.
The annual report says the company owns eight cows, with an option on one more.
You sell one cow to buy a new president of the United States, leaving you with nine cows.
No balance sheet provided with the release.
The public then buys your bull.

A FRENCH CORPORATION
You have two cows.
You go on strike, organise a riot, and block the roads, because you want three cows.

A JAPANESE CORPORATION
You have two cows.
You redesign them so they are one-tenth the size of an ordinary cow and produce twenty times the milk.
You then create a clever cow cartoon image called 'Cowkimon' and market it worldwide.

A GERMAN CORPORATION
You have two cows.
You re-engineer them so they live for 100 years, eat once a month, and milk themselves.

AN ITALIAN CORPORATION
You have two cows, but you don't know where they are.
You decide to have lunch

A RUSSIAN CORPORATION
You have two cows.
You count them and learn you have five cows.
You count them again and learn you have 42 cows.
You count them again and learn you have 2 cows.
You stop counting cows and open another bottle of vodka.

A SWISS CORPORATION
You have 5000 cows. None of them belong to you.
You charge the owners for storing them.

A CHINESE CORPORATION
You have two cows.
You have 300 people milking them.
You claim that you have full employment, and high bovine productivity.
You arrest the newsman who reported the real situation.

AN INDIAN CORPORATION
You have two cows.
You worship them.

A BRITISH CORPORATION
You have two cows.
Both are mad.

AN IRAQI CORPORATION
Everyone thinks you have lots of cows.
You tell them that you have none.
No-one believes you, so they bomb the fuck out of you and invade your country.
You still have no cows, but at least now you are part of a Democracy....

AN AUSTRALIAN CORPORATION
You have two cows.
Business seems pretty good.
You close the office and go for a few beers to celebrate.

A NEW ZEALAND CORPORATION
You have two cows.
The one on the left looks very attractive


E a vaca Portuguesa????????????? Dever haver prémio para a melhor proposta


P.S. - Perdoem-me o texto ser em ingles...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A traição dos economistas

Interessante mini-entrevista com Jean-Luc Gréau, sobre a economia actual, a desproporção entre salários e custos gerais de produção, a regulação e a cultura empresarial. Dá vontade de ler mais sobre este “liberal reconvertido”!!!

O link para a entrevista:
http://www.elpais.com/articulo/ultima/economistas/han/traicionado/realidad/elpepueco/20081002elpepiult_2/Tes

Feira do livro da Amadora

Ontem estive na vigésima oitava feira do livro da Amadora. Como antigo morador desta cidade, já perdi conta às inúmeras vezes que a visitei. Ano após ano, numa rotina quase mecânica, gosto de sair do “inferno” da hora de ponta da linha de Sintra e espreitar as “barraquinhas” atulhadas de títulos para, na presença de uma boa oportunidade, comprar alguns livros a preços que só as feiras proporcionan. Ontem comprei dois, incluindo “As cruzadas vistas pelos Árabes” de Amim Maalouf que andava de olho há muito tempo.

Sendo um cliente assíduo, foi com alguma tristeza que confirmei o que me parece ser o gradual definhamento desta feira do livro. Posso estar enganado mas, apesar de a feira estar disfarçada pela existência de um sector dedicado à venda de artesanato, parece-me serem cada vez menos as editoras a assentarem arrais neste evento cultural. Falta de público e de rendimento disponível das famílias? Estratégia das editoras ou do executivo camarário? Não sei. Fica a sugestão para que, na situação de, tal como eu, quererem fugir por momentos à sobrecarregada linha de Sintra, visitem a feira do livro e a ajudem a manter-se viva por muitos mais anos.