segunda-feira, 14 de julho de 2008

Um dos maiores bluffs do futebol português ou, como vender gato por lebre

Acabado o reinado do anterior seleccionador nacional, eis que nos vendem mais um herói dos tempos modernos: o professor Carlos Queirós.
O homem certo para o lugar, um treinador de enorme prestígio, um treinador de grandes créditos, uma figura de prestígio do futebol internacional, etc., etc. Tudo tem servido para vender a imagem de um ganhador, de uma escolha acertadíssima!
O que eu proponho é que se relembre a “memorável” carreira do prof. Queirós como treinador.
Excepção aos títulos mundiais de sub-20 de 1989 e 1991, qual foi o percurso do professor e o que ganhou?
Assim, de repente:
Seleccionador nacional (equipa principal) – para além de não ter qualificado a selecção (já com alguns dos jogadores da geração de ouro) para o mundial de 1994 nos EUA, ficou célebre por dizer que era necessário “varrer toda a porcaria”, creio que da federação. Espero que 14 anos depois a FPF seja um lugar mais recomendável.
Treinador do Sporting CP – conseguiu perder o título para o Benfica no, também célebre, jogo dos 3-6. Recordam-se do plantel do SCP nesse ano? Talvez o melhor plantel de uma equipa portuguesa nos últimos 20 anos. Nelson, Valcks, Naybet, Paulo Sousa, Capucho, Figo, Juskowiak, Balakov, Yordanov, Paulo Torres, etc. (corrijam-me se algum estiver a mais) Com esta equipa conseguir não ser campeão é muito difícil, mas ele conseguiu. Ganhou uma taça de Portugal.
Várias andanças como seleccionador de grandes potencias do ... Golfo Pérsico com grandes resultados, seguramente.
Treinador-adjunto do Man. Utd – sublinho adjunto. Muitos títulos. Qual o seu mérito nesses títulos. Quem se lembra dos adjuntos de Mourinho, de Wenger, de Benitez, de Capelo, etc. (*)
Treinador do Real Madrid – 6 meses, talvez nem tanto. Foi despedido, depois de no mês de Janeiro ou Fevereiro ter hipotecado todas as hipóteses de conquista de título dessa época.
Treinador-adjunto do Man. Utd – Idem (*)
Como corolário pergunto novamente? Qual é o curriculum do Prof. Queirós? E nomeadamente como treinador principal?
Não ponho em causa a sua boa vontade e honestidade. Até pode conseguir fazer um trabalho fantástico. Mas não nos queiram impingir uma imagem que verdadeiramente não corresponde à verdade. Ganhador é coisa que nunca foi, excepto nos juniores.
Para finalizar, só desejo uma coisa: que, ao contrário do que nos mostra a sua “brilhante” carreira, desta vez tenha sucesso.

1 comentário:

ViP disse...

Foi apresentado o D. Sebastião. Aguardemos pelos efeitos da sua presença. Esperemos que consiga recuperar as boas prestações nas camadas jovens, algo a que estivemos habituados mas que se perdeu nos recentes anos, com as confusões na estrutura federativa.
Quanto à selecção A, a qualificação para o Mundial é um objectivo com dificuldade não muito elevada. O grupo é acessível, com duas deslocações complicadas (uma delas à Suécia).