Após várias semanas de “casa cheia”, a adesão de membros da Bola na Quinta no jogo de ontem foi a mínima necessária para completar 2 equipas. Para o jogo compareceram os seguintes elementos do grupo:
Equipa A: Nunes, Filipe, Hélder, Fernando e Vinay
Equipa B: Luís Branco, Bruno, Chrystello, Rui Lopes e Moreira
O jogo começou com o já habitual período de cautela e estudo mútuo, com poucas ocasiões de golo, muitas precauções defensivas e os necessários ajustamentos tácticos. Nesses minutos ficou marcada a tendência que viria a ficar reflectida até meio do jogo: a igualdade das equipas em campo, que conseguiram desenvolver as suas exibições a partir das diferentes qualidades evidenciadas no campo.
Durante os primeiros 15 minutos, a equipa A assumiu a liderança, a partir de uma disposição defensiva sólida, liderada pelo Fernando e o Hélder. Apesar da velocidade dos BB, a equipa A consegui fechar bem os espaços e as linhas de passe, sendo a maior parte dos golos dos BB nesse período consequência de bons lances individuais ou erros na circulação da bola dos AA.
A partir daí, mudou substancialmente o panorama, passando os BB a dominar o jogo, devido a (mais uma) quebra física de vários elementos dos AA. A vantagem mínima no marcador conseguida inicialmente pelos AA ficou neutralizada, passando os BB a apresentar um jogo mais dinâmico, com boas combinações e velocidade. A vantagem no marcador nesse período passou para os BB, e só foi minimizada pela perseverança e esforço dos AA até ao último minuto. De facto, o resultado poderia ter sido mais desequilibrado para os BB, se o Rui Lopes tivesse aproveitado uma bola no lateral direito do ataque dos BB, ocasião que foi resolvida na baliza pelo Fernando, com recurso a uma bela “mancha”.
O resultado final foi de uma vitória dos BB por 4 de diferença.
Por equipas, cabe mencionar:
AA: o grande jogo defensivo de Hélder e Fernando, sempre marcando os tempos e corrigindo adequadamente os movimentos da equipa; grande jogo em ataque do Nunes, que está a ganhar em capacidade física; jogo irregular do Filipe, com altos e baixos, consequência da sua recente (re) incorporação; jogo corajoso do Vinay, com pouca sorte em ataque, e algumas falhas defensivas.
BB: bom jogo colectivo geral, com belas e efectivas combinações em ataque; Chrystello continua a evidenciar o cansaço pela acumulação de jogos; Bruno, não tão desequilibrante, mas participativo e sempre de olho vivo; Rui Lopes esteve a um nível mais baixo do que em jogos anteriores; também a destacar a fortaleza defensiva do Moreira e o grande empenho do Luís no jogo colectivo, ainda que por vezes pouco afortunado na finalização das jogadas.
Destaques:
Jogador mais influente: Luís Branco, pelos golos marcados e toque de bola (embora só tenha atacado);
Jogador mais desatento: Rui Lopes, que contra um descalabro tão grande do adversário, conseguiu não marcar golos em tantas oportunidades;
Jogador que mais correu: Vinay, nem sempre com sentido, mas em alta rotação;
Jogador mais inconsequente: Filipe e Vinay, que tiveram um par de erros na movimentação de bola que custaram golos à sua equipa;
Autor do golo mais bonito: Bruno, em slalom individual, passando por 4, sentando o g.r. e finalizando com classe;
Autor da melhor defesa: Hélder, com a mão esquerda a defender um remate colocadíssimo e forte.
Nota: O momento mais hilariante, possivelmente da época toda: Bruno quase provocou a si próprio uma lesão ao tentar um pequeno malabarismo, mais próprio de jogadores melhor dotados tecnicamente (p.e. Vinay que sabe andar em cima da bola). Aplica-se-lhe perfeitamente a frase “kid, don’t try this at home”.
Crónica co-escrita por Fernando e Vinay.