sábado, 27 de junho de 2009

O último jogo da época 2008/09

À falta de cronista para o último jogo desta época, aqui ficam alguns dados e as informações necessárias para que o Vinay, quando voltar de férias (espero que ainda antes do início da próxima época do Bola na Quinta) possa actualizar e publicar as estatísticas finais.
O último jogo oficial da época ficou marcado por algumas ausências, nomeadamente, as do já referido Vinay, do Hélder, do Pirralha e do vencedor estatístico deste ano, o Bruno.
Assim, as equipas alinharam com:
Equipa A: Gonçalves, Moreira, Nuno, Rocha, R. Lopes e Tiago
Equipa B: Chrystello, Coelho, João, Luís e R. Evangelista
À partida quem olhava para a constituição das equipas percebia logo a grande diferença entre elas: o peso. No final percebeu-se que para além desta houve outra grande diferença: a cultura e o rigor táctico que os AA espalharam pelo campo.
Esperava-se um início desequilibrado com um maior pendor atacante dos BB beneficiando da sua maior mobilidade. Por outro lado, a grande esperança dos AA estava no facto de ter um jogador a mais e poderem rodar ao longo do jogo. Mas desde cedo os AA demonstraram um rigor defensivo invejável, não deixando os BB aproximarem-se da sua baliza. Até aos 2-2- o jogo foi equilibrado com os BB a terem mais posse de bola mas com os AA a defenderem e a saírem para o contra-ataque, com Gonçalves e Lopes a terem papel preponderante. Mas foi com o 2-2 que se deu a rotação que viria a decidir o jogo: a ida de Tiago para a baliza dos AA, onde permaneceu meio jogo, executando defesas fantásticas, desmoralizando os adversários e permitindo à sua equipa amealhar 4/5 golos de vantagem. Nos BB, Evangelista e João lutavam e tentavam empurrar a equipa para o ataque mas os seus colegas estavam claramente pouco inspirados e inconsequentes. Neste particular destaque para Chrystello. Luís e Coelho. Os AA não davam espaço: à vez, Gonçalves, Nuno, Moreira, Lopes e Rocha concediam espaço até à entrada da sua área e depois não permitiam a entrada nesse último reduto. Quando conseguiam lá estava Tiago. Outra hipótese era os remates de longe ou o contra-ataque (raros), mas esbarravam sempre com o inspiradíssimo Tiago. Com o 7-2, o jogo estava acabado, havendo ainda tempo para os BB reduzirem a diferença com um golo. Desta forma, com uma magistral lição de rigor táctica, dada pelos AA, chegou ao fim a época. Anseia-se já com o regresso em Setembro. Parabéns ao, estatisticamente, vencedor Bruno e a todos os outros que permitiram levar adiante mais uma época do Bola na Quinta.

Destaques:
Jogador mais influente: Tiago.
Jogador mais incosequente e jogador mais desatento: entre uma categoria e outra, escolham entre o Chrystello, o Luís e o Coelho.
Jogador que mais correu: Rui Lopes (era fácil evidenciar-se, correendo, no meio da sua equipa).
Autor do golo mais bonito: Moreira (descaído sobre a esquerda, quase sobre a linha final, a colocar a bola no ângulo superior oposto, o direito).
Autor da melhor defesa: Tiago (escolham a melhor).

Boas férias!!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Com as férias na mente



Numa noite quente, a cheirar a Verão, o pavilhão estava em alta temperatura, com a entrada das equipas:

A's: Bruno, Hélder, Luís Branco, Rocha e Tiago;
B's: Gonçalves, Chrystello, Pirralha, Nuno, Rui Lopes e Vinay.

O jogo começou em alta rotação, apesar do calor e da pausa pelas sardinhas.
Dum lado, Bruno e Luís Branco davam cartas, corriam muito e tentavam jogadas de qualidade; do outro, a opção era clara: defender bem. Gonçalves assumiu a posição de pivot defensivo, comandando as tropas. Os primeiros ataques dos A's esbarravam na defesa contrária e as respostas eram desperdiçadas pelos atacantes dos B's, com destaque para Vinay, que com a baliza aberta deu uma canelada na bola, enviando-a muito ao lado. Luís Branco quis deixar bem claro que estava lá para ganhar, ceifando Rui Lopes com uma entrada à Paulinho Santos.

Os golos surgiram, com Luís Branco a brilhar, com 2 golos de ponta-de-lança, igualados por 2 tentos de Chrystelllo. Muito bem se jogava nesta altura. Hélder estava ocupado com tarefas defensivas, junto de Rocha, deixando que os restantes atacassem, ficando Tiago ao leme da condução de bola. Bruno ia desperdiçando, umas vezes por incapacidade, outras por azar.
Nos B's, Nuno esteve em grande actividade, atacando e defendendo, mas o gás acabou-se-lhe por culpa de Pirralha, cujos passes exigiam demasiados piques. Pirralha que entrou em fase de preparação pré-nupcial, evidenciando limitações, quer físicas quer psicológicas, talvez a sentir um nó no pescoço. Apesar disso, esteve em plano satisfatório. Rui Lopes e Chrystello rubricaram 3 golos cada, com relevo para um lance individual do primeiro que deixou Bruno inebriado com tamanhas fintas. As finalizações de Chrystello foram fantásticas!

Numa altura em que houve alguma discussão quanto a um lançamento lateral, Luís Branco decide ir para a baliza e aqui deu-se uma mudança radical. Demasiado desligado do jogo, permitiu golos fáceis aos B's, que se distanciaram no marcador, de modo a não se deixarem apanhar. Pelo meio, um golo que foi validado, com recurso às novas tecnologias, das lentes Bausch&Lomb de Vinay, na linha final e que viram a bola dentro.

Para Hélder, o jogo acabou mais cedo, ficando lesionado num lance com Nuno, que o "arrancou" do chão.
Até ao final, destaque para um remate violento de Gonçalves, à trave, que ecoou pelo pavilhão todo; duas defesas incríveis, uma de Rocha e outra de Vinay; as cãibras do noivo.

Destaques:
Jogador mais influente: Gonçalves. Liderou a equipa e deu muito jogo.
Jogador mais desatento: Luís Branco, especialmente na baliza.
Jogador que mais correu: Chrystello, que grande corrdeor de fundo, qual queniano da bolanaquinta.
Jogador mais inconsequente: Vinay, pelas jogadas que tentou e não conseguiu.
Autor do golo mais bonito: Chrystello, num remate de trivela, rasteiro e sem hipótese.
Autor da melhor defesa: Hélder, no chão a recarga de Chrystello.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O novo velho Real Madrid (ou o “come-back “ de Florentino)

Há muitos anos que acompanho o Real Madrid e que torço pelas suas vitórias. Sofri quando o Barcelona ganhou os cinco títulos consecutivos e festejei o regresso do Real às conquistas europeias. Assisti também à construção do Galáctico Real, quando Florentino Pérez resolveu contratar Figo, Zidane, Ronaldo, etc. Teve resultados, mas efémeros. Florentino esqueceu-se que uma equipa se começa a construir também pela defesa e aí falhou. Agora, e após a era Calderón, Florentino faz um “come-back” e com a mesma estratégia resolve contratar Káka, Villa e, por acréscimo (imposições anteriores, segundo consta) também CR7. E volta novamente a discussão dos valores das transferências. É moralmente aceitável pagar montantes deste calibre? Merecem estes jogadores aquilo que ganham? Deveria haver restrições aos valores das transferências? Terá Platini razão nas suas críticas? Para mim, a todas as perguntas a resposta é NÃO. Parece-me obsceno pagar transferências destes valores e nenhum trabalhador, e em especial, nenhum jogador de futebol merece ganhar estes valores. No entanto, é o mercado a funcionar. Se há entidades (Real Madrid, Chelsea, Manchester City, etc.) dispostas a pagar essas fortunas e se há outras entidades dispostas a vender, nada há a dizer. São verbas de privados, nada tenho a ver com o que os seus detentores fazem ao dinheiro. Logo, estão também respondidas as duas últimas questões. Aliás, parece-me que as críticas de Paltini enformam de uma hipocrisia sem fim. Ele que definiu o novo modelo da Champions que privilegia ainda mais os clubes mais ricos, ele que se recusa a iniciar uma discussão séria sobre “plafonds” (ou tectos) salariais a aplicar aos clubes, ele que gere milhões de Euros gerados pelos clubes como é que pode vir dizer o que é aceitável ou não em termos de transferências.
Posto isto, como adepto merengue, espero que o Real volte ao lugar que merece, ou seja, o de campeão espanhol e, principalmente, europeu. No entanto, continuo com muitas dúvidas sobre o acerto da estratégia de Florentino Pérez.
PS: neste novo Real Madrid, preferia que CR7 não entrasse. Mas enfim…

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Crónica de revanche



Casa cheia e a abarrotar para mais um jogo do bolanaquinta.
O sorteio condicionado ditou duas formações aparentemente equilibradas. Com o atraso de Luís Branco, Vinay passou para a equipa B, alinhando assim as equipas:
Equipa A: Bruno, Chrystello, Moreira, João, Luís Branco, Romão e Rocha
Equipa B: Gonçalves, Rui Lopes, Rui Evangelista, Tiago, Vinay e Hélder
O jogo começou com a equipa A a atacar, e a equipa B à espera que o árbitro apitasse para o início do jogo, sem repararem que já tinha começado. Sendo assim, 2 golos de rajada da equipa A, com os B's a verem jogar e a fazer tudo para não interferir. Ao fim dos dois golos, alguém na bancada avisou os B's que o jogo já tinha começado e com Gonçalves a empurrar a sua equipa para a frente, Rocha a marcar a sua sombra e Rui Lopes a aproveitar uma desatenção, os B's conseguiram chegar ao empate. A partir daí o jogo foi mais ou menos equilibrado, sempre com ligeiro ascendente para a equipa A.

Com alguma sorte à mistura com um golo 2 em 1 (lesionou um jogador da equipa B e foi golo), os A's lá foram ganhando vantagem, terminando com uma vantagem de 2 ou 3 golos. Perto do fim, a equipa B ainda chegou a acreditar na recuperação, chegando a 1 golo de diferença, mas Hélder mudou-se para a equipa A e resolveu definitivamente o jogo (esta foi pela cotovelada no olho). Alguma discussão entre Hélder e Tiago, mas no fim deram um beijinho e fizeram as pazes, e ficou tudo calmo.
Nota ainda para Rocha que após já se ter agredido a si próprio, ainda consegue sair de jogo com
3 joelhos (2 numa só perna).
Não queria deixar passar em branco uma boa jogada... bem... razoável, ou melhor dizendo... menos má jogada, em que a equipa A após 3 rápidos passes de primeira, faz a bola chegar a Luís Branco, que após dominar a bola, faz uma pirueta e remata para o golo.

Nota de destaque: Podia dizer-se que este jogo confirmou a regra de que quem joga com Bruno, ganha... mas eu prefiro dizer de outra forma... quem joga com o Vinay (33,33% de vitórias) na equipa perde. Sendo assim peço ao Sr. "Excel dos sorteios condicionados" para não me voltar a pôr a jogar com o Vinay até ao fim da temporada.

Jogador que mais correu: Rocha correu tanto e tão depressa, que nem se conseguiu acompanhar a sua sombra, afiambrando com um valente pontapé a si próprio.
Jogador mais inconsequente: Vinay pela falta de rigor técnico-tático demonstrado na elaboração de inúmeras crónicas ao longo de várias épocas de bolanaquinta
Jogador mais desatento: Vinay pela desatenção que tem tido a todos os jogos da bolanaquinta, que o levaram a elaborar crónicas pouco rigorosas que lhe valeram também o prémio de mais inconsequente
Autor da melhor defesa: Rui Lopes, das inúmeras bolas que cortou na defesa, substituindo o guarda-redes
Autor do melhor golo: Rui Lopes, numa jogada individual em que rouba a bola no meio campo, dribla dois jogadores e remata para o golo
Jogador mais influente: Rui Lopes porque teve 100% de influência ao escrever a crónica... e além disso o jogo nem lhe correu mal

P.S. Crónica da autoria de Rui Lopes e edição de Vinay.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Hectocampeões e coisas do outro mundo

Um dos efeitos positivos do domínio hegemónico do FC Porto no futebol é o de aumentar, de uma forma indirecta, o léxico verbal utilizado pelos nativos deste país.

Sim, se não fosse o FC Porto, quem seria capaz de ter, ali logo na pontinha da língua, a resposta à seguinte pergunta "como é que se designa um campeão que ganha o campeonato três vezes consecutivas"? E quem, na sua imensa sabedoria poderia dizer, assim, num repente, sem pensar muito e sem cansar a mioleirinha, que um tetracampeão é um clube que ganhou quatro títulos de futebol? E o penta?

E já pensaram nos efeitos benéficos que estas vitórias, nonotonamente consecutivas, têm na divulgação da língua portuguesa nos PALOP e na geração mais nova? Já estou a ver esta conversa familiar daqui a uns anos "Ó cota, estás enganado pá, o Porto é que é buéda bom. Os teus amigos lampiões não conseguem sequer papar o Leixões quanto mais averbatar decas!".

Magnífico! E já agora, aqui vai a sucessão de termos que, quem sabe, iremos ter de nos habituar num futuro próximo:

Campeão - 1 campeonato
Bicampeão - 2 campeonatos "de enfiada"
Tricampeão - 3 campeonatos "no bucho"
Teatracampeão - 4 campeonatos, ora tomem lá!
Pentacampeão - 5 títulos já cá cantam!
Hexacampeão - 6 campeonatos seguidinhos
Heptacampeão - 7 campeonatos na mona dos lagartos
Octocampeão - 8 camps para esfregar nas fuças dos lampiões
Eneacampeão - 9! faltará mais algum para chegar ao Guiness?
Decacampeão - 10 campeonatos de seguida, que lindo!
Undecampeão - 11 títulos, é o céu!
Dodecacampeão - 12 campeonatos, então não há concorrência?
Tridecacampeão - 13 campeonatos, eh pá, acho que vou passar a ver mais andebol...
Tetradecacampeão - 14 titularuchos; alguém aposta no campeão do proximo ano?
Pentadecacampeão - 15 campeonatos, Szzzzzzz
....
Icosacampeão - 20 campeonatos consecutivos
Tricontacampeão - 30 campeonatos consecutivos
Pentacontacampeão - 50 campeonatos consecutivos
Hectocampeão - 100 campeonatos consecutivos

Ah, e parabéns pela décima quarta Taça de Portugal.

Eleições no Sporting

Na Segunda-feira ouvi na rádio parte da entrevista de Paulo Pereira Cristóvão, candidato à presidência do Sporting CP. Sem querer ofender ninguém, tenho cá para mim que este candidato se parece um bocado com o Hugo Chavez...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Impensável?!!

Segundo notícia que pode ser lida aqui, Bruno Alves e demais companheiros da Selecção das Quinas acham "impensável" a não qualificação para o próximo mundial de futebol. Falam da "falta de sorte", "de tudo fazerem bem nos treinos" e de que apenas pela manifesta ironia do infortúnio é que os golos não têm entrado na baliza dos adversários de Portugal.

Optimismo exagerado? Falta de realismo? Talvez de tudo um pouco. Há um provérbio que diz qualquer coisa como "o pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que o vento mude e aquele que é realista afina as velas".

Receio bem que, de acordo com o que os jogadores debitam para a comunicação social, apenas consigamos encontrar seleccionados optimistas e pessimistas. Só me falta saber se será Queiroz suficientemente realista para afinar as velas e conseguir levar a selecção a futuros sucessos (sejam eles conseguidos no próximo mundial ou noutra competição qualquer).

Ah, e já agora Força Portugal para o jogo de sábado.