Com os campeonatos europeus a acabar para dar lugar a mais um campeonato europeu de selecções, começa a época de balanços.
Não vou analisar quem mereceu e quem não mereceu ganhar. Neste momento, parece-me mais importante analisar o marasmo em que caíram quase todos os campeonatos do velho continente. Por um lado a chamada lei Bosman, por outro a abertura da Champions League a 2, 3 e 4 clubes de um mesmo país, geraram um cada vez maior desequilíbrio nas receitas dos clubes, fazendo com que a disputa dos títulos seja coisa de 2, 3 ou 4 clubes em cada país. Há pouco tempo diziamos que em Espanha (Real Madrid, Barcelona, Atl. Madrid, Valência, Athl. Bilbao, Real Sociedade, Sevilha, etc), em Itália (Juventus, Inter Milano, AC Milan, As Roma, Lazio, Sampdoria, Verona, Napoles, etc.), Alemanha (Bayern Munique, B. Dortmund, Hamburgo, Estugarda, Werder Bremen, Nuremberga, Colónia, Schalke 04, Eintracht Frankfurt, etc.), em França (Bordeus, PSG, Auxerre, Nantes, Mónaco, Lens, Lyon, St. Etienne, etc) e em Inglaterra (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester Utd, Tottenham, Aston Villa, Newcastle, Leeds, Blackburn, etc.) havia sempre um grande número de clubes que poderiam ganhar o campeonato, contrapondo com o caso portugês, com os seus três crónicos candidatos ao título.
Todos estes clubes mencionados foram campeões dos seus países sendo que a grande maioria o foram no período de 1980 a 2008.
O que temos agora?
Espanha: Real Madrid e Barcelona + Valencia e At. Madrid (de quando em vez);
Itália: Inter Milan, AC Milan, AS Roma e agora, e de novo, a Juventus;
Alemanha: Bayern Munique + 1 qualquer de quando em vez;
França: Lyon
Inglaterra: Arsenal, Chelsea e Manchester Utd
Portugal: FC Porto + Benfica e Sporting (de quando em vez, por muito que isto nos custe a sportinguista e benfiquistas)
E se isto já é mau, pior é a qualidade dos espectáculos produzidos pela grande maioria das equipas e a diminuição acentuada da assistência nos estádios espanhois, italianos, e franceses.
Há alguma esperança que esta tendência se inverta?
Claro que não. Basta ver o que Platini (como os políticos) prometeu antes das eleições para UEFA (dar mais espaço na Champions League aos clubes dos campeonatos menos importantes) e o que fez logo que foi eleito (exactamente o oposto, garantindo mais lugares aos campeonatos mais poderosos em termos financeiros).
Nestes últimos quatro meses pude ver muitos jogos do campeonato espanhol, alguns italianos, ingleses, alemães e até escoceses. Em comum, o fosso enorme entre o primeiro (Espanha e Alemanha) ou entre os dois (Escócia e Itália) ou entre os três (Inglaterra) primeiros e os restantes.
Ou seja, no futebol, Portugal andou muito à frente da Europa: sempre teve três crónicos candidatos para ter agora apenas um.
Uma última reflexão, por hoje: nos EUA onde a competitividade é um imperativo também no desporto, todas as modalidades profissionais utilizam o esquema de plafonds salariais. O mais conhecido na Europa é o da NBA, mas o mesmo se aplica nos outros três desportos nacionais e profissionais (o basebol, o futebol americano e o hoquei no gelo), bem como no futebol/soccer. Esta regulamentação, não eliminando, limita claramente o fosso existente entre equipas.
Na Europa, toda a gente e em todos os desportos, ficam apavorados só de ouvir falar nessa hipótese. Porquê? De que têm medo? Da competitividade?
Não vou analisar quem mereceu e quem não mereceu ganhar. Neste momento, parece-me mais importante analisar o marasmo em que caíram quase todos os campeonatos do velho continente. Por um lado a chamada lei Bosman, por outro a abertura da Champions League a 2, 3 e 4 clubes de um mesmo país, geraram um cada vez maior desequilíbrio nas receitas dos clubes, fazendo com que a disputa dos títulos seja coisa de 2, 3 ou 4 clubes em cada país. Há pouco tempo diziamos que em Espanha (Real Madrid, Barcelona, Atl. Madrid, Valência, Athl. Bilbao, Real Sociedade, Sevilha, etc), em Itália (Juventus, Inter Milano, AC Milan, As Roma, Lazio, Sampdoria, Verona, Napoles, etc.), Alemanha (Bayern Munique, B. Dortmund, Hamburgo, Estugarda, Werder Bremen, Nuremberga, Colónia, Schalke 04, Eintracht Frankfurt, etc.), em França (Bordeus, PSG, Auxerre, Nantes, Mónaco, Lens, Lyon, St. Etienne, etc) e em Inglaterra (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester Utd, Tottenham, Aston Villa, Newcastle, Leeds, Blackburn, etc.) havia sempre um grande número de clubes que poderiam ganhar o campeonato, contrapondo com o caso portugês, com os seus três crónicos candidatos ao título.
Todos estes clubes mencionados foram campeões dos seus países sendo que a grande maioria o foram no período de 1980 a 2008.
O que temos agora?
Espanha: Real Madrid e Barcelona + Valencia e At. Madrid (de quando em vez);
Itália: Inter Milan, AC Milan, AS Roma e agora, e de novo, a Juventus;
Alemanha: Bayern Munique + 1 qualquer de quando em vez;
França: Lyon
Inglaterra: Arsenal, Chelsea e Manchester Utd
Portugal: FC Porto + Benfica e Sporting (de quando em vez, por muito que isto nos custe a sportinguista e benfiquistas)
E se isto já é mau, pior é a qualidade dos espectáculos produzidos pela grande maioria das equipas e a diminuição acentuada da assistência nos estádios espanhois, italianos, e franceses.
Há alguma esperança que esta tendência se inverta?
Claro que não. Basta ver o que Platini (como os políticos) prometeu antes das eleições para UEFA (dar mais espaço na Champions League aos clubes dos campeonatos menos importantes) e o que fez logo que foi eleito (exactamente o oposto, garantindo mais lugares aos campeonatos mais poderosos em termos financeiros).
Nestes últimos quatro meses pude ver muitos jogos do campeonato espanhol, alguns italianos, ingleses, alemães e até escoceses. Em comum, o fosso enorme entre o primeiro (Espanha e Alemanha) ou entre os dois (Escócia e Itália) ou entre os três (Inglaterra) primeiros e os restantes.
Ou seja, no futebol, Portugal andou muito à frente da Europa: sempre teve três crónicos candidatos para ter agora apenas um.
Uma última reflexão, por hoje: nos EUA onde a competitividade é um imperativo também no desporto, todas as modalidades profissionais utilizam o esquema de plafonds salariais. O mais conhecido na Europa é o da NBA, mas o mesmo se aplica nos outros três desportos nacionais e profissionais (o basebol, o futebol americano e o hoquei no gelo), bem como no futebol/soccer. Esta regulamentação, não eliminando, limita claramente o fosso existente entre equipas.
Na Europa, toda a gente e em todos os desportos, ficam apavorados só de ouvir falar nessa hipótese. Porquê? De que têm medo? Da competitividade?
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