Confesso que não estava à espera de ver este jogo, quanto mais comentá-lo. Ultimamente a vida tem-me mostrado outras prioridades pelo que coisas como esta, a de assistir à totalidade de um jogo de futebol, são hoje em dia cada vez mais raros.
Foi o que aconteceu com o último jogo de Portugal. Comecei por vê-lo em Almada, em casa de uns amigos. Segui-o depois através da rádio do meu carro e terminei por ver a parte final do encontro já em casa, a espaços, sempre que as actividades de colaboração doméstica e as solicitações da minha mais pequena o permitiam.
Portugal iniciou o encontro com quatro alterações em relação ao último brilharete viking em Alvalade. A Suécia teve as melhores oportunidades da primeira parte e Elmander, um tipo que desconhecia que existia sequer, teve umas duas ou três oportunidades para marcar. Com a supremacia escandinava a funcionar em pleno, Portugal só teve um remate digno desse nome aos 30 minutos (Bosingwa).
A segunda parte foi algo diferente. Portugal soltou-se mais e teve mais oportunidades. Algumas muito boas, como aquela protagonizada por João Moutinho aos 51 minutos e aquele contra-ataque, já perto do final, um lance em que o nosso representante Romani poderia (talvez) ter feito melhor do que ter seguido aquela “fezada individualista” de chutar a bola, marcar um grande golo e sair levado nos braços de uma multidão rendida ao novo herói da nação. Ficou por marcar um penalti, é verdade, mas os suecos também poderiam ter marcado na segunda parte (Zlatan Ibrahimovic, com boa defesa de Quim).
Suecas na bancada com a tarefa insidiosa de desconcentrarem o Ronaldo nem vê-las. Ou pelo menos eu não as vi. E o Ronaldo também não as deve ter visto pois fez um jogo razoável. No final do encontro ficaram as declarações do treinador Carlos Queirós que disse, de uma forma peremptória, que Portugal estaria no mundial da África do Sul. Gosto da convicção, mas pessoalmente seria mais comedido, até porque hoje em dia nem sequer há 100% de certeza de o mundial se disputar na África do Sul...
Como escrevo no Domingo, foi-me possível espreitar os títulos dos jornais sobre o encontro. A variedade de títulos é grande, mas o que mais me agradou foi o que aponta para os “serviços mínimos atingidos” pela selecção. Acho que é o título que espelha melhor o que se passou em Estocolmo. O empate não foi mau e não será por causa deste resultado que Portugal terá de, tal como já foi dito neste Blog, “puxar pela calculadora”, fazer contas e rezar para que os santinhos ajudem na qualificação.
Resta este ano jogar com a Albânia, ganhar os três pontos e mandar os jogadores para os seus clubes e respectivos campeonatos. Depois, em 2009, a qualificação começa outra vez com um jogo com a Suécia a 28 de Março. Aí os serviços mínimos só podem ser a conquista dos três pontos.
PS: o nosso grupo de apuramento não é propriamente uma pêra doce. Mas por acaso já viram o grupo da Grécia? Israel, Suíça, Letónia, Luxemburgo e Moldávia. Tudo “monstros” do futebol mundial… Não admira que os helénicos estejam até agora 100% vitoriosos…
1 comentário:
O jogo deve ter sido interessante, pelo que vi no resumo. Algumas oportunidades para a Suécia, com Elmander e Ibrahimovic, e poucas para Portugal. Valeu o resultado. Será que Queirós foi hoje mais Scolari?
Não vi grande parte do jogo em directo porque simplesmente adormeci aos 10 minutos, de tão estimulante que estava a ser.
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