
De acordo com uma notícia do DN on-line de 2005, o objectivo é atingir cinco lugares no pódio e 12 diplomas (classificações até ao oitavo lugar). Para atingir estes objectivos, o COP celebrou um contrato-programa com um organismo público, o Instituto do Desporto de Portugal, no valor de catorze milhões de euros a serem aplicados entre 2005 e 2008. A notícia pode ser lida aqui.
O objectivo parece-me algo ambicioso, especialmente se tivermos em linha de conta as três medalhas de Atenas 2004. Nesta altura, já há alguns resultados à vista deste projecto olímpico: setenta e oito atletas qualificados, uma dezena deles com reais possibilidades de subirem ao pódio. Não sei se é opinião geral, mas eu por mim daria por bem empregue os meus impostos a este projecto se ouvisse tocar, pelo menos uma vez, a Portuguesa durante este Jogos.
Duas notas finais. A primeira diz respeito aos catorze milhões. O orçamento anual de um clube de futebol que luta pelos lugares cimeiros da principal liga portuguesa facilmente ultrapassa o montante total do projecto olímpico português (só doze milhões era quanto supostamente o Espanyol de Barcelona pedia ao Benfica por um dos seus jogadores).
A segunda diz respeito aos próximos jogos olímpicos. O COI já fez chegar a sua proposta de orçamento para Londres 2012. O montante global é de 16.8 milhões de euros, um aumento de 20% face ao projecto para Pequim. A notícia pode ser vista aqui. Será sensato e realista exigir mais 20% de recursos para os próximos jogos? Não sei. Talvez parte da resposta resida na performance dos atletas portugueses em Pequim.
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