No Estádio do dragão, discutia-se a liderança do campeonato, entrando em campo os 2 primeiros classificados. O FCP entrava com um ponto a mais do que o SLB, e já se jogava no Alvalade XXI o Sporting-Braga (situação estranha esta, em que pela primeira vez, houve dois jogos importantes, a serem transmitidos pelas tv's, em horários sobrepostos).
O FCP apresentou o onze mais titular (excepção de Cissokho, contratado em Janeiro), equipa que não jogou na meia-final da Taça da Liga, frente ao SCP.
O SLB entrou com um onze previsível, apesar das limitações de Suazo (vindo de uma lesão) e com Yebda no lugar de C. Martins.
Apesar de não ter visto grande parte dos 1ºs 45 minutos, pelo que soube, o FCp entrou melhor e criou 2 ou 3 lances de perigo, embora só uma tenha sido de golo iminente, num cabeceamento de Lucho que levou a bola a passar por cima da baliza.
Os defesas do SLB conseguiram acertar nas marcações e posicionamento, os médios defensivos estavam a acertar e o ataque começou a surgir, com Aimar em bom plano, R. Amorim eficiente, Reyes oscilante e Suazo a ser menos incisivo, face às limitações.
Quando começaram a conseguir chegar à área adversária, os encarnados provocaram calafrios nos azuis e brancos. Reyes teve um cabeceamento ao lado e um remate fortíssimo, mas à figura. Quase em cima do intervalo, num canto de Reyes, Yebda cabeceia sem marcação e faz o o 0-1. Festa vermelha no Dragão (e pelo mundo fora).
Na segunda parte, o Benfica poderia ter sentenciado, com o Porto a demorar a reagir à desvantagem. Suazo e R. Amorim desperdiçaram as oportunidades que tiveram.
O hondurenho estava visivelmente em esforço e foi substituído por Di Maria (não gostei desta troca, podia fazer sentido na teoria, mas conhecendo o argentino, sabe-se que é inconsequente na maioria das vezes, e no banco estavam Nuno Gomes e Cardozo).
O Porto sentiu que ainda podia empatar, conseguiu soltar-se, mas apenas surgiram 2 remates de longe, um deles de Hulk a proporcionar boa defesa de Moreira.
Aos 70 minutos, Lisandro entra pela esquerda e no movimento de retorno (afastando-se da baliza), passa por Maxi e ao passar por Yebda cai na área. O árbitro, a 2 metros e sem ninguém a impedir a visão do lance, aponta para o pénalty e mostra amarelo ao francês.
Lucho assume e converte, empate e alívio no Dragão.
Até ao fim, o mais importante foram os lances de Di Maria, a mostrar que ainda lhe falta crescer. Num deles, teve Aimar a correr desenfreadamente mas não lhe deu a bola, tentou fintar 3 e perdeu a bola e o lance.
Notas finais para os discursos dos treinadores, onde Jesualdo continuou a mostrar que vê mal e Quique mostrou que sabe estar.
Quanto ao outro candidato, sofreu uma derrota "inesperada", em casa, com o Braga, por 2-3, onde se provou que o Braga joga bem, o Sporting sem Liedson é menos candidato e o recurso ao chip na bola é cada vez mais fundamental, a bem da verdade. (digo isto porque não consegui ver nenhuma imagem em que possa afirma que a bola entrou, no lance do 3º golo bracarense).
Ah, as polémicas no Dragão.
Pois é, onde vi o jogo, diziam alguns que "o problema é que não avisaram os jogadores de que jogar no Dragão sabe-se à partida de que vai haver roubo, por isso, é melhor marcar mais do que um."
O lance da queda de Lisandro é simplesmente ridículo! Mas só é surpresa para quem ainda acredita que não há roubos. O Proença estava em cima do lance, só faltou ser ele a provocar o pénalty. Desculpem, foi mesmo ele, pois o Yebda não foi.
Mas também vi um lance na 1ª parte em que Lucho leva um toque do Reyes, tropeça e resolve seguir o lance. Neste caso, se o árbitro marcasse, era justo, embora caiamos na questão da intensidade, mas o facto é que houve toque. O argentino foi empenhado (outros chama-no de ingénuo) e terá sido isso que levou o árbitro a considerar que não houve falta. Parabéns pelo desportivismo.
4 comentários:
Relativamente ao lance do penalty cometido por yebda, nem vale a pena comentar muito. É a vergonha absoluta, onde se concluí que os nossos árbitros são a nulidade total. Ás vezes ainda se dá o benefício da dúvida quando há jogadores pelo meio a tapar a visão, ou o árbitro está desenquadrado... neste caso não há uma única atenuante, como tal, se não acertou esta, não vai acertar nunca. E o "engraçado", é que, quando a coisa se complica, acaba sempre por calhar um "toque de sorte" destas para o lado do FCP.
Quanto ao suposto lance de penalty sobre o Lucho, até concordo que houve o dito toque... mas penalty nunca na vida. O jogador deu um toque ligeirissimo no pé do Lucho, e se repararem, só segundos depois é que ele faz aquela "imitação de meia queda". Curiosamente o pé que ele deixa "escorregar" para simular o toque, é precisamente o contrário aquele que sofreu o toque, e tudo isto segundos depois de o Reyes ter dado o toque. E se o lucho não se atirou mesmo para o chão, foi porque sabia perfeitamente que não havia penalty, e que ia levar um amarelo, porque neste futebol, anjinhos não existem, e mto menos a vestir de azul e branco.
Abraço,
Rui Lopes
Como estive em Alvalade não vi o jogo fcp-slb. No entanto ouvi, no carro, o relato (na tsf) de quase toda a 2ª parte. E quanto ao lance do penalty devo assinalar que todos tanto os que estavam no Dragão como os que viam as imagens no estúdio disseram que o penalty era clarissímo. 50 segundo depois lá exclamou o senhor do estudío que, tinha sido uma bela encenação de Lizandro, mas adimitindo que também a ele tinha ficado com a certza do penalty. Acto continuo, o senhor no estádio bradou aos céus que o árbitro tinha tido um erro grave. Por isso, e sem ter ainda visto o lance, parece-me evidente que não terá sido grande escândalo a marcação do penalty.
Quanto ao SCP, ficaram patentes, mais uma vez, as limitações tácticas de P. Bento. Que banho que Jorge Jesus deu a P. Bento. Mas quem não dá? Continuo a pensar que Jorge Jesus merecia uma oportunidade num grande. E, apesar de temer que essa oportunidade surja no fcp, gostaria de o ver no SCP.
Ontem tive oportunidade de ver o lance do penalty. Posso dizer que já vi coisas muito piores. O movimento da perna de Yebda (penso que foi isso que ludibriou o árbitro e não a mão) pode ter induzido o árbitro a assinalar falta.
A regra do desportivismo não é aplicavel em caso algum. Muito menos dentro da area. Reyes derrubou o Lucho e o arbitro agiu mal porque a regra é clara não há lei da ventagem em grandes penalidades. Não faz mal depois compensou com o mergulho do Lizandro. Enfim são os arbitros que temos... Em Alvalade o 3.º do Braga já me lembrou o não-golo do Postiga contra o Guimarães. Mas ainda bem que foi considerado, mesmo não se tendo a certeza de nada...
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