terça-feira, 23 de setembro de 2008

Graffitis

Ontem foi amplamente noticiado a abertura de mais uma fase instrutória no âmbito do processo Apito Dourado. Agora é a viciação de classificação de árbitros que a equipa do Ministério Público pretende ver provada em tribunal.

Não quero comentar sobre esta notícia; até porque já deve ter sido mais do que falada na Blogosfera. Houve sim um aspecto nas imagens de ontemque me chamou a atenção. Nelas podia-se ver Maria José Morgado barrada à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa por jornalistas sedentos de notícias. Por detrás do alvo dos jornalistas podia-se ver uma porta do tribunal garatujada por graffitis... Esta imagem recordou-me uma vez mais o estado lastimoso das ruas de Lisboa e a falta de respeito que existe entre nós em relação ao património público e privado.

E não me venham com o argumento desculpabilizador de que os Graffitis são "arte urbana". Até podem ser, mas muito sinceramente tenho extrema dificuldade em destrinçar a fronteira entre arte e puro vandalismo numa assinatura a tinta de lata numa porta de um prédio na Praça de Londres...

Penso que deveríamos estar mais atentos a estas coisas. Ser mais exigentes com a qualidade do espaço que é de todos nós (espaço físico, visual, etc). Infelizmente quer-me crer que os portugueses são, regra geral, pouco exigentes com eles próprios e nada exigentes com o que partilham em comunidade. E está sempre tudo bem, tudo na maior... um graffiti ali, um espaço degradado acolá... tudo porreiro pá!

2 comentários:

ViP disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ViP disse...

Os graffittis podem ser uma forma de arte, mas há rabiscos e há arte. A moda de pintar as paredes ou os transportes públicos surgiu como um acto de rebeldia, mas com sentido estético. Com o passar dos anos, surgiu a mania de rabiscar o nome ou insígnias em tudo o que era lado, como sinal de rebeldia, mas que se traduz em vandalismo.

Mas o que podem fazer os cidadãos que não gostam do que vêem? Exigir mais cuidados das Câmaras, vigiar os espaços ou pegar em baldes e detergentes?