Em primeiro lugar devo dizer que me encontro divorciado da selecção nacional desde o final do 1º jogo do Euro 2004 (o 1º Portugal-Grécia desse Europeu), e em particular do anterior seleccionador. Em 2º lugar, devo acrescentar que a escolha do Sr. Prof Queiroz para seleccionador me deixou perplexo. Qual o curriculum desse Sr. para ser seleccionador? Que clubes treinou? O que é que ganhou no futebol profissional como treinador? Etc., etc.
Portanto esta minha crónica (feita a pedido do nosso amigo e cronista habitual VIP) está enviezada à partida. Admito-o sem reticências.
Passemos ao jogo. Portugal, 8º do ranking UEFA, Albânia 40ª (segundo informação do comentador da TVI). Portugal entra em campo em 4-3-3. Três médios de características semelhantes (Meireles, Fernandes e Moutinho) e três avançados, com Dany a entrar tendencialmente pela direita, Ronaldo encostado á esquerda (acho mesmo que havia um íman que o impedia de se afastar da linha lateral) e Almeida sozinho no ataque. Queiroz explicou após o jogo, na conferência de imprensa (sim, não esquecer que o seleccionador e os jogadores não deram com o caminho para o flash-interview da TVI – pede-se a colocação urgente de sinalética no estádio Axa quando a selecção aí jogar. Sim, porque em jogos de clubes todos dão com os elevadores) que jogou em 4-3-3 com dois avançados (?!). Ainda estou para saber quem era o 2º avançado. Na primeira parte nada a registar. Talvez a jogada mais perigosa tenha sido um contra-ataque da Albânia quando ainda jogava com 11 jogadores. Aos 40m, 2º amarelo para um defesa que tinha entrado 15 minutos antes a substituir um colega lesionado. Com uma 2ª parte pela frente e com mais um jogador, Queiroz numa jogada de arrojo volta com a mesma equipa, ou seja o famoso 4-3-3 com 2 avançados. Aos 55m, intrépido como sempre, Queiroz substituiu Moutinho e Dany por Quaresma e Nani. Finalmente, por volta dos 75m entra Gomes para substituir Miguel (segundo o seleccionador, numa acção de grande risco). Para se ter uma ideia da 2ª parte, Portugal teva 2/3 oportunidades (2 claras: cabeceamento de Almeida e remate isolado de Nany). A Albânia saiu uma vez do seu meio-campo e criou uma oportunidade com um homem acabado de entrar a ganhar sucessivos ressaltos até se isolar. Daí a necessidade de manter 4 defesas para um homem ocasionalmente no nosso meio campo.
Resultado mais que justo pelo que Portugal não fez e pelo que a Albânia conseguiu fazer apenas com 10 homens. E sem necessitar de fazer muito anti-jogo.
Destaques do jogo? Queiroz e os 14 que estiveram em campo. Todos pela negativa (talvez esteja a ser injusto com o Gomes pelo que fez em campo. Mas pela resposta que deu após o jogo também merece este destaque). Pela positiva, o estádio quase cheio e o espírito de entrega ao jogo da Albânia.
Notas finais:
1) Segundo Queiroz bastava ter marcado em 50% das oportunidades criadas. Pois, ao menos teríamos ganho, mesmo que por 1-0;
2) Podemos ficar todos descansados porque Queiroz prometeu a qualificação e ir ganhar a todos os estádios onde seja preciso ganhar. Parece-me que vamos ter de ir ganhar a todos os estádios;
3) Se CR7 quer ser o melhor do mundo convém jogar mais, falar e protestar menos em campo, atirar-se menos para o chão, aceitar assobios e etc.etc. Ou seja, acima de tudo ser um bom profissional.
Portanto esta minha crónica (feita a pedido do nosso amigo e cronista habitual VIP) está enviezada à partida. Admito-o sem reticências.
Passemos ao jogo. Portugal, 8º do ranking UEFA, Albânia 40ª (segundo informação do comentador da TVI). Portugal entra em campo em 4-3-3. Três médios de características semelhantes (Meireles, Fernandes e Moutinho) e três avançados, com Dany a entrar tendencialmente pela direita, Ronaldo encostado á esquerda (acho mesmo que havia um íman que o impedia de se afastar da linha lateral) e Almeida sozinho no ataque. Queiroz explicou após o jogo, na conferência de imprensa (sim, não esquecer que o seleccionador e os jogadores não deram com o caminho para o flash-interview da TVI – pede-se a colocação urgente de sinalética no estádio Axa quando a selecção aí jogar. Sim, porque em jogos de clubes todos dão com os elevadores) que jogou em 4-3-3 com dois avançados (?!). Ainda estou para saber quem era o 2º avançado. Na primeira parte nada a registar. Talvez a jogada mais perigosa tenha sido um contra-ataque da Albânia quando ainda jogava com 11 jogadores. Aos 40m, 2º amarelo para um defesa que tinha entrado 15 minutos antes a substituir um colega lesionado. Com uma 2ª parte pela frente e com mais um jogador, Queiroz numa jogada de arrojo volta com a mesma equipa, ou seja o famoso 4-3-3 com 2 avançados. Aos 55m, intrépido como sempre, Queiroz substituiu Moutinho e Dany por Quaresma e Nani. Finalmente, por volta dos 75m entra Gomes para substituir Miguel (segundo o seleccionador, numa acção de grande risco). Para se ter uma ideia da 2ª parte, Portugal teva 2/3 oportunidades (2 claras: cabeceamento de Almeida e remate isolado de Nany). A Albânia saiu uma vez do seu meio-campo e criou uma oportunidade com um homem acabado de entrar a ganhar sucessivos ressaltos até se isolar. Daí a necessidade de manter 4 defesas para um homem ocasionalmente no nosso meio campo.
Resultado mais que justo pelo que Portugal não fez e pelo que a Albânia conseguiu fazer apenas com 10 homens. E sem necessitar de fazer muito anti-jogo.
Destaques do jogo? Queiroz e os 14 que estiveram em campo. Todos pela negativa (talvez esteja a ser injusto com o Gomes pelo que fez em campo. Mas pela resposta que deu após o jogo também merece este destaque). Pela positiva, o estádio quase cheio e o espírito de entrega ao jogo da Albânia.
Notas finais:
1) Segundo Queiroz bastava ter marcado em 50% das oportunidades criadas. Pois, ao menos teríamos ganho, mesmo que por 1-0;
2) Podemos ficar todos descansados porque Queiroz prometeu a qualificação e ir ganhar a todos os estádios onde seja preciso ganhar. Parece-me que vamos ter de ir ganhar a todos os estádios;
3) Se CR7 quer ser o melhor do mundo convém jogar mais, falar e protestar menos em campo, atirar-se menos para o chão, aceitar assobios e etc.etc. Ou seja, acima de tudo ser um bom profissional.
8 comentários:
"Com uma 2ª parte pela frente e com mais um jogador, Queiroz numa jogada de arrojo volta com a mesma equipa, ou seja o famoso 4-3-3 com 2 avançados"....Fabuloso....
A proposito, a que atitude/comentario do Nuno Gomes é que te referes ?
Abraço,Helder
Não vi o jogo, por isso pedi esta crónica. O resumo que vi e os comentários de amigos e colegas de trabalho indicam que o jogo foi muito fraco. Pedia-se e exigia-se uma vitória, eu ontem estava convicto de que seriam 3-0. Afinal, acertei no 0 da Albânia.
Quanto às atitudes, comecemos pelo Madaíl: foi à casa de banho aos 84 minutos e viu o resto na tv... borrou-se todo!
O seleccionador está encostado à parede: antes do jogo quis demarcar-se do passado da selecção e disse que nunca houve equipa ganhadora; pois, continuamos a não ganhar, mas desta vez podemos nem ir à fase final.
Os jogadores: pelo que li e ouvi, CR7 não gostou dos assobios- azar, tem de jogar mais; Nuno Gomes não respondeu quando lhe perguntaram se os jogadores deviam pedir desculpas- não sinto que a sua resposta fosse acrescentar algo. Calou-se e saiu com um Boa-noite. Não vejo mal. (era a isto que te referias Nuno?)
Quanto à táctica, pois bem, incrível como não se tem confiança de entrar com 2 pontas-de-lança de início. Bastava Quim, Miguel, Pepe, B. Alves e P. Ferreira; Meireles, Moutinho; CR7, Danny, N. Gomes e H. Almeida. Acredito que teriam saído vitoriosos.
Como disse antes, já estão de calculadora. É que ganhando todos os jogos, só ficam em 1º se a Dinamarca e a Suécia perderam pontos noutros jogos.
Uma pergunta: se o Carlos Queiroz não tem currículo, se o Scolari não "presta", então quem é que colocavas na selecção? O Carlos Gardel? Uma correcção: acho que já vamos na posição 10 do ranking. De qualquer forma já era altura de nos preocuparmos menos com os rankings e de jogarmos mais. Se tudo fosse tão certinho como os rankings, a Espanha nunca era campeã da europa e provavelmente o Brasil ganhava os mundiais todos.
Há já alguns meses que eu vos digo sempre o mesmo: o Filipão podia ter muitos pecados, alguma limitações tácticas e até um elevado nível de arrogância. Mas sempre soube manter um grupo unido e, até certo ponto, focado nos objectivos e com um ponto de humildade, sempre necessário para olhar para a frente com o pés no chão. E chegou o Queiroz... E os jogadores comezaram a dizer que "não temos nada a demonstrar" (não? já ganharam alguma coisa?), e a se preocupar por ser os maiores e não por fazer jogar a equipa (CR7, tremendo fracaso a nível colectivo na selecção), e depois veio o "no comment" e já por esta "highway to hell", a seguinte paragem será um "Saltilho" qualquer, e a não classificação para o mundial. Pois é, squadraazzurra, bem o disse: que fez nesta vida o Queiroz? Isto é, para além de fracasar no Madrid liderando um grupo de putos mimados... Oooops, mais outro grupo de putos mimados...
Ponto 1) 8º no ranking da UEFA (como escrevi) correspondente a 10º na FIFA (efeito Argentina e Brasil). Aproveito para acrescentar que neste ranking a Albânia cai para 80º (segundo o mesmo comentaor TVI);
Ponto 2) Nuno Gomes: sim foi essa atitude. Uma coisa é não responder outra é dizer boa noite e virar costas. Chamem-lhe educação ou o que quiserem;
Ponto 3) Comecei por dizer que não gostava do anterior seleccionador e não reconhecia a Queiroz os méritos que lhe foram atribuídos quando foi contratado (conhecedor do futebol mundial, habituado a lider com a pressão e os grandes momentos e, principalmente, experiência e ganhador). Mantenho, Queiroz nunca foi nada disso. Penso que também tenho direito a assobiar quem não gosto e, principalmente, se o fundamentar (obviamente é a minha fundamentação, diferente da de outros)
Ok, tudo bem, reconheço a minha ignorância quanto aos rankings da UEFA e da FIFA. Deve ser porque não ligo muito a eles. Mas quem é que colocavam lá? É que falamos de miúdos mimados, enaltecemos os que já lá não estão, mas na hora de dizer quem é que colocavam lá no banco do treinador em vez de... Um vazio?! Eu, por mim falo, continuo, apesar das coisas estarem muito, muito más, a apoiar o seleccionador actual. Até porque acho que o problema não é de seleccionador(es). É dos jogadores. Da falta de espírito de grupo que (n)os caracteriza. Quanto ao direito de assobiar a própria equipa, mais do que a do adeversário, acho que sim; nada a obstar. Talvez eu próprio teria assobiado se estivesse no estádio AXA. Também somos livres de dar tiros nos pés. Mas enfim... Afinal de contas, pensando com os meus botões, e se não nos qualificarmos? Qual é o drama? E quem é que colocavam no lugar do Carlos Queiroz?
Quais as tarefas e daí os requisitos de um seleccionador de uma selecção do top15? Vejamos: os jogadores são todos estrelas nos clubes, actuando em ligas fortes e competindo em provas internacionais. Pegando neles numa selecção AA, não se lhes vai ensinar nada nos estágios.
Assim, cabe ao seleccionador escolher os jogadores, primeiro os que vão ao estágio, depois os que jogam de início e ainda as substituições. Aqui inclui-se a táctica escolhida e aspectos como pressão, bolas paradas e pouco mais. Claro que isto é fundamental.
O outro aspecto em que o seleccionador tem de trabalhar é o psicológico: criar espírito de grupo, definir metas, motivar para todos os jogos, dar a cara pelo grupo.
Mais um aspecto é o institucional, entrando aqui o relacionamento com os media, os adeptos, a federação e afins.
Agora vejam o Scolari e o Queiroz à luz destes critérios. O sargentão é claramente superior.
Quanto a alternativas, podem avançar-se vários nomes. Eu recorreria a Capello ou Lippi, mas ambos são muito caros. Outro seria Hitzfeld. Ainda Trapattoni. Se tivesse de ser português, são poucos os nomes, mas Humberto coelho é o que mais me transmite confiança. Sei que não tem grande cv, mas lembro-me da equipa em 2000, no Euro, onde jogaram bom futebol excepto na meia-final com a França (apesar do grande golo do Nuninho).
Questão do seleccionador: pessoalmente, e atendendo a que no futebol português e principalmente na selecção ainda muita coisa é analisada na óptica clubística, sempree defendi que o seleccionador deveria ser estrangeiro, mas europeu (de preferência italiano ou holandês). Dentro desta perspectiva é ver quais os que respondem aos requisitos enunciados e bem pelo VIP.
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