Na 4ª feira à noite tive a sorte de ver a retransmissão da chegada dos medalhistas olímpicos portugueses ao aeroporto da Portela (isto é, a Lisboa), oferecida pela RTP. A televisão de todos os portugueses (e também dos estrangeiros que moram cá e, por tanto, também contribuem com os seus impostos para alimentar “o bicho”) proporcionou-me alguns dos momentos mais kafkianos e surreais dos que me lembro.
Antes de entrar no assunto, quero fazer uma declaração. Tenho a certeza de que o jornalismo é uma das profissões mais difíceis nesta nossa sociedade moderna, especialmente quando é feito com dedicação, capacidade analítica, credibilidade, objectividade e isenção. Porém, o jornalismo desportivo bem feito deverá usufruir dessas mesmas qualidades, sendo que esta área apresenta um problema (grave) acrescentado: as notícias desportivas estão nos nossos dias (na minha opinião) claramente sobreavaliadas em comparação com o resto, levando muitas vezes aos jornalistas ao abismo. Por exemplo, como encher 30 minutos de informação sobre a selecção nacional na sua concentração prévia aos jogos do Euro 2008? Evidentemente, com recurso à apresentação de “não-notícias” do estilo “hoje o Cristiano esteve a falar ao telemóvel com a sua família durante o passeio matinal; o telefonema teve uma duração de 12 minutos e 40 segundos aproximadamente”. Interessante…
E agora ao assunto. A RTP retransmitiu em directo a chagadas dos medalhistas, estando formada a equipa de “reporters” pelo Paulo Catarro nos estúdios (um clássico dos desportos na RTP), Sandra Felgueiras (vestida com casaco vermelho que não ficava muito bem nas câmaras) e Paulo Martins (jornalista de cabeça rapada, outro clássico dos desportos na RTP), estes dois últimos destacados no próprio aeroporto.
O recebimento foi no mínimo discreto, e até se poderia qualificar de “pobre”. Umas 200 pessoas esperavam pela saída dos medalhistas, número muito baixo para os merecimentos destes grandes desportistas. Havia, como é natural, familiares e amigos, e também um certo número de apoiantes. E a origem dos momentos “kafkianos e surreais” foi precisamente que a expectativa criada pelos “media” foi muito elevada. Passo já a relatar o “very best of” dos momentos dessa noite.
Momento 1: Paulo Catarro aparece no ecrã. O fato/casaco é indescritível: largo, mal feito, mal passado, assimétrico, azul intenso... Quero que a minha empresa contrate a pessoa que lho vendeu, porque só pode ser um verdadeiro mágico das vendas!!!
Momento 2: Paulo Martins entra em cena. E faz este comentário sobre o número de apoiantes, familiares e amigos à espera: “temos aqui umas 1000 pessoas”. A vista panorâmica que ele estava a avaliar dava para perceber que o número era muito menor… Se calhar contava dentro das 1000 pessoas os jornalistas, pessoal do aeroporto, passageiros a entrar e sair do terminal e passageiros dentro dos aviões à espera para descolar. Sim, assim até é capaz de ser mais gente!!!
Momento 3: Sandra Felgueiras e o seu casaco acrescentam comentários sobre a “multidão”. A repórter comentou a origem das pessoas congregadas: “vieram pessoas de todo o país; este grupo é de Azeitão”. No comment… As perguntas que a intrépida repórter fez aos populares são também merecedoras de comentário: quando não se tem nada de inteligente para dizer (neste caso, para perguntar) é melhor ficar de boca fechada (lembrem-se, o problema é que há que encher tempo de antena).
Momento 4: Paulo Martins strikes again!!! No momento da saída dos medalhistas, houve certa confusão, nada de mais, em certa medida provocada pelos empurrões e cotoveladas habituais dos jornalistas e fotógrafos a tentar fazer perguntas e fotos, e em menor medida pelas pessoas que tentavam ficar perto dos atletas. Pelo visto na minha TV, nada de mais. Ainda assim, o repórter relatou que “estavam a tentar criar um cordão de segurança à volta dos atletas, dada a confusão que se está a gerar”. Qual confusão?! Qual cordão?! Aliás, quem o ia criar?! O habitual PSP barrigudo do aeroporto?!
Obrigado RTP!!! Que noite inesquecível…
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Taça UEFA 2008/09
O sorteio já foi e ditou:
Portsmouth - Guimarães;
Marítimo - Valência;
Nápoles - Benfica;
Setúbal - Heerenveen;
Braga- Artmedia.
Pois então, o Guimarães apanha uma das boas equipas da premier league, difícil.
O Marítimo tem a tarefa mais difícil de todas, com o Valência de Miguel e dos David's, Villa e Silva.
O Benfica recebeu o mais difícil dos possíveis, mas vai ser equilibrado.
O Setúbal enfrenta uma equipa da qual não sei nada, mas é da Holanda e isso deve dar em jogos "abertos".
O Braga enfrenta o Artmedia, mas não o que ganhou ao FCP, é outro, ou seja, uma incógnita total.
Portsmouth - Guimarães;
Marítimo - Valência;
Nápoles - Benfica;
Setúbal - Heerenveen;
Braga- Artmedia.
Pois então, o Guimarães apanha uma das boas equipas da premier league, difícil.
O Marítimo tem a tarefa mais difícil de todas, com o Valência de Miguel e dos David's, Villa e Silva.
O Benfica recebeu o mais difícil dos possíveis, mas vai ser equilibrado.
O Setúbal enfrenta uma equipa da qual não sei nada, mas é da Holanda e isso deve dar em jogos "abertos".
O Braga enfrenta o Artmedia, mas não o que ganhou ao FCP, é outro, ou seja, uma incógnita total.
Hoje é a vez da Taça UEFA
Estão alinhados os quadros dos 5 clubes envolvidos na Taça UEFA: SL Benfica, VSC Guimarães, VFC Setúbal, CS Marítimo e SC Braga.
Se o SLB e o Braga são cabeças de série, podem na mesma encontrar problemas (Nápoles e Std. Liége ou St. Étienne e Artmedia, respectivamente). Já os restantes, não tendo aquele estatuto, enfrentarão maiores dificuldades.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Grupos definidos
E o sorteio da CL ditou os grupos acima.
Para os clubes portugueses, o resultado foi nem bom nem mau para o Sporting e complicado para o Porto.
O SCP tem um adversário poderoso no Barça, difícil no Shaktar e acessível (ou mesmo "favas contadas") no Basileia. Aparentemente, a luta vai ser pelo 2º lugar, entre os "leões" e os "ucranianos", estando o 1º destinado aos "catalães". Dificilmente os "suíços" se meterão nas contas.
Já o FCP enfrenta 3 adversários difíceis, todos candidatos a passar. O Arsenal é forte como colectivo, embora tenha fraquezas quanto a individualidades e experiência. O Fener é liderado pelo "viejo" Aragonés, com um plantel cheio de estrelas e experiente. O D. Kiev é sempre complicado, mas incógnita, pois o plantel é diferente todos os anos.
Do restante, o grupo mais complicado é o D, a par do do FCP, com tudo mais disputado. No F pode haver complicações aos mais fortes. A sorte foi mais favorável (aparentemente) para o Chelsea, Real, Inter e Manchester.
Champions League 2008/09
Pois é, ficaram só 2 equipas na fase de grupos, o FC Porto (campeão) e o Sporting CP (2º classificado). O VSC Guimarães (3º calssificado) não conseguiu o apuramento, embora tenha jogado o suficiente e, em 3 lances complicados, a arbitragem tenha decidido a favor dos suíços. Será o peso das federações?! Ou o nome do clube?!
Hoje, por volta das 17 horas em Portugal, decorrerá o sorteio seguindo a divisão habitual dos apurados (32) em 4 potes, com base nos coeficientes da UEFA e o vencedor do ano anterior (Manchester United FC) também no pote 1. Assim, os potes são:
Pote 1
Chelsea (Inglaterra), 124996 de coeficiente
Liverpool (Inglaterra), 118996
Barcelona (Espanha), 117837
Arsenal (Inglaterra), 110996
Manchester United (Inglaterra), 107996
Lyon (França), 99380
Inter (Itália), 96934
Real Madrid (Espanha), 93837
Pote 2
Bayern Munique (Alemanha), 92078
PSV Eindhoven (Holanda), 91610
Villarreal (Espanha), 90837
Roma (Itália), 81934
F.C. Porto (Portugal), 81176
Werder Bremen (Alemanha), 74078
Sporting (Portugal), 67176
Juventus (Itália), 66934
Pote 3
Marselha (França), 63380
Zenit S. Petersburgo (Rússia),
60437 Steaua (Roménia), 59398
Panathinaikos (Grécia), 52525
Bordéus (França), 52380
Celtic (Escócia), 52013
Basileia (Suíça), 51993
Fenerbahçe (Turquia), 51469
Pote 4
Shakhtar Donetsk (Ucrânia), 49932
Fiorentina (Itália), 40934
Atl. Madrid (Espanha), 36837
Dínamo Kiev (Ucrânia), 34932
Cluj (Roménia, 13398
Aalborg (Dinamarca), 12748
Anorthosis Famagusta (Chipre), 4327
BATE Borisov (Bielorrússia), 1760
Vamos torcer para que as bolas sejam favoráveis aos dois clubes portugueses, ou pelo menos ao SCP, porque ao FCP não consigo desejar sorte.
Hoje, por volta das 17 horas em Portugal, decorrerá o sorteio seguindo a divisão habitual dos apurados (32) em 4 potes, com base nos coeficientes da UEFA e o vencedor do ano anterior (Manchester United FC) também no pote 1. Assim, os potes são:
Pote 1
Chelsea (Inglaterra), 124996 de coeficiente
Liverpool (Inglaterra), 118996
Barcelona (Espanha), 117837
Arsenal (Inglaterra), 110996
Manchester United (Inglaterra), 107996
Lyon (França), 99380
Inter (Itália), 96934
Real Madrid (Espanha), 93837
Pote 2
Bayern Munique (Alemanha), 92078
PSV Eindhoven (Holanda), 91610
Villarreal (Espanha), 90837
Roma (Itália), 81934
F.C. Porto (Portugal), 81176
Werder Bremen (Alemanha), 74078
Sporting (Portugal), 67176
Juventus (Itália), 66934
Pote 3
Marselha (França), 63380
Zenit S. Petersburgo (Rússia),
60437 Steaua (Roménia), 59398
Panathinaikos (Grécia), 52525
Bordéus (França), 52380
Celtic (Escócia), 52013
Basileia (Suíça), 51993
Fenerbahçe (Turquia), 51469
Pote 4
Shakhtar Donetsk (Ucrânia), 49932
Fiorentina (Itália), 40934
Atl. Madrid (Espanha), 36837
Dínamo Kiev (Ucrânia), 34932
Cluj (Roménia, 13398
Aalborg (Dinamarca), 12748
Anorthosis Famagusta (Chipre), 4327
BATE Borisov (Bielorrússia), 1760
Vamos torcer para que as bolas sejam favoráveis aos dois clubes portugueses, ou pelo menos ao SCP, porque ao FCP não consigo desejar sorte.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Medalhas e o país dos resultados expectáveis
Uma das justificações que normalmente se dão para a existência de mais ou menos medalhas nos jogos olímpicos é a da dimensão dos países. Neste particular, existem duas variáveis que normalmente são usadas para relativizar o tamanho dos países: a população e o Produto Interno Bruto (PIB).
Utilizando este site, é possível analisar como estas variáveis se relacionam com o número total de medalhas obtidas por cada um dos 87 países que conseguiram obter pelo menos um dos lugares do pódio nos 302 eventos finais de Pequim.
O primeiro aspecto revelado pelos dados é o de que o número total de medalhas está muito mais ligado ao PIB do que ao número de habitantes. (Aproveito a oportunidade para reforçar a palavra muito: numa escala de 0 a 1 (em que 1 quer dizer “totalmente ligado”), o PIB obtém 0.78, enquanto que a variável população obtém 0.48.)
Mais. Utilizando apenas o PIB como variável explicativa do número total de medalhas ganhas obtém-se, para estes jogos olímpicos, uma relação cuja linha aparece na figura anexa a este texto.
O mais curioso é que fazendo a aplicação da relação para o caso português obtemos uma “previsão” de… 2 medalhas! Portugal está, de acordo com este modelo, em linha com o “expectável” ou a “média”. Isto é, para o nível da sua dimensão económica, tem exactamente o que seria de esperar... (E já agora, para que foi e está a haver tamanha histeria à volta dos resultados olímpicos?)
Claro que o modelo é muito simplista. Por exemplo, não “explica” todos os 117 países ou territórios – alguns dos quais seguramente com PIBs relevantes - que não ganharam medalhas.
Mas de toda a forma é interessante olharmos para um ranking dos países que se situam abaixo ou acima do expectável em termos da sua dimensão económica. Não terá o organismo olímpico português algo a aprender com este último grupo de países? Não quereremos nós ser mais do que o expectável? É que, pondo de parte os casos associados a qualidades únicas e intrínsecas de certos povos, é provavelmente neste grupo de países onde o aproveitamento de recursos é feita de forma mais eficaz.
Uma última nota. Partindo do pressuposto que a relação estimada se mantêm válido para os Jogos Olímpicos de 2012, o PIB de Portugal teria de crescer, nos próximos 4 anos, 2.8% em média para poder “justificar” mais uma medalha olímpica… Numa altura de crescimento lento do PIB, e tendo em conta que os tempos que se avizinham não são famosos, não deixa de ser um número curioso. O que é que nos resta então? Fazer por bater a média ou o expectável… Ser mais eficaz. E já agora, quantificar metas e objectivos. E não ter medo de ser avaliado por eles.
Um abraço a todos. Vou de férias. Bons posts!
Utilizando este site, é possível analisar como estas variáveis se relacionam com o número total de medalhas obtidas por cada um dos 87 países que conseguiram obter pelo menos um dos lugares do pódio nos 302 eventos finais de Pequim.
O primeiro aspecto revelado pelos dados é o de que o número total de medalhas está muito mais ligado ao PIB do que ao número de habitantes. (Aproveito a oportunidade para reforçar a palavra muito: numa escala de 0 a 1 (em que 1 quer dizer “totalmente ligado”), o PIB obtém 0.78, enquanto que a variável população obtém 0.48.)
Mais. Utilizando apenas o PIB como variável explicativa do número total de medalhas ganhas obtém-se, para estes jogos olímpicos, uma relação cuja linha aparece na figura anexa a este texto.
O mais curioso é que fazendo a aplicação da relação para o caso português obtemos uma “previsão” de… 2 medalhas! Portugal está, de acordo com este modelo, em linha com o “expectável” ou a “média”. Isto é, para o nível da sua dimensão económica, tem exactamente o que seria de esperar... (E já agora, para que foi e está a haver tamanha histeria à volta dos resultados olímpicos?)
Claro que o modelo é muito simplista. Por exemplo, não “explica” todos os 117 países ou territórios – alguns dos quais seguramente com PIBs relevantes - que não ganharam medalhas.
Mas de toda a forma é interessante olharmos para um ranking dos países que se situam abaixo ou acima do expectável em termos da sua dimensão económica. Não terá o organismo olímpico português algo a aprender com este último grupo de países? Não quereremos nós ser mais do que o expectável? É que, pondo de parte os casos associados a qualidades únicas e intrínsecas de certos povos, é provavelmente neste grupo de países onde o aproveitamento de recursos é feita de forma mais eficaz.
Uma última nota. Partindo do pressuposto que a relação estimada se mantêm válido para os Jogos Olímpicos de 2012, o PIB de Portugal teria de crescer, nos próximos 4 anos, 2.8% em média para poder “justificar” mais uma medalha olímpica… Numa altura de crescimento lento do PIB, e tendo em conta que os tempos que se avizinham não são famosos, não deixa de ser um número curioso. O que é que nos resta então? Fazer por bater a média ou o expectável… Ser mais eficaz. E já agora, quantificar metas e objectivos. E não ter medo de ser avaliado por eles.
Um abraço a todos. Vou de férias. Bons posts!
O balanço português dos JO2008 (excluindo Nélson Évora)
O habitual! Ganhámos 2 medalhas, uma de ouro e outra de prata. Foi o que sobressaíu da mediocridade. Com excepção daqueles que melhoraram as sua marcas pessoais, foi a actuação do costume. O COP, ou alguém por ele, estabeleceu a marca de 60 como objectivo a alcançar (há um sistema de pontuação que atribui pontos do 1º ao 8º lugar). Parecia ambicioso. Mas que raio, nalgumas modalidades (judo, vela, trampolim, atletismo, canoagem, triatlo, etc.) tínhamos campeões e vice-campeões da Europa e do Mundo, melhores marcas mundiais, lideres das respectivas taças do mundo e eu sei lá mais o quê. Logo tínhamos tudo para conseguir 60 pontos. Deduzo que estes 60 pontos não aparecem do acaso. O COP (ou as entidades competentes) não se reúnem à mesa, e qual jogo das moedas, não se podem a tentar adivinhar o nº de pontos que vamos trazer. A algum critério deve obedecer.
Bom, conseguimos 28 (sim vinte e oito) pontos! Menos de metade do objectivo traçado! Mas segundo o secretário de estado do desporto não foi mau, foi até uma boa participação.
Exemplos:
1) Um dos senhores do tiro, líder do ano na especialidade, segundo os comentadores, classificou-se para lá dos 25 primeiros. Deve ter ouvido o zumbido de algumas moscas que o desconcentraram ou quiçá, um cisco entrou-lhe para o olho nos momentos da competição (deve ter sido algum azar, claro, pois ele, com certeza que se tinha preparado adequadamente, como todos os atiradores que de 4 em 4 anos falham rotundamente nas suas competições). Primeiro falham na de 10m (mas essa não é a sua especialidade). Depois falham na de 20m (essa sim sua especialidade, mas que por azar calha sempre num dia mau para o atirador). Enfim... (nota: os 10 e 20 são aleatórios – não sei ao certo as distâncias).
2) Competição equestre: O cavalo não obedece ao cavaleiro. Nada de dramático se a competição não fosse de ensino. Calculo que o cavalo também não devia estar num dia bom.
3) Obykwelu, a quem já devemos muitas vitórias, anuncia, já em Pequim, que vai haver surpresas pois está na sua melhor forma de sempre. Falha nos 100m e anuncia abandono da competição devido ao flagelo das suas lesões. Se a lesão não estava debelada com certeza que não estaria na sua melhor forma de sempre, acho eu!
4) Judocas: aqui sim, temos Portugal sempre no seu melhor. Quem é o culpado das más prestações? Pois só poderia ser um, o ÁRBITRO! Ainda bem que no judo há árbitros como no futebol Assim, são sempre eles os culpados.
Depois há o flagelo das atletas australianas que das poucas vezes que vem à Europa ou à grandes competições ficam sempre à frente da nossa campeoníssima Vanessa.
Por último a guerra pela presidência do COP. Fala-se em Rosa Mota (desde há muito colaboradora das campanhas eleitorais do PS e que por isso deve fazer valer os seus fretes e Vicente Moura, perante o flop que já se desenhava a meio dos JO, veio propor um aumento de 2 milhões para o Projecto Londres 2012. Depois desta fuga para frente proponho desde já VM para porta-estandarte em Londres.
Bom, conseguimos 28 (sim vinte e oito) pontos! Menos de metade do objectivo traçado! Mas segundo o secretário de estado do desporto não foi mau, foi até uma boa participação.
Exemplos:
1) Um dos senhores do tiro, líder do ano na especialidade, segundo os comentadores, classificou-se para lá dos 25 primeiros. Deve ter ouvido o zumbido de algumas moscas que o desconcentraram ou quiçá, um cisco entrou-lhe para o olho nos momentos da competição (deve ter sido algum azar, claro, pois ele, com certeza que se tinha preparado adequadamente, como todos os atiradores que de 4 em 4 anos falham rotundamente nas suas competições). Primeiro falham na de 10m (mas essa não é a sua especialidade). Depois falham na de 20m (essa sim sua especialidade, mas que por azar calha sempre num dia mau para o atirador). Enfim... (nota: os 10 e 20 são aleatórios – não sei ao certo as distâncias).
2) Competição equestre: O cavalo não obedece ao cavaleiro. Nada de dramático se a competição não fosse de ensino. Calculo que o cavalo também não devia estar num dia bom.
3) Obykwelu, a quem já devemos muitas vitórias, anuncia, já em Pequim, que vai haver surpresas pois está na sua melhor forma de sempre. Falha nos 100m e anuncia abandono da competição devido ao flagelo das suas lesões. Se a lesão não estava debelada com certeza que não estaria na sua melhor forma de sempre, acho eu!
4) Judocas: aqui sim, temos Portugal sempre no seu melhor. Quem é o culpado das más prestações? Pois só poderia ser um, o ÁRBITRO! Ainda bem que no judo há árbitros como no futebol Assim, são sempre eles os culpados.
Depois há o flagelo das atletas australianas que das poucas vezes que vem à Europa ou à grandes competições ficam sempre à frente da nossa campeoníssima Vanessa.
Por último a guerra pela presidência do COP. Fala-se em Rosa Mota (desde há muito colaboradora das campanhas eleitorais do PS e que por isso deve fazer valer os seus fretes e Vicente Moura, perante o flop que já se desenhava a meio dos JO, veio propor um aumento de 2 milhões para o Projecto Londres 2012. Depois desta fuga para frente proponho desde já VM para porta-estandarte em Londres.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
O efeito de uma primeira página
A passada edição de quarta-feira da edição em papel do Público deu destaque de primeira página ao site Lisboa SOS que tive a oportunidade de referir neste Blog.
É impressionante o efeito que esta publicidade teve em termos de visibilidade do site. Basta visitar o seu contador para atestá-lo: na passada terça-feira o site contou com 257 visitas, na quarta-feira 1733 e ontem 753...
É impressionante o efeito que esta publicidade teve em termos de visibilidade do site. Basta visitar o seu contador para atestá-lo: na passada terça-feira o site contou com 257 visitas, na quarta-feira 1733 e ontem 753...
Mais uma notícia sobre Michael Phelps
Depois de o país ter acordado para a realidade extraordinária de que é de uma fábrica portuguesa que saiam os fatos de mergulho usados por Michael Phelps, eis que volta a aparecer uma notícia que liga este nadador a Portugal.
Desta vez ficamos a saber que Michael Phelps está a passar férias no Algarve (ver notícia aqui). Ainda bem. Sempre é publicidade ao Algarve (pelo menos interna). Resta saber se terá tido algum problema na alfândega com a "entrada de grandes quantidades de ouro não declaradas"...
Desta vez ficamos a saber que Michael Phelps está a passar férias no Algarve (ver notícia aqui). Ainda bem. Sempre é publicidade ao Algarve (pelo menos interna). Resta saber se terá tido algum problema na alfândega com a "entrada de grandes quantidades de ouro não declaradas"...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
E sempre vamos ouvir a Portuguesa em Pequim...
Parabéns ao Nélson Évora que, de acordo com as últimas notícias, obteve o ouro olímpico no triplo salto. Como já tive a oportunidade de dizer aqui, daria por bem entregue o dinheiro que foi entregue ao projecto Pequim 2008 caso ouvisse o hino nacional pelo menos uma vez em Pequim.
Resta agora saber se o hino vai ser tocado numa daquelas versões-cópia da loja dos trezentos ou se, como já me fizeram notar, a bandeira Portuguesa vai ter aqueles pagodes chineses em vez dos tradicionais castelos. Atenção aos detalhes! É que nos desculpem os nossos amigos chineses mas não é todos os dias que Portugal ganha uma medalha de ouro!
Resta agora saber se o hino vai ser tocado numa daquelas versões-cópia da loja dos trezentos ou se, como já me fizeram notar, a bandeira Portuguesa vai ter aqueles pagodes chineses em vez dos tradicionais castelos. Atenção aos detalhes! É que nos desculpem os nossos amigos chineses mas não é todos os dias que Portugal ganha uma medalha de ouro!
Lá fora, o que é de dentro é que é bom
Há uns anos, estava eu e a minha mulher a passar uns dias num desses resorts mexicanos tão em voga para gringos americanos em busca de águas calientes for a nice price, tive uma brevíssima conversa com um croata sobre essas generalidades que os turistas costumam trocar em férias.
Depois de ter satisfeito a curiosidade natural do Where are you from?, disse que conhecia Portugal e que achava que o nosso país tinha praias muito bonitas. Partindo de um natural de um país conhecido pelas suas praias no Adriático, essa afirmação só podia ser considerada um elogio. Mas não foi esta a particularidade da conversa que me fez guardar na memória este episódio.
Foi mais uma insinuação subliminar, sem dúvida alguma estimulada pelo ambiente de praia que me rodeava, que a afirmação continha. Parecia que me estavam a dizer: afinal de contas, com praias tão bonitas em casa, o que é que vocês portugueses estão para aqui a fazer? Poderia, bem entendido, dizer a mesma coisa dele. Não interessa. O que importa é que essa pergunta perdurou no meu subconsciente, sendo até reforçada cada vez que olhava para a praia banhada pelas águas do Golfo do México onde me encontrava e cada vez que conhecia um desses casais de portugueses que, bastas vezes, puxavam para tema de conversa a comparação das férias que já tinham tido em Cuba, Brasil e sei lá mais que ilha nas Caraíbas.
Não quero com isto dizer que estes locais não são aprazíveis. Pelo contrário. São-no. E ainda bem que estes locais se tornaram acessíveis para muitas pessoas. Quero apenas dizer que acho - por mim falo - que por vezes não valorizamos convenientemente o que temos. Por falta de informação, falta de vontade, falta de qualquer coisa. Não sei. Mas se não valorizarmos o que temos, quem é que valorizará?
Fica aqui um site que pode ajudar a conhecer melhor as praias que temos. Vale a pena espreitá-lo. Pois vale a pena descobrir o que temos cá dentro, quanto mais não seja para apreciarmos convenientemente o que encontramos lá fora.
Depois de ter satisfeito a curiosidade natural do Where are you from?, disse que conhecia Portugal e que achava que o nosso país tinha praias muito bonitas. Partindo de um natural de um país conhecido pelas suas praias no Adriático, essa afirmação só podia ser considerada um elogio. Mas não foi esta a particularidade da conversa que me fez guardar na memória este episódio.
Foi mais uma insinuação subliminar, sem dúvida alguma estimulada pelo ambiente de praia que me rodeava, que a afirmação continha. Parecia que me estavam a dizer: afinal de contas, com praias tão bonitas em casa, o que é que vocês portugueses estão para aqui a fazer? Poderia, bem entendido, dizer a mesma coisa dele. Não interessa. O que importa é que essa pergunta perdurou no meu subconsciente, sendo até reforçada cada vez que olhava para a praia banhada pelas águas do Golfo do México onde me encontrava e cada vez que conhecia um desses casais de portugueses que, bastas vezes, puxavam para tema de conversa a comparação das férias que já tinham tido em Cuba, Brasil e sei lá mais que ilha nas Caraíbas.
Não quero com isto dizer que estes locais não são aprazíveis. Pelo contrário. São-no. E ainda bem que estes locais se tornaram acessíveis para muitas pessoas. Quero apenas dizer que acho - por mim falo - que por vezes não valorizamos convenientemente o que temos. Por falta de informação, falta de vontade, falta de qualquer coisa. Não sei. Mas se não valorizarmos o que temos, quem é que valorizará?
Fica aqui um site que pode ajudar a conhecer melhor as praias que temos. Vale a pena espreitá-lo. Pois vale a pena descobrir o que temos cá dentro, quanto mais não seja para apreciarmos convenientemente o que encontramos lá fora.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Boa tarde a todos!!!
Esta minha primeira mensagem serve para me apresentar a todos os bloggers da “bolanaquinta”, para os quais envio desde já um grande abraço. Espero dar um contributo esclarecido, analítico e inteligente a este foro, não só na temática da bola, mas sim para os diversos assuntos que por cá apareçam. Não quero criar polémica com esta minha declaração de intenções: nem me passa pela cabeça achar que o nível dos comentário é baixo e que as minhas participações veham a ser as que aumentem o nível. “Au contraire” meus amigos, o que quero é igualar o nível demonstrado ate agora pelas V. Exas.
E para acabar, uma declaração de intenções: VIVA O GLORIOSO SLB!!!
Até breve,
Olho de Vidro.
E para acabar, uma declaração de intenções: VIVA O GLORIOSO SLB!!!
Até breve,
Olho de Vidro.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Ninguém tem de provar nada a ninguém
"Cada novo treinador tem a sua forma de trabalhar. Carlos Queiroz já deixou bem claro que não precisa de mostrar nada a ninguém". Quem disse isto foi Pepe na sua apresentação na concentração da selecção nacional. Há umas semanas insurgi-me contra o facto de nossa estrela CR, com 22/23 também dizer que não tem de provar nada a ninguém. Ora, bem, calculo que Pepe (jogador do Real Madrid), que proferiu esta frase sobre Carlos Queiroz também não tenha nada a provar. Aliás, tal como (quase) todos os jogadores da nossa selecção, dada a sua humildade e profissionalismo. Como tal, vejo claramente o futuro desta selecção. Como ninguém tem nada a provar a ninguém só podemos ser campeões do mundo. VIVA, DESDE JÁ, OS NOVOS CAMPEÕES DO MUNDO!!!!!
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Performance dos portugueses nos Jogos Olímpicos
Concordo em parte com o post, anterior a este, assinado pelo Blogger Squadra Azzurra. Mas a mentalidade é uma coisa muito difícil de medir. O facto é que sem recursos e um orçamento decente não se consegue fazer grande coisa (veja-se, por exemplo, a comparação muito básica que fiz aqui entre os montantes que andam à volta do futebol e o dinheiro que foi gasto no projecto Pequim 2008).
Repito, acho que as coisas estão a ficar melhores. E alguma medalha há-de cair para Portugal. Mas e se não cair, vamos fazer por baixar os braços? Não. Vamos é apoiar a "garra" dos que ainda competem. Por falar em garra, foi fantástica a recuperação dos representantes portugueses na prova de acesso às meias-finais de remo. A propósito, a próxima prova deles foi adiada para amanhã (ver notícia aqui).
Repito, acho que as coisas estão a ficar melhores. E alguma medalha há-de cair para Portugal. Mas e se não cair, vamos fazer por baixar os braços? Não. Vamos é apoiar a "garra" dos que ainda competem. Por falar em garra, foi fantástica a recuperação dos representantes portugueses na prova de acesso às meias-finais de remo. A propósito, a próxima prova deles foi adiada para amanhã (ver notícia aqui).
Os JO e os portugueses (ou como a história se repete de 4 em 4 anos)
O sucesso nos JO é uma questão muito complexa. Esse sucesso depende de quê? Do dinheiro investido (subsídios aos atletas, investimentos em equipamentos (pistas, piscinas, pavilhões, etc.))? Das capacidades inatas dos atletas? Do tempo dedicado aos treinos pelos atletas? Com certeza que o sucesso faz-se de tudo isto. Mas de duas outras coisas muitíssimo importantes: a mentalidade do atleta e a sua capacidade de sacrifício.
Não entrarei na segunda questão, que eu julgo que muito poucos a têm em Portugal, sejam atletas ou sejamos nós próprios. Sacrifícios é bom, mas para os outros.
Quanto à mentalidade há de tudo nos nossos atletas. Eu fico francamente irritado quando após (mais) um invariável falhanço de um atleta, ele vem para a rádio ou televisão dizer que já está muito contente por ter chegado ao ponto a que chegou (e que, na maioria das vezes significa ter ficado muito aquém do seu record pessoal). Pior fico quando depois acrescente que já está a pensar nos próximos JO (para quê, costumo eu perguntar!?). Também há aqueles que apesar do falhanço, estão muito contentes porque tomara Portugal ter muitos atletas como ele. Por contraponto, fico satisfeito quando alguém assume que poderia e/ou deveria ter feito melhor mas que os outros também estiveram em competição e fizeram melhor que ele, ou simplesmente quando os atletas apesar de não terem aspirações conseguem bater (ou aproximarem-se) dos seus records pessoais. Isso significa que trabalharam e melhoraram o seu desempenho, logo nada se lhes pode apontar.
O ideal de Coubertain (“O importante não é vencer mas sim competir”) é muito bonito mas aplicado ao desporto amador. Os JO há muito que deixaram de ser coisa de amadores. São competição. Uns ganham, outros perdem, tudo bem. O que não se deve é apoiar atletas cujos objectivos se esgotam com os mínimos de apuramente para irem dar mais uma voltinha onde quer que sejam os jogos. Para isso paga-se uma viagem de 10 dias, com tudo incluído, ao atleta que sai mais barato que financiar o “seu” projecto olímpico durante 2/4 anos.
PS: É que ganhar uma competição nuns JO não depende dos astrais de cada um, mas acima de tudo, do seu poder de sacríficio e de dedicação. Quando se deixa ao critério dos astros...
Não entrarei na segunda questão, que eu julgo que muito poucos a têm em Portugal, sejam atletas ou sejamos nós próprios. Sacrifícios é bom, mas para os outros.
Quanto à mentalidade há de tudo nos nossos atletas. Eu fico francamente irritado quando após (mais) um invariável falhanço de um atleta, ele vem para a rádio ou televisão dizer que já está muito contente por ter chegado ao ponto a que chegou (e que, na maioria das vezes significa ter ficado muito aquém do seu record pessoal). Pior fico quando depois acrescente que já está a pensar nos próximos JO (para quê, costumo eu perguntar!?). Também há aqueles que apesar do falhanço, estão muito contentes porque tomara Portugal ter muitos atletas como ele. Por contraponto, fico satisfeito quando alguém assume que poderia e/ou deveria ter feito melhor mas que os outros também estiveram em competição e fizeram melhor que ele, ou simplesmente quando os atletas apesar de não terem aspirações conseguem bater (ou aproximarem-se) dos seus records pessoais. Isso significa que trabalharam e melhoraram o seu desempenho, logo nada se lhes pode apontar.
O ideal de Coubertain (“O importante não é vencer mas sim competir”) é muito bonito mas aplicado ao desporto amador. Os JO há muito que deixaram de ser coisa de amadores. São competição. Uns ganham, outros perdem, tudo bem. O que não se deve é apoiar atletas cujos objectivos se esgotam com os mínimos de apuramente para irem dar mais uma voltinha onde quer que sejam os jogos. Para isso paga-se uma viagem de 10 dias, com tudo incluído, ao atleta que sai mais barato que financiar o “seu” projecto olímpico durante 2/4 anos.
PS: É que ganhar uma competição nuns JO não depende dos astrais de cada um, mas acima de tudo, do seu poder de sacríficio e de dedicação. Quando se deixa ao critério dos astros...
PS2: Só uma nota sobre Michael Phelps: simplesmente fantástico!!!!!
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Alto astral na estreia de Portugal
A participação portuguesa nos Jogos Olímpicos tem sido decepcionante para aqueles que esperam, de quatro em quatro anos, uma torrente de medalhas e normal para aqueles que têm a ideia de que as medalhas não caem do céu, implicam vultuosos investimentos, planeamento a longo prazo e têm a percepção mínima do país que somos e dos recursos que temos à nossa disposição.
De qualquer forma é curioso que a derradeira notícia colocada no site do Comité Olímpico de Portugal na secção das "últimas notícias" seja aquela que se intitula de "Moral alto a 48 horas da abertura"... (a notícia pode ser vista aqui) Bem sei que o site tem um diário dos jogos que pode ser visto aqui, mas neste site, as notícias continuam a ser transmitidas com o mesmo tom de esperança. Veja-se a última lá colocada, com o título "Oliveira bate recorde, Marinho-Nunes começam em 3º".
Eu, pela minha parte, o que desejo é que não se repitam as Olimpíadas de Barcelona, em que tivemos mais de 100 atletas e não ganhamos nem uma medalha. Mas acho que não. A procissão ainda vai no adro...
De qualquer forma é curioso que a derradeira notícia colocada no site do Comité Olímpico de Portugal na secção das "últimas notícias" seja aquela que se intitula de "Moral alto a 48 horas da abertura"... (a notícia pode ser vista aqui) Bem sei que o site tem um diário dos jogos que pode ser visto aqui, mas neste site, as notícias continuam a ser transmitidas com o mesmo tom de esperança. Veja-se a última lá colocada, com o título "Oliveira bate recorde, Marinho-Nunes começam em 3º".
Eu, pela minha parte, o que desejo é que não se repitam as Olimpíadas de Barcelona, em que tivemos mais de 100 atletas e não ganhamos nem uma medalha. Mas acho que não. A procissão ainda vai no adro...
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Assalto ao BES, PSP e média
Já muito se escreveu e se falou sobre o assalto da semana passada a uma dependência do BES em Lisboa: a polícia agiu com profissionalismo, a operação policial foi 100% eficaz, etc, etc, etc. Estas foram, grosso modo, as ideias que foram repetidas (quase até à exaustão) pelos responsáveis da manutenção da ordem pública no nosso país. Fico contente por saber que os polícias agem com profissionalismo. Afinal de contas, que outra coisa seria de esperar?
Do rescaldo da operação policial retive, no entanto, o pouco à-vontade com que a polícia, neste caso a PSP e as suas chefias, têm ao lidar com a imprensa. Os comunicados lidos directamente de uma folha, a recusa sistemática em responder a questões sem qualquer justificação, a forma atabalhoada como a conferência de imprensa foi realizada no dia seguinte; são exemplos que ilustram, a meu ver, o muito que a polícia tem ainda a fazer para melhorar este aspecto de relacionamento com o público (sim, porque muito da imagem que temosda polícia é-nos transmitida pelos jornalistas).
Quando é que será que teremos uma polícia profissional a este nível? Por que razão não há um porta-voz profissional para estas ocasiões? O que será melhor: a recusa em fornecer informações ou ter, numa primeira fase, os mais variados boatos e, numa segunda fase, a revelação, por fontes quase nunca reveladas, dos pormenores mais ínfimos do caso? Será que não se aprendeu nada com o caso Maddie?
Do rescaldo da operação policial retive, no entanto, o pouco à-vontade com que a polícia, neste caso a PSP e as suas chefias, têm ao lidar com a imprensa. Os comunicados lidos directamente de uma folha, a recusa sistemática em responder a questões sem qualquer justificação, a forma atabalhoada como a conferência de imprensa foi realizada no dia seguinte; são exemplos que ilustram, a meu ver, o muito que a polícia tem ainda a fazer para melhorar este aspecto de relacionamento com o público (sim, porque muito da imagem que temosda polícia é-nos transmitida pelos jornalistas).
Quando é que será que teremos uma polícia profissional a este nível? Por que razão não há um porta-voz profissional para estas ocasiões? O que será melhor: a recusa em fornecer informações ou ter, numa primeira fase, os mais variados boatos e, numa segunda fase, a revelação, por fontes quase nunca reveladas, dos pormenores mais ínfimos do caso? Será que não se aprendeu nada com o caso Maddie?
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Objectivos de Pequim 2008
Em dia de abertura oficial dos Jogos Olímpicos, talvez seja útil recordar os objectivos propostos (e os recursos utilizados) pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) para Pequim.
De acordo com uma notícia do DN on-line de 2005, o objectivo é atingir cinco lugares no pódio e 12 diplomas (classificações até ao oitavo lugar). Para atingir estes objectivos, o COP celebrou um contrato-programa com um organismo público, o Instituto do Desporto de Portugal, no valor de catorze milhões de euros a serem aplicados entre 2005 e 2008. A notícia pode ser lida aqui.
O objectivo parece-me algo ambicioso, especialmente se tivermos em linha de conta as três medalhas de Atenas 2004. Nesta altura, já há alguns resultados à vista deste projecto olímpico: setenta e oito atletas qualificados, uma dezena deles com reais possibilidades de subirem ao pódio. Não sei se é opinião geral, mas eu por mim daria por bem empregue os meus impostos a este projecto se ouvisse tocar, pelo menos uma vez, a Portuguesa durante este Jogos.
Duas notas finais. A primeira diz respeito aos catorze milhões. O orçamento anual de um clube de futebol que luta pelos lugares cimeiros da principal liga portuguesa facilmente ultrapassa o montante total do projecto olímpico português (só doze milhões era quanto supostamente o Espanyol de Barcelona pedia ao Benfica por um dos seus jogadores).
A segunda diz respeito aos próximos jogos olímpicos. O COI já fez chegar a sua proposta de orçamento para Londres 2012. O montante global é de 16.8 milhões de euros, um aumento de 20% face ao projecto para Pequim. A notícia pode ser vista aqui. Será sensato e realista exigir mais 20% de recursos para os próximos jogos? Não sei. Talvez parte da resposta resida na performance dos atletas portugueses em Pequim.
De acordo com uma notícia do DN on-line de 2005, o objectivo é atingir cinco lugares no pódio e 12 diplomas (classificações até ao oitavo lugar). Para atingir estes objectivos, o COP celebrou um contrato-programa com um organismo público, o Instituto do Desporto de Portugal, no valor de catorze milhões de euros a serem aplicados entre 2005 e 2008. A notícia pode ser lida aqui.
O objectivo parece-me algo ambicioso, especialmente se tivermos em linha de conta as três medalhas de Atenas 2004. Nesta altura, já há alguns resultados à vista deste projecto olímpico: setenta e oito atletas qualificados, uma dezena deles com reais possibilidades de subirem ao pódio. Não sei se é opinião geral, mas eu por mim daria por bem empregue os meus impostos a este projecto se ouvisse tocar, pelo menos uma vez, a Portuguesa durante este Jogos.
Duas notas finais. A primeira diz respeito aos catorze milhões. O orçamento anual de um clube de futebol que luta pelos lugares cimeiros da principal liga portuguesa facilmente ultrapassa o montante total do projecto olímpico português (só doze milhões era quanto supostamente o Espanyol de Barcelona pedia ao Benfica por um dos seus jogadores).
A segunda diz respeito aos próximos jogos olímpicos. O COI já fez chegar a sua proposta de orçamento para Londres 2012. O montante global é de 16.8 milhões de euros, um aumento de 20% face ao projecto para Pequim. A notícia pode ser vista aqui. Será sensato e realista exigir mais 20% de recursos para os próximos jogos? Não sei. Talvez parte da resposta resida na performance dos atletas portugueses em Pequim.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Medidas para combater a poluição, clareza na sua aplicação?
Reconheço que não sei muito mais do que é apresentado no artigo on-line do Público sobre a intenção de criar uma taxa adicional a todos os condutores que viagem sozinhos como forma de minorar a poluição em Lisboa. O artigo pode ser lido aqui.
Medidas deste tipo não são uma novidade e têm vindo a ser aplicadas em muitas cidades por esse mundo fora. O texto cita o exemplo de Roma mas basta lembramo-nos de Pequim, que actualmente limita o acesso diário à cidade através dos números das matrículas, para constatarmos que este é um assunto global. Mais. A ideia de criação de corredores específicos para condutores que viagem acompanhados é já uma realidade para quem, por exemplo, viaja em horas de ponta nas cercanias de Madrid. (Neste particular, parece que até já há quem compre um boneco para que a polícia pense que o condutor do carro não vai sozinho...)
Sendo este um assunto sério e tomado em linha de conta em muitos locais, resta-me comentar um pouco sobre um aspecto que, a meu ver, passa despercebido nas notícias sobre este tipo de assuntos e que, regra geral, quase nunca é tido em linha de conta nas discussões que envolvem a “criação” de um preço/taxa usada para arbitrar e minorar a produção da poluição.
Estou a falar do destino da receita gerada com a criação da taxa adicional. A aceitação dessa taxa, bem como a percepção da seriedade da medida em si mesma, podem ser seriamente afectadas se nada se disser sobre a sua utilização. Um possível uso seria o a da aplicação da receita gerada num fundo de apoio ao tratamento de doenças respiratórias. Outro uso igualmente aceitável seria a de canalizar estes fundos para a melhoria dos transportes públicos e de alternativas de transporte a quem se desloca para a cidade.
Caso contrário, caso não exista uma clara ligação entre a taxa cobrada e o destino da receita obtida, medidas como estas podem muito bem ser vistas, independentemente da bondade de quem teve a coragem ou a ideia de as tomar, como um ardil utilizado para cobrar mais impostos. E também fica mais difícil discernir quem é que realmente está do lado dos que querem ver a poluição reduzida e aqueles que, pura e simplesmente, acham que este é um problema que não tem nada a ver com eles e que não querem pagar nada. É que explicar o porquê de uma taxa não é suficiente. É também preciso explicar para onde é que ela vai ser usada.
Medidas deste tipo não são uma novidade e têm vindo a ser aplicadas em muitas cidades por esse mundo fora. O texto cita o exemplo de Roma mas basta lembramo-nos de Pequim, que actualmente limita o acesso diário à cidade através dos números das matrículas, para constatarmos que este é um assunto global. Mais. A ideia de criação de corredores específicos para condutores que viagem acompanhados é já uma realidade para quem, por exemplo, viaja em horas de ponta nas cercanias de Madrid. (Neste particular, parece que até já há quem compre um boneco para que a polícia pense que o condutor do carro não vai sozinho...)
Sendo este um assunto sério e tomado em linha de conta em muitos locais, resta-me comentar um pouco sobre um aspecto que, a meu ver, passa despercebido nas notícias sobre este tipo de assuntos e que, regra geral, quase nunca é tido em linha de conta nas discussões que envolvem a “criação” de um preço/taxa usada para arbitrar e minorar a produção da poluição.
Estou a falar do destino da receita gerada com a criação da taxa adicional. A aceitação dessa taxa, bem como a percepção da seriedade da medida em si mesma, podem ser seriamente afectadas se nada se disser sobre a sua utilização. Um possível uso seria o a da aplicação da receita gerada num fundo de apoio ao tratamento de doenças respiratórias. Outro uso igualmente aceitável seria a de canalizar estes fundos para a melhoria dos transportes públicos e de alternativas de transporte a quem se desloca para a cidade.
Caso contrário, caso não exista uma clara ligação entre a taxa cobrada e o destino da receita obtida, medidas como estas podem muito bem ser vistas, independentemente da bondade de quem teve a coragem ou a ideia de as tomar, como um ardil utilizado para cobrar mais impostos. E também fica mais difícil discernir quem é que realmente está do lado dos que querem ver a poluição reduzida e aqueles que, pura e simplesmente, acham que este é um problema que não tem nada a ver com eles e que não querem pagar nada. É que explicar o porquê de uma taxa não é suficiente. É também preciso explicar para onde é que ela vai ser usada.
Afinal não vai... para já
Em entrevista publicada hoje no Público, o "super-puto" revelou que está arrependido pela forma como se portou e foi o único responsável pela situação de "guerra" entre o Manchester United e o Real Madrid. Afinal, ele quis ir para o Real mas já não quer. Afinal, o United é muito bom para ele, ele gosta do clube e das pessoas.
Ele é que não sabia: "E há uma coisa importante que deve ser referida: nunca foi minha vontade forçar a saída sem o consentimento do Manchester. Ao recusarem a oferta, os responsáveis do Manchester acabaram também por deixar bem vincado o quanto gostam de mim. Na altura, não o compreendi totalmente, mas agora sei dar-lhe o justo valor."
Está bem, Sr. Cristiano Ronaldo. Talvez consiga "limpar" a sua imagem junto de alguns, mas deixou a mancha de ter sido ingrato e injusto, não sabendo gerir esta situação. Mas se calhar foi mal aconselhado, pois não saindo, houve alguns que deixaram de receber uma comissão.
Não me parece que seja um acto de arrependimento, consciência ou humildade. Será mais resignação e compromisso de sair na próxima época.
Eu espero que ao ficar, o faça com entrega e humildade, retomando o caminho das vitórias, individuais mas, mais importantes, as colectivas, trazendo novos títulos ao Man United.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Opinião
No dia em que muitos falam do artigo de opinião do Ex-Presidente da República Mário Soares sobre a inoportunidade da última intervenção do Presidente Cavaco Silva, gostava de referir um pequenino texto, também ele escrito no Diário de Notícias, sobre o desporto-rei. Chama-se “Olá, eu chamo-me João e gosto de futebol” e pode ser lido aqui.
Apesar de achar que é virtualmente impossível opinarmos sobre este desporto sem que a imparcialidade nos tolde pelo menos parte do raciocínio, partilho da opinião, expressa pelo jornalista, de que o acto de raciocinar e de pensar e as paixões clubísticas não são incompatíveis entre si. Se nos déssemos ao trabalho de fazer este esforço provavelmente o próprio futebol ganharia com isso. Pela minha parte tento fazer esse esforço.
Apesar de achar que é virtualmente impossível opinarmos sobre este desporto sem que a imparcialidade nos tolde pelo menos parte do raciocínio, partilho da opinião, expressa pelo jornalista, de que o acto de raciocinar e de pensar e as paixões clubísticas não são incompatíveis entre si. Se nos déssemos ao trabalho de fazer este esforço provavelmente o próprio futebol ganharia com isso. Pela minha parte tento fazer esse esforço.
As contratações dos grandes
O tal defeso, que o deKuip mencionava e com o qual concordo, produziu este ano muitas chegadas e poucas partidas de jogadores. Isto nos 3 grandes.
Começando por um dos meus dois clubes, o Sporting contratou Postiga e (re)contartou, se me é permitida a expressão, Rochembach, Caneira e Izmailov. Nada de novo, nada que preveja grandes diferenças face às última épocas. Ou seja, devemos esperar mais uma época a lutar pela Champions, com o Benfica e talvez o Braga, ou o Guimarães ou outro qualquer. Dos três últimos reforços, já se conhece tudo. Nenhum deles faz diferença e pretende-se apenas que cumpram sem grandes lampejos. Isto se a condição física o permitir. Saídas: apenas daqueles que foram reforços na época passada e que raramente jogavam (Gladstone, Purovic, Celsinho, Stojkovic, etc). (ver contratações de jogadores todas as épocas no post de DeKuip). No Porto, mais um autocarro de sul-americanos (incluindo o famoso “cebola”). Qualidade? Fica por provar. Saídas: Paulo Assunção da forma que se conhece e mais uns quantos que não jogavam. Benfica: mais dois autocarros (o nº de autocarros que levou a comitiva encarnada para o torneio do Guadiana) de jogadores contratados e também de equipa técnica. Quique Flores (sobrinho da estrela Lola Flores) tem boa imagem. Com tantos clubes em Espanha a mudar de treinador não conseguiu lugar em nenhum. Veio para o Benfica (refúgio de “grandes treinadores espanhóis sem lugar em ... Espanha). Aimar e, agora, parece que Reyes as estrelas, mais Balboa, Carlos Martins, Sidney. Etc, etc. Aimar foi um jogador fantástico. O Valência pagou cerca de 20/25 milhões por ele há 5 anos. Fez duas/três épocas fenomenais. De seguida teve uma menigite e quando voltou nunca mais voltou a ser titular no Valência (foi dispensado por Quique Flores, conhecem?) e zarpou para o Zaragoza onde desceu de divisão sem que ele contribuisse para isso, pois raramente jogou. Se o recuperarem (duvido, pois se continuasse o mesmo jogador teria havido interesse de clubes espanhois, etc) pode ser uma grande contratação. Quanto a Reyes aplica-se o mesmo mas sem a menigite. Há 4 anos era uma grande esperança no Arsenal. Há 2 um jogador emprestado ao Real Madrid. Este não exerce o direito de opção e acaba no Atlético de Madrid, onde a par com Maniche não consegue ser titular. Vamos a ver o que isto dá!
Saídas: João Moutinho (por certo, caso de escravidão semelhante ao de C. Ronaldo), Miguel Veloso, Luisão (o novo Beto que todos os anos ia para o Real Madrid e acabou no Huelva– este sai todos os anos para a Juventus) Quaresma, Lucho, etc, nada de novo. Tudo em terra. Rei do mercado? Benfica, claro. Mais um ano cheio grandes expectativas. Porto, se tudo correr normalmente, de novo campeão. E para acabar como comecei, o Sporting com os adeptos sem grandes expectativas. Em Janeiro devemos estar a lutar pelo grande objectivo da época: o acesso directo à Champions ou como se dizia até há pouco tempo, pelo primeiro dos últimos.
Começando por um dos meus dois clubes, o Sporting contratou Postiga e (re)contartou, se me é permitida a expressão, Rochembach, Caneira e Izmailov. Nada de novo, nada que preveja grandes diferenças face às última épocas. Ou seja, devemos esperar mais uma época a lutar pela Champions, com o Benfica e talvez o Braga, ou o Guimarães ou outro qualquer. Dos três últimos reforços, já se conhece tudo. Nenhum deles faz diferença e pretende-se apenas que cumpram sem grandes lampejos. Isto se a condição física o permitir. Saídas: apenas daqueles que foram reforços na época passada e que raramente jogavam (Gladstone, Purovic, Celsinho, Stojkovic, etc). (ver contratações de jogadores todas as épocas no post de DeKuip). No Porto, mais um autocarro de sul-americanos (incluindo o famoso “cebola”). Qualidade? Fica por provar. Saídas: Paulo Assunção da forma que se conhece e mais uns quantos que não jogavam. Benfica: mais dois autocarros (o nº de autocarros que levou a comitiva encarnada para o torneio do Guadiana) de jogadores contratados e também de equipa técnica. Quique Flores (sobrinho da estrela Lola Flores) tem boa imagem. Com tantos clubes em Espanha a mudar de treinador não conseguiu lugar em nenhum. Veio para o Benfica (refúgio de “grandes treinadores espanhóis sem lugar em ... Espanha). Aimar e, agora, parece que Reyes as estrelas, mais Balboa, Carlos Martins, Sidney. Etc, etc. Aimar foi um jogador fantástico. O Valência pagou cerca de 20/25 milhões por ele há 5 anos. Fez duas/três épocas fenomenais. De seguida teve uma menigite e quando voltou nunca mais voltou a ser titular no Valência (foi dispensado por Quique Flores, conhecem?) e zarpou para o Zaragoza onde desceu de divisão sem que ele contribuisse para isso, pois raramente jogou. Se o recuperarem (duvido, pois se continuasse o mesmo jogador teria havido interesse de clubes espanhois, etc) pode ser uma grande contratação. Quanto a Reyes aplica-se o mesmo mas sem a menigite. Há 4 anos era uma grande esperança no Arsenal. Há 2 um jogador emprestado ao Real Madrid. Este não exerce o direito de opção e acaba no Atlético de Madrid, onde a par com Maniche não consegue ser titular. Vamos a ver o que isto dá!
Saídas: João Moutinho (por certo, caso de escravidão semelhante ao de C. Ronaldo), Miguel Veloso, Luisão (o novo Beto que todos os anos ia para o Real Madrid e acabou no Huelva– este sai todos os anos para a Juventus) Quaresma, Lucho, etc, nada de novo. Tudo em terra. Rei do mercado? Benfica, claro. Mais um ano cheio grandes expectativas. Porto, se tudo correr normalmente, de novo campeão. E para acabar como comecei, o Sporting com os adeptos sem grandes expectativas. Em Janeiro devemos estar a lutar pelo grande objectivo da época: o acesso directo à Champions ou como se dizia até há pouco tempo, pelo primeiro dos últimos.
Crise NINJA
Um amigo meu enviou-me há dias um Blog de um ex-professor universitário espanhol sobre economia monetária e financeira. Vale a pena ler a explicação, escrita com humor e de uma forma simples, sobre a crise financeira provocada pelos créditos feitos a clientes na situação de No Inconme No Job, no Assets (NINJA). O artigo pode ser visto aqui.
Atenção que o post vai para além da explicação didáctica do fenómeno, tentando esclarecer os leitores de dúvidas sobre termos financeiros ou responder a questões mais prosaicas como, por exemplo, até quando é que a crise vai durar.
Atenção que o post vai para além da explicação didáctica do fenómeno, tentando esclarecer os leitores de dúvidas sobre termos financeiros ou responder a questões mais prosaicas como, por exemplo, até quando é que a crise vai durar.
Não conheço nenhum Blog escrito em português com as características didácticas e (aparentemente) desinteressadas do Blog de que falo. Mas seguramente de que existem por aí coisas deste género na língua de Camões.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Justiça desportiva
A Comissão Disciplinar da Liga entrou uma vez mais em acção. Desta fez, de acordo com notícia de última hora da versão on-line do Jornal Público, foi o Gil Vicente o visado.
Os factos julgados referem-se a um jogo disputado entre o Gil Vicente e o Olhanense. Ao contrário do que aconteceu com o “Apito Final”, a situação em análise é da última época o que, por si só, merece um reparo positivo. Afinal de contas a celeridade na tomada de decisões é uma característica que seguramente todos, com um mínimo de apreço pela verdade desportiva, gostariam de ver prevalecer na justiça desportiva deste país (e não expedientes administrativos e/ou discussões sobre a forma das provas ou dos pareceres desportivos).
A ver vamos se esta situação se torna uma constante no futuro e se a Comissão Disciplinar da Liga, o seu presidente (a quem o Major Valentim Loureiro já teve a oportunidade de apelidar de “justiceiro” vaidoso) e a sua equipa continuam o seu trabalho.
Uma última nota sobre o Olhanense e estado do futebol no Algarve. O Olhanense, a militar na liga de honra, é, se não estou em erro, a melhor equipa de futebol desta região. Actualmente não existe nenhuma equipa na principal liga portuguesa de futebol a sul do Sado. A isto muito se deve o inexoravel declínio do futebol Algarvio (que chegou a ter dois clubes na primeira divisão: o Farense e o Portimonense). Não haverá forma de reverter esta situação?
Os factos julgados referem-se a um jogo disputado entre o Gil Vicente e o Olhanense. Ao contrário do que aconteceu com o “Apito Final”, a situação em análise é da última época o que, por si só, merece um reparo positivo. Afinal de contas a celeridade na tomada de decisões é uma característica que seguramente todos, com um mínimo de apreço pela verdade desportiva, gostariam de ver prevalecer na justiça desportiva deste país (e não expedientes administrativos e/ou discussões sobre a forma das provas ou dos pareceres desportivos).
A ver vamos se esta situação se torna uma constante no futuro e se a Comissão Disciplinar da Liga, o seu presidente (a quem o Major Valentim Loureiro já teve a oportunidade de apelidar de “justiceiro” vaidoso) e a sua equipa continuam o seu trabalho.
Uma última nota sobre o Olhanense e estado do futebol no Algarve. O Olhanense, a militar na liga de honra, é, se não estou em erro, a melhor equipa de futebol desta região. Actualmente não existe nenhuma equipa na principal liga portuguesa de futebol a sul do Sado. A isto muito se deve o inexoravel declínio do futebol Algarvio (que chegou a ter dois clubes na primeira divisão: o Farense e o Portimonense). Não haverá forma de reverter esta situação?
Depois querem Selecção!!!
Faltam jogadores portugueses ao campeonato português.
É incrível mas é verdade. Este ano deve ser um dos piores anos de sempre. Tive a oportunidade de ontem ler o anuário de um jornal desportivo português, e se já tinha andado com esta noção, constatei que são raras as equipas da primeira divisão - liga Sagres, que conseguem constituir um onze só com jogadores que podem envergar a camisola das quinas.
Dos 3 grandes apenas o Sporting apresenta 13 jogadores com essa capacidade em nas 16 equipas que constituem a primeira divisão o n.º de jogadores portugueses é para aí de 8 ou 9, sendo que tradicionalmente destes 2 serão os guarda-redes reservistas.
Depois querem selecção nacional. A exportação tem alguma culpa, mas não justifica tudo. Os investimentos dos clubes passam sempre por comprar jogadores preferencialmente ao mercado sul americano, de onde chegam aos magotes e quase sempre de qualidade francamente reduzida, já que raramente vêem de equipas da primeira divisão desses países mas sempre de divisões secundárias e o mais escandaloso de divisões equivalentes aos nossos distritais.
Mais grave se torna quando até vemos equipas da liga vitalis com excesso desses jogadores.
O jogador português que é formado nas 'academias' deixou de ter mercado a nível nacional.
Não pretendo com esta analise particularizar em nenhum clube mas tenho de dar o exemplo do FC Porto que este ano entre muitas contratações que fez apenas o defesa Rolando ex-belenenses, é português.
Vão seguramente existir muitas equipas na divisão principal do nosso futebol equipas onde não existiram portugueses nos onzes titulares.
A questão que eu coloco é a seguinte quanto ganhará um ex-júnior do Sporting ou de outro grande, face aos jogadores que vêem do joinville ou do criciuma. Compensará tal aposta. Por isso é que as selecções jovens portuguesas que ganhavam ou chegavam a finais em escalões sub-17 a sub-20 deixaram sequer de se apuraram para as fases finais dessas competições.
Não esquecer que os êxitos que as selecções tiveram basearam-se numa geração que quando chegou aos 22 anos já tinham 80 e muitas internacionalizações em escalões inferiores. Isto está a deixar de existir e urge regulamentar esta situação. Criação de um campeonato sub-21, o renascer do celebre torneio de reservas. Enfim algo tem de ser feito, antes que a selecção nacional passe aos níveis de 1970.
Um abraço!
É incrível mas é verdade. Este ano deve ser um dos piores anos de sempre. Tive a oportunidade de ontem ler o anuário de um jornal desportivo português, e se já tinha andado com esta noção, constatei que são raras as equipas da primeira divisão - liga Sagres, que conseguem constituir um onze só com jogadores que podem envergar a camisola das quinas.
Dos 3 grandes apenas o Sporting apresenta 13 jogadores com essa capacidade em nas 16 equipas que constituem a primeira divisão o n.º de jogadores portugueses é para aí de 8 ou 9, sendo que tradicionalmente destes 2 serão os guarda-redes reservistas.
Depois querem selecção nacional. A exportação tem alguma culpa, mas não justifica tudo. Os investimentos dos clubes passam sempre por comprar jogadores preferencialmente ao mercado sul americano, de onde chegam aos magotes e quase sempre de qualidade francamente reduzida, já que raramente vêem de equipas da primeira divisão desses países mas sempre de divisões secundárias e o mais escandaloso de divisões equivalentes aos nossos distritais.
Mais grave se torna quando até vemos equipas da liga vitalis com excesso desses jogadores.
O jogador português que é formado nas 'academias' deixou de ter mercado a nível nacional.
Não pretendo com esta analise particularizar em nenhum clube mas tenho de dar o exemplo do FC Porto que este ano entre muitas contratações que fez apenas o defesa Rolando ex-belenenses, é português.
Vão seguramente existir muitas equipas na divisão principal do nosso futebol equipas onde não existiram portugueses nos onzes titulares.
A questão que eu coloco é a seguinte quanto ganhará um ex-júnior do Sporting ou de outro grande, face aos jogadores que vêem do joinville ou do criciuma. Compensará tal aposta. Por isso é que as selecções jovens portuguesas que ganhavam ou chegavam a finais em escalões sub-17 a sub-20 deixaram sequer de se apuraram para as fases finais dessas competições.
Não esquecer que os êxitos que as selecções tiveram basearam-se numa geração que quando chegou aos 22 anos já tinham 80 e muitas internacionalizações em escalões inferiores. Isto está a deixar de existir e urge regulamentar esta situação. Criação de um campeonato sub-21, o renascer do celebre torneio de reservas. Enfim algo tem de ser feito, antes que a selecção nacional passe aos níveis de 1970.
Um abraço!
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Nova época, a mesma conversa
"Tentaremos ter o melhor Benfica possível. Os adeptos neste momento entendem que estamos a fazer um projecto novo, temos um grupo novo, muita gente jovem aqui e que queremos formar uma boa equipa e fazer o melhor possível. Estamos a procurar impor uma nova filosofia e metedologia de trabalho, mas precisamos de algum tempo." Quique Flores
Vai começar mais uma época e a conversa é a dos últimos anos. Seguindo o post do DeKuip, a gestão do SLB é feita destes erros constantes. Novo treinador, dispensas de mais de 10 jogadores, entradas de outros, novas filosofias, métodos, rotinas, tácticas, blá blá.
E os adeptos a ter de aturar isto. Milhões de euros, que não se sabe de onde vêm, gastos em contratações. Depois, esses mesmos jogadores dispensados ou emprestados. Mais nova remessa de milhões.
Enfim, tudo igual e espera-se nova época de ver a banda a passar.
O calendário apresenta grandes jogos logo no início.
Do discurso resulta: os eventuais maus resultados já têm desculpa.
"Não houve ainda tempo, havia indefinições, entraram/entrarão novos jogadores..."
Nada a fazer. É vê-los e ouvi-los, mas não acreditar.
Vai começar mais uma época e a conversa é a dos últimos anos. Seguindo o post do DeKuip, a gestão do SLB é feita destes erros constantes. Novo treinador, dispensas de mais de 10 jogadores, entradas de outros, novas filosofias, métodos, rotinas, tácticas, blá blá.
E os adeptos a ter de aturar isto. Milhões de euros, que não se sabe de onde vêm, gastos em contratações. Depois, esses mesmos jogadores dispensados ou emprestados. Mais nova remessa de milhões.
Enfim, tudo igual e espera-se nova época de ver a banda a passar.
O calendário apresenta grandes jogos logo no início.
Do discurso resulta: os eventuais maus resultados já têm desculpa.
"Não houve ainda tempo, havia indefinições, entraram/entrarão novos jogadores..."
Nada a fazer. É vê-los e ouvi-los, mas não acreditar.
Primeiro de Agosto
Eis que chegamos ao primeiro dia de Agosto. Talvez seja o mês que os portugueses mais associem às férias. Este ano, Agosto vai também “albergar” a próxima edição dos Jogos Olímpicos de Verão. Já só faltam sete dias para a vigésima nona edição do evento desportivo mais popular do mundo começar.
Os jogos da era moderna seguem o espírito original das ideias do barão de Coubertain. Talvez seja por ser contrária a este espírito fundador que não exista oficialmente uma listagem por país de todas as medalhas ganhas em todas as edições dos jogos olímpicos. Um ranking não oficial pode ser viso aqui para quem estiver interessado e achar interessante fazer comparações.
E para todos aqueles que estão ou vão de férias no mês do Imperador Augusto, proponho que o celebrem com o espírito da seguinte música
É amanhã dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola ás costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes
Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer
"1º de Agosto, Xutos e Pontapés"
Os jogos da era moderna seguem o espírito original das ideias do barão de Coubertain. Talvez seja por ser contrária a este espírito fundador que não exista oficialmente uma listagem por país de todas as medalhas ganhas em todas as edições dos jogos olímpicos. Um ranking não oficial pode ser viso aqui para quem estiver interessado e achar interessante fazer comparações.
E para todos aqueles que estão ou vão de férias no mês do Imperador Augusto, proponho que o celebrem com o espírito da seguinte música
É amanhã dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola ás costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes
Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer
"1º de Agosto, Xutos e Pontapés"
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