Nada de novo, se atendermos ao registo português nas modalidades de grupo que, tirando as habituais excepções do futebol e do hóquei em patins, nunca alcançaram nada de relevante em termos desportivos. Têm havido progressos é certo, mas de qualquer forma o desporto olímpico português ainda não sentiu verdadeiramente os efeitos destas melhorias.
Laurentino Dias, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, adianta uma explicação para este facto. Segundo ele (ver notícia aqui), o segredo do insucesso reside na dimensão do nosso país. Portugal, um país pequeno, não tem campeonatos com capacidade competitiva suficiente para produzir bons jogadores e boas equipas nacionais. A excepção é o futebol, cujos melhores jogadores são exportados para campeonatos altamente competitivos e de que cujos upgrades a selecção nacional beneficia. Ao invés, as outras modalidades importam jogadores não sendo, neste quadro competitivo, possível criar boas selecções de voleibol, basquetebol, etc, etc.
Talvez. No entanto é um argumento que, por si só, não me convence. Até porque podemos ter os melhores jogadores do mundo de futebol e ter um colectivo que não vale muito.
Mais, se as coisas fossem assim tão determinantes, o que seria de países como a Grécia ou Cuba que têm sensivelmente a mesma população que Portugal? Não têm tido estes países boas equipas ao longo da história dos Jogos Olímpicos?
A verdade é que faltam explicações. Talvez a falta de investimento e a pouca importância dadas às modalidades “amadoras” comparativamente ao futebol possa ser uma delas.
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