De acordo com as últimas notícias vindas da UEFA, o FC Porto vai disputar a próxima Champions League. Mais uma derrota para o consulado de Luís Filipe Vieira. De derrota em derrota só me resta a mim, e a todos os simpatizantes do Benfica, que a preparação da próxima época não esteja a ser beliscada pelo circo mediático que rodeia o caso, pelo "sistema" e pelo "silêncio ensurdecedor" de quem deveria tomar decisões sobre a matéria.
Posto isto, resta-me desejar que a justiça desportiva em Portugal seja no futuro um pouco mais célere. Afinal de contas, bem vistas as coisas, talvez a morosidade em decidir (estamos em 2008 a julgar factos referentes à época de 2003/4!) seja tão funesta para a credibilidade do futebol português como o FC Porto (ou outro clube qualquer) ser indiciado de corrupção.
Ainda pensei que quisessem fazer deste caso uma situação exemplar. Talvez julgar factos de 2003/4 não fosse assim tão importante. O importante seria denunciar uma situação, um status quo, que muito provavelmente não se limita única e exclusivamente a uma época desportiva. Mas não, temo que não. Esquecia-me que estava em Portugal. Actualmente, neste rectângulo de terra situado na ponta oeste da Europa, o acto processual, a morosidade da justiça e a forma do acto jurídico prevalecem sobre a substância do mesmo. Para quê pedir mais se estamos bem assim?
1 comentário:
Concordo inteiramente com a análise. No entanto, devo referir porque é que o futebol haveria de ser diferente do resto da sociedade portuguesa, onde impera a passividade, a não responsabilização e o facilitismo? Onde a bandeirinha à janela e as esperas à selecção onde quer que ela vá fazem esquecer a situação que o país vive?
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