Mind Games

Se hoje em dia há algo que se pode afirmar com um consentimento quase unânime é dizer que o FC Porto é uma equipa superior.

Não pretendo contrariar esta ideia. Aliás, a performance do FC Porto neste campeonato tem sido tão estupidamente esmagadora que chega a ser patético tentar argumentar o contrário.

Estando os jogadores do FC Porto tão habituados a ganhar, torna-se interessante ver como reagem às derrotas.

Neste sentido achei curiosas as declarações do treinador do FC Porto após o desaire do passado domingo frente ao Sporting. Após este jogo, Jesualdo Ferreira disse que o FC Porto tinha “crescido como equipa” e que a derrota tinha “reforçado a equipa”. Jogando com o psicológico dos jogadores, o treinador do FC Porto logo se apressou a tentar minimizar os estragos que a derrota pudesse trazer à sua equipa. De uma só cajadada, tratou logo de enviar para dentro do seu balneário e para todos os simpatizantes e adversários do “seu” Porto a mensagem de superioridade competitiva, de união perante a adversidade e a de (quase) injustiça da derrota.

Após a copiosa derrota por 4-1 em Anfield Road, Jesualdo Ferreira actuou de forma semelhante. Nessa altura, o facto de não terem perdido o primeiro lugar do grupo da Champions League e o próprio nome do Liverpool serviram como paliativos. Já na derrota frente ao Nacional da Madeira o discurso protector foi o do erro do árbitro (inimigo externo).

Acredito que um grande treinador e um bom treinador se diferenciam na capacidade que têm em influenciar psicologicamente a sua equipa da forma que pretendem (mind games). Sem querer tirar mérito ao actual treinador do FC Porto, penso que será nesta equipa onde esta influência é mais fácil de se fazer sentir.

Parafraseando Pedroto, os jogadores do FC Porto passaram (há muito tempo) “de pombinhos provincianos a falcões moralizados”. Há muito tempo que este estado de espírito vem sendo construído. Há muito tempo que não surge ninguém para questionar esta (hoje em dia, quase natural) superioridade. Espero, na minha modesta qualidade de não-adepto do FC Porto, que mais empates e derrotas apareçam e que a habilidade de contornar adversidades de Jesualdo Ferreira seja realmente posta à prova. É que o passado não ganha campeonatos. Nem a retórica nem sequer as vitórias morais.

Reabertura do mercado

Nota prévia: Tal como em outras competições, também o campeonato Bola na Quinta tem um período de ajustes nos plantéis. Face à dispensa de Pirralha e à muito proveitosa transferência de Nuno para o Interreg de Santander (por somas que rondaram os 25 milhões), foi contratado João (Pai Natal) Afonso, que já prestara provas no clube, como convidado. Desta forma, a pontuação acumulada por Nuno será agora continuada por João Afonso, sendo ainda contabilizados os pontos das presenças como convidado, já que nessas vezes o Nuno não esteve presente.

Depois desta nota, o jogo de 24/01 começou com as seguintes formações:
Equipa A: Rui Evangelista, Hélder, João, Filipe, Tiago e Chrystello
Equipa B: Vinay, Moreira, Ricardo, R. Lopes e Rafael

O jogo começou a bom ritmo e com oportunidades para ambas as equipas, mas com leve ascendente dos A's. Fruto desse maior entrosamento e com uma ajuda de Vinay (mesmo quando dá um frango é com estilo), Chrystello inaugurou o marcador. Mas os B's não se deixaram abater e com Ricardo a comandar, foram atrás do prejuízo.

O equilíbrio manteve-se em jogo mas o resultado foi ficando desequilibrado, a favor dos B's. Estes demonstraram uma maior resistência e capacidade de remate, com boa finalização e ainda bolas aos ferros. Do lado contrário, não se vislumbrava concentração, perdendo-se muitos lances por desatenção ou demasiado ímpeto. Mesmo com um suplente, os A's não tiveram fôlego para aguentar as ondas de ataque dos Bs, perdendo por claros 3-9.

Destaques:
Jogador mais influente: Ricardo e Vinay (o primeiro pela liderança e o segundo pela força e um hat-trick)
Jogador mais desatento: Filipe (o efeito dos antibióticos e da ausência fez com que andasse perdido)
Jogador que mais correu: Rui Evangelista (pelo campo todo a tentar arrancar tudo aos adversários)
Jogador mais inconsequente: Filipe (nada saía bem)
Autor do golo mais bonito: Hélder (em 12 golos, houve vários bons, mas o de Hélder destaca-se pela jogada, um overslamping com Tiago, e finalização, remate forte e colocado)
Autor da melhor defesa: Moreira (houve duas ou três boas defesas, mas Moreira fez a defesa da noite num remate de Tiago, forte e à queima roupa).

Actualização da Tabela 17 Jan 2008

Último jogo

Meus caros companheiros de futebol das 5ª feiras,
Como a maioria sabe este foi o meu último jogo (regular) às 5ª feiras (pelo menos no que a esta época diz respeito). Não queria deixar de agradecer a todos os grandes jogos proporcionados (umas vezes muito bem jogados, outras nem tanto). Vou continuar a acompanhar estes derbies via blog e desejo uma grande época para todos vós.
Já agora e para que conste, e para que o Vinay possa actualizar as estatísticas, aqui fica o breve relatório do jogo de ontem.
Equipa A: Nuno, Gonçalves, Moreira, Ricardo, Tiago e Chrystello
Equipa B: Luis, R. Lopes, R. Evangelista, Martins e helder
A equipa A ganhou.

Um abraço e todos e até um dia destes,

Nuno Romão

Rumo à final!!!!

Meus caros , não quero ser acusado de ser apenas anti-benfiquista. Por isso, realço mais uma vitória desse enorme clube que dá pelo nome de Vitória Futebol Clube, rumo à final (espero eu) da Taça Carlsberg (para mim, a melhor taça de todas, onde se junta o futebol com uma das melhores cervejas do mundo). Pois desta vez a vítima foi o meu outro clube, o Sporting. E, mais uma vez, o Sporting deu mostras do seu fantástico momento de forma, fazendo uma exibição miserável, a exemplo do que tem feito toda a época. Quanto ao Vitória, espero que com mais um jogo em casa, possa chegar à final e vence-la. Vamos ver se consegue não deixar sair alguns dos seus melhores jogadores, agora em Janeiro. Não é que alguns deles não dessem jeito ao Sporting e ao Benfica mas, parece-me que ficam muito melhor no Vitória.

Força Vitória, e como apenas o Porto tem melhor equipa que nós e como foi eliminado pelo Fátima...

Cumprimentos e saudações Vitorianas

Ainda há prendas!

Um jogo atípico, esta foi a melhor definição. Numa noite calma, as equipas apresentaram:

Equipa A - Luís Branco, Martins, Ricardo, Chrystello e Rafael;
Equipa B - Vinay, Rui, Rui Lopes, Moreira, Hélder e Nuno.

O jogo começou numa toada morna e de troca de bola, sem grandes jogadas de perigo e, estranhamente, esta fase manteve-se por largos minutos. A equipa A mostrava ter maior posse de bola mas os B's defendiam muito bem, saindo em contra-ataques rápidos mas ineficazes.

O primeiro golo só poderia surgir de um lance fortuito. E foi o que aconteceu. Rui era o guarda redes dos B's e ofereceu de bandeja um golo a Rafael. Apesar disso, os B's não se desconcentraram, mantendo-se à procura de garantir a defesa e partir em contra-ataque. Mas foram os A's quem marcou. Ricardo pegou na bola no seu meio campo e passou por três adversários, fuzilando para o 2-0. Aqui começava a notar-se alguma preocupação nos B's.

A táctica do contra-ataque deu resultados quando Vinay, Nuno, Hélder e Moreira combinaram muito bem para reduzir a diferença. E eis que surge novo erro. Vinay levanta a bola para a área adversária, procurando o jogo de cabeça de Moreira, mas a distracção de Martins foi tal que a bola entrou directamente. Estava feito o empate.

Faltavam 15/20 minutos para o fim e o jogo entrou na fase de maior intensidade, com boas jogadas de parte a parte. Registaram-se bons momentos de ataque e defesas dos guarda redes, destacando-se as de Chrystello, Vinay e Rui.
Entretanto os A's fazem o 3-2, mas o empate surge em mais um golo de Moreira. Muito perto do final, com a pressão dos A's, novo erro, embora este tenha sido involuntário. Num remate de Ricardo (penso eu), a bola tabela nas pernas de Vinay e entra na sua baliza, onde Rui Lopes nada podia fazer (ou então até podia, mas estava a "dormir").

Mas ainda faltava a polémica. Num remate dos A's com muita gente na área dos B's, Vinay e Rui evitam o golo, mas com mão do 1º, que não era o guarda redes. A bola mantém-se em jogo e é passada a Ricardo que, enquanto se ria a denunciar o penalty, conduz a bola para um eventual golo. Os B's cortam o lance e num contra-ataque com Hélder e Nuno, aquele marca o golo de empate. Fica apenas Ricardo a reclamar, o próprio que não quis parar o lance, pedindo agora a marcação da grande penalidade.

Mas tudo ficou sanado pela voz marciana, acabando ali o jogo com 4-4. A discussão manteve-se por alguns minutos, mas acabou tudo bem.

Destaques:
Jogador mais influente: não houve ninguém que merecesse este
Jogador mais desatento: Martins (especialmente pelo golo sofrido)
Jogador que mais correu: Luís Branco (muita pressão pelo campo todo)
Jogador mais inconsequente: Rui Lopes (falhou tantos passes e remates)
Autor do golo mais bonito: Ricardo (mais uma bomba)
Autor da melhor defesa: Chrystello (num remate de Vinay já na área, revelou grandes reflexos e elasticidade).

Notas finais: à partida para este jogo estavam 14 jogadores, mas faltaram 3, sendo que apenas o Tiago avisou. Fica o mau exemplo de Gonçalves e Pirralha.

Aos ferros!

No primeiro jogo do novo ano (2008), realizou-se um dos melhores jogos das quintas (seguramente o melhor do ano, até agora). As equipas apresentaram:

Equipa A - Rui Lopes, Hélder, Chrystello, Rafael e Gonçalves;
Equipa B - Martins, Vinay, Rui, Ricardo e Luís Branco.

O jogo começou com a equipa A a dominar a posse de bola e a ser forte no ataque, enquanto os B's ainda procuravam o melhor posicionamento. Começou cedo o (des)acerto dos A's, com excelente (mas desnecessária e inconsequente) pontaria aos ferros da baliza dos B's. Ainda assim, adiantaram-se no marcador. Mas do outro lado estava uma equipa que queria ganhar! Com boas opções tácticas, a jogar em quadrado com 2 jogadores a pressionar logo à saída da área adversária, os B's nivelaram o jogo e com 2 bombas de Ricardo nunca deixaram os A's fugirem no score. A equipa A optou por tentar a sua sorte jogando com o guarda redes mais avançado, a levar a bola e a tentar a superioridade numérica e remates de longe.
Quando se previa que o resultado mostrasse o equilíbrio, depois do empate a 4, a equipa B jogou em contra-ataque e marcou mais 4 golos, todos em jogadas de passe rápido. Assim, terminou a partida com o resultado em 4-8. No fim, apesar do desnível no placard, ficou a boa sensação de um grande jogo.

De referir que os A's acertaram nos ferros por 9 vezes, sendo que a bola entrou em apenas 2 desses lances!

Destaques:
Jogador mais influente: ex-aequo para Luís Branco e Ricardo (lideraram a sua equipa)
Jogador mais desatento: Chrystello (onde andava ele?!)
Jogador que mais correu: Rui (da defesa ao ataque, em cortes e assistências)
Jogador mais inconsequente: Martins (ainda se queixou dos passes)
Autor do golo mais bonito: Ricardo (das 2 bombas que mandou, qual delas a melhor?!)
Autor da melhor defesa: Vinay (a um remate muito bom de Rafael, correspondeu com uma defesa FABULOSA arrancando aplausos).