Os vários jogos das meias-finais da Liga dos Campeões deviam-nos fazer reflectir um pouco sobre o futebol nacional. Por exemplo:
1) Que diríamos, nós e os jornais, se um clube (por exemplo: Rio Ave, Trofense, Naval, etc) fosse jogar a Alvalade, ao Dragão ou à Luz com 11 jogadores constantemente atrás da linha de meio campo, sem procurar em momento algum jogar futebol? Provavelmente, como já ouvi e li várias vezes, que clubes assim não mereciam estar na 1ª liga, que é um futebol negativo, etc, etc. Pois foi isso que o Chelsea fez na 1ª mão da sua meia-final;
2) Que diríamos, nós e os jornais, de uma eliminatória ter sido decisivamente influenciada pelo árbitros. No jogo de Barcelona um penalty não assinalado contra o Chelsea e permissão para todo o tipo de anti-jogo. No segundo jogo, pelo menos dois penalties claríssimos não assinalados contra o Barcelona (dos quatro reclamados).
3) Que diríamos nós, e os jornais, se um jogador reclamasse como Ballack reclamou (após não marcação de um penalty já nos descontos) e só visse um cartão amarelo;
4) Que diríamos, nós, e os jornais, se um guarda-redes, em todos os jogos que está a ganhar (e são muitos) demorasse o tempo que Van der Sar demora a repor a bola em jogo cada vez que é pontapé de baliza, sem ver um único cartão amarelo;
Tudo isto se passou na Liga dos Campeões. Obviamente que toda a gente, incluindo a UEFA, queria uma final Manchester United – Barcelona, mas há limites para essas pretensões. O que se passou ontem foi vergonhoso (e não falo da injustiça que seria o Chelsea chegar à final praticando o tipo de futebol que praticou – não esquecer que é uma equipa inglesa, não é italiana. Sim, se fosse italiana já tinha caído o Carmo e Trindade). Mas para terminar esta vergonhosa (em todos os sentidos) meia-final, vamos esperar para ver se existem castigos para atitudes de jogadores como Ballackm, Drogba e outros.
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