quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mais àgua e tubarões por favor!

Quando a Assembleia e o país discutem O Estado da Nação, quando estamos preocupados com a subida das prestações do empréstimo da casa e os aumentos desmesurados do preço da gasolina eis que surje, como um bálsamo vindo do nada, uma notícia verdadeiramente extraordinária: o Porto vai ter um Oceanário!

Já temos um em Lisboa, já tínhamos o aquário Vasco da Gama e até temos um Fluviário em Mora. Faltava-nos, bem vistas as coisas, um Oceanário na Invicta. Rui Rio esclarece, na notícia da edição on-line da TSF, que o equipamento terá os "mais diversos peixes, incluindo tubarões". Messieur La Palisse não diria melhor. O oceanário será promovido por uma entidade privada (com sede em Inglaterra) e estará (se as negociações entre a Câmara e os promotores correrem bem, presume-se!) pronta a abrir as portas em 2010.

Estas notícias de última hora são necessáriamente curtas. O bom delas é que parecem trazer, por detrás delas, emprego para o povo (100 postos de trabalho, pelos vistos). O mau delas é que nos fazem esquecer perguntar da relevância de tal investimento e se o erário público terá alguma coisa a ver com a construção e a manutenção de tal infraestrutura.

Resta saber se a dois anos de distância de tal glorioso acontecimento gostava de saber se por essa altura o estatuto do presidente do FC Porto continuará a ser a de um predador ou, se pelo contrário, o tanque dos tubarões não vai contar com a sua presença.

2 comentários:

ViP disse...

Será mais uma medida para reduzir a diferença entre a capital e a invicta? Ou haverá mesmo interesse pela obra?

DeKuip disse...

Não sei bem. Mas ontem fiquei mais descansado pois dá a ideia de que o investimento é 100% privado. A câmara parece que vai ceder os terrenos... Menos mal. De qualquer forma achava mais racional o Porto tentar encontrar uma oferta de atracções diferente da de outras cidades do país. Não sei, talvez na Galiza não existam Oceanários e eles estejam a contar com enchentes de galegos para ver tubarões em tanques que poderiam muito bem chamar-se "Jorge Nuno Pinto da Costa" ou "Valentim Loureiro".