terça-feira, 30 de dezembro de 2008

ANO 2008: Y VIVA ESPAÑA!!!

O ano de 2008 não trouxe nada de novo a nível de futebol. Os campeonatos nacionais foram ganhos pelos mesmos de sempre. A Liga dos campeões também não trouxe novidades. A taça UEFA foi ganha por mais uma equipa russa. A nível interno, novidade só as punições decorrentes do apito dourado, embora sem qualquer reflexos práticos.
Por isso o meu destaque vai por inteiro para a conquista do Euro 2008 pela Espanha. Pura classe e um enorme sentido colectivo. Foi, de longe, a equipa que melhor futebol praticou. Apenas num jogo não marcou qualquer golo (Itália, quartos de final) e apenas 3 golos sofridos (1 em cada um dos jogos da fase de grupos).

Equipa base: Casillas; Sérgio Ramos, Puyol, Marchena (Albiol) e Capdevilla; Senna, Xavi Hernandéz, Iniesta e David Silva; Fernando Torres e Dvid Villa. Mais Palop e Reina; Fernando Navarro Arbeloa e Juanito; Fábregas, Cazorla, Xabi Alonso e de la Red; Sergio Garcia e Dani Güiza.

Grandes estrelas? Talvez não, com excepção de Casillas (um dos três melhores do mundo) e Torres e, talvez, Villa.
Comparação com Portugal: aparentemente apenas na baliza e no ataque há diferenças significativas. Aparentemente Portugal teria até grande vantagem na defesa e no meio campo.
No jogo jogado e na forma de abordar a competição e cada jogo uma montanha de diferenças.
E o que se viu na Suiça e na Áustria foi uma lição táctica delineada por um grande treinador de futebol: Luis aAragonéz (já lhe dediquei um post há uns meses atrás) e que os jogadores espanhóis souberam traduzir na perfeição para o relvado.
Para mim, foi talvez (a par com a França, em 2000) a equipa campeã europeia mais consistente e que melhor aliou o rigor táctico com o bom futebol praticado.
A minha dúvida é se, com del Bosque, será a Espanha capaz de repetir este êxito no próximo campeonato do mundo.

OLÉ ESPAÑA!!!!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Namoro Ibérico para 2018?

Confesso que fiquei surpreendido com a notícia, hoje divulgada em Portugal e Espanha, da intenção manifestada por Angel María Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol, de uma candidatura conjunta ibérica à organização do Mundial de Futebol de 2018. A concretizar-se esta ideia, será algo de inédito, porquanto candidaturas conjuntas têm sido normalmente feitas por países de dimensões mais ou menos semelhantes.

Na minha perspectiva, uma candidatura conjunta poderá também ser explorada de um ponto de vista simbólico, mostrando definitiva e inequivocamente que os dois países ibéricos são vizinhos e parceiros naturais, e não inimigos naturais…


Parece-me acertada, no entanto, a cautela manifestada pelos membros do Governo português quanto a esta notícia. Afinal de contas esta parece ser apenas uma manifestação de intenções feita num jantar de Natal da federação de futebol espanhola. Será o início de um namoro? Não me parece até porque, de acordo com os prazos impostos pela FIFA, será necessário apresentar a proposta conjunta muito brevemente. Os organizadores vencedores serão anunciados lá para 2010/2011.


E será que há a possibilidade de sucesso desta candidatura conjunta? Parece-me que existem algumas hipóteses. Se não estou enganado, são oito o número mínimo de estádios a apresentar numa candidatura deste tipo (o Brasil, para a candidatura de 2014, apresentou 18). Ora penso que Portugal e Espanha podem facilmente cumprir estes requisitos.


Mais. Tendo em conta que os mundiais de 2010 e 2014 se vão realizar fora da Europa, parece-me ser altamente provável que o mundial de 2018 se vá realizar no velho continente (apesar de serem permitidas as candidaturas de países asiáticos, da Oceania e da América do Norte). As candidaturas concorrentes mais fortes são, neste contexto, as da Inglaterra e a dos países do Benelux . Mas mais poderão aparecer no futuro próximo... (ver mais sobre candidaturas aqui).


nota: este post foi também colocado em http://portugalvistodaqui.blogspot.com/.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

2009 O ano de Glória









Um ano em grande para o clube, jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos, como eu.

Depois da Premier League, a Champions League e agora a FIFA Club World Cup.

BRILHANTE época para os RED DEVILS, com as principais figuras a serem:
Sir Alex Ferguson, Van Der Sar, Rio Ferdinand, Vidic, Evra, Carrick, Giggs, Rooney e, obviamente, Cristiano Ronaldo.

Depois do treble em 1999, outro em 2008.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Onde esteve o espírito de Natal?



Na noite do último jogo de 2008, faltaram 4 elementos, pelo que havia 10, à conta. O jogo começou com um atraso de 10 minutos, aguardando-se a chegada de Bruno (e Chrystello que chegou menos atrasado). Antes do início oficial, jogou-se uma peladinha de 4 vs 4, onde prevaleceu a força de Moreira, autor do único golo.

Assim que se reuniu o lote completo, as equipas alinharam:
Equipa A- Bruno, João, Tiago, Chrystello e Rocha
Equipa B- Nuno, Coelho, Rui Lopes, Moreira e Vinay.

O jogo começou com ambas as equipas ao ataque, dando a entender que iria haver muitos golos.
Um dos primeiros foi dos melhores da noite, com Vinay a passar por Tiago, com classe, e a fuzilar com um remate rasteiro. 1-1 e estava aberta a contenda.

Nesta fase, os B's dominavam o encontro, com boas trocas de bola, com rapidez e força, com todos os elementos a jogar. Falharam-se algumas oportunidades claras, com algum mérito de Rocha e especialmente de Tiago, que veio a ser uma figura importante.

Estabilizado o medo que sentiam, os AA sentiram que afinal podiam ganhar, pois se não sofreram mais golos naquela avalanche, a Sorte estava com eles. Assim, resolveram carregar em força.

Comandados por Tiago, tiveram em João, Bruno e Chrystello um tridente fortíssimo, ágil e rápido. Os golos foram surgindo à medida que se verificava que os BB passavam a jogar com menos um elemento.
Apesar de lá estar, Coelho esteve ausente. Nada lhe saía bem, desde passes a remates, cortes a marcação.

Num período de 15 minutos, os AA marcaram 5 golos, alguns deles muito bons, outros em que houve uma franca colaboração dos GR adversários, deixando entrar remates de muita distância. Vinay estava de tal forma agastado que gritava e desesperava, pela facilidade com que os AA rematavam e marcavam.

Na equipa AA, Rocha esteve benzinho, Chrystello muito empenhado, até à habitual lesãozinha, João esteve muito bem, Tiago e Bruno estiveram em alto nível.

Nos BB, Nuno esteve bem, mas a certo ponto desistiu, Rui Lopes aguentou-se mais do que na semana passada, Moreira voltou a insistir demasiado nos passes longos, Vinay esteve bem em alguns aspectos, mas mal nos gritos, num golo consentido e alguns passes, e Coelho... que dizer... poucas palavras há que não ofendam.

Ainda houve tempo para uma tentativa de recuperação, com os BB a buscar forças e marcar por mais 2 vezes, mas os AA voltaram à carga. Até ao fim, foi um avolumar de golos dos AA e um ou outro para os BB. No final, vitória por 9-5 para os AA.

Destaques:
Jogador mais influente: Bruno e Tiago, um pelo que atacou e outro pelo que defendeu
Jogador mais desatento: Coelho, passou-lhe tudo ao lado
Jogador que mais correu: Bruno, muita correria, atacando e recuperando
Jogador mais inconsequente: Coelho, que conseguiu fazer menos do que Rui Lopes
Autor do golo mais bonito: Bruno, num grande lance individual, fintou 3 e rematou colocadíssimo e com força
Autor da melhor defesa: Vinay, uma das muitas

Votos de BOAS FESTAS a todos. Os jogos regressam a 8 de Janeiro de 2009.

Sorteio da UEFA




Acima está o sorteio da Taça UEFA, com os próximos jogos e o emparelhamento para a fase seguinte.

Sem o SLB em prova, FORÇA BRAGA!

Sorteio da Champions



Foi esta manhã o sorteio. Aceitam-se apostas e palpites.

Foi um resultado complicado para o SCP e com boas perspectivas para o FCP.

Grandes embates são o Chelsea-Juventus, Real-Liverpool e Inter-Manchester United.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

AVISO IMPORTANTE

PEDE-SE A TODOS OS JOGADORES QUE SE ENTRETÊM ÀS 5a À TARDE A ENVIAREM E-MAILS, QUE DEIXEM DE PERTURBAR QUEM TRABALHAR, ESPECIALMENTE AQUELE SENHOR QUE TODOS NÓS SABEMOS DE QUEM EU ESTOU A FALAR.

Depois admiram-se de teren más apreciações ao vosso desempenho em campo. Incomodam o senhor e ele depois fica mal disposto...

Razão vs. Coração



Os adeptos de futebol são capazes de ser incrivelmente sonhadores.

Hoje, o "meu" clube tem uma tarefa que racionalmente sei estar próxima do impossível. Mas, o facto de ainda haver uma ínfima possibilidade, faz com que o coração acredite ser fazível. Apesar de saber que é preciso ganhar por 8 de diferença e esperar por um empate entre gregos e alemães, que têm de ganhar a uma equipa que não sofreu qualquer golo na UEFA, que vão ser usados jogadores não habitualmente titulares, dei por mim a pensar que ainda pode dar, ainda pode acontecer uma noite de sonho, ainda posso reforçar o meu gosto pelo futebol, o "meu" Benfica ainda pode surpreender-me. Espero ver a bola a entrar muitas vezes na baliza dos ucranianos, se possível, mais 8 vezes do que na do Benfica.

Como se explica isto? E mais difícil, como se explica isto a alguém que não gosta de futebol? Eu bem tento, mas não consigo. A única coisa que digo nestas situações é que "não se explica, sente-se".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Só promessas



Num jogo que estava marcado pelas promessas de entradas a pés juntos, pedidos de agressão, retaliação e afins, saudou-se o retorno de Tiago, ao fim de mais de um mês.

Já no aquecimento antes do jogo, sentia-se a tensão no ar, com os presentes a tentar antecipar quando Vinay iria cumprir o pedido de Gonçalves (membro desaparecido em acção do plantel), dando aquilo que na gíria se denomina de PORRADA no Coelho.

Com as ausências de Moreira e Pirralha por compromissos natalícios e de Filipe por ter sido papá (PARABÉNS ao nosso amigo pela vinda do Guilherme), as equipas entraram:

Equipa A: Tiago, Nuno, João, Vinay, Bruno e Chrystello;
Equipa B: Rui Lopes, Rui Evangelista, Hélder, Coelho e Rocha.

O encontro começou com o habitual frio de Dezembro a afectar os jogadores, estando todos encolhidos na expectativa de ver o que acontecia. Aos poucos, o calor entrou no sistema.
Numa jogada brilhante, os B's chegaram ao golo por Coelho, numa troca de passes em que João (GR n altura) ficou muito mal, vendo os adversários a aparecer na sua frente mas ficando quietinho de tanto frio.

Os AA não se desmoralizaram e foram em busca dos seus golos. A equipa soube equilibrar-se bem, sendo composta por elementos em extremos no peso, com Tiago e Nuno a contrabalançar o peso dos restantes 4. Com rápidas desmarcações e bons passes da defesa, surgiram muitos lances de golo. O empate aparece num remate forte e rasteiro de Vinay, ao meio da baliza e Rocha foi surpreendido, pois só quando ela entrou é que ele fechou as pernas. Ecoou pelo pavilhão o grito PIU-PIU.

Os BB tentavam manter a calma e lutavam, mas estavam desinspirados. Hélder era o líder natural mas não estava a ser acompanhado. Nesse desnorte, os AA foram mais fortes e atacavam de todos os lados e formas. Os poucos lances de ataque dos BB esbarravam nos GR contrários, tendo todos feito boas defesas. Mas o que se notava mais era a avalanche atacante dos AA.

Quando Bruno marcou o 2º, notou-se uma quebra anímica nos BB, especialmente em Rui Lopes que baixou os braços e decidiu jogar menos ainda do que o pouco que fizera. O resultado estava apenas em 2-1!

Foi nesta fase que aconteceu a lesão da noite. Hélder já evidenciava algumas limitações mas ficou pior ainda quando Bruno lhe deu uns nós, fazendo-o ficar tonto de tanto rodar. Resultado: golo, 3-1 e lesão de Hélder. Incapaz de continuar, pediu a Chrystello para passar para os BB.

O jogo continuou a ritmo elevado, por parte dos AA e de Chrystello e Coelho dos BB. Rocha estava na baliza, melhor que na semana anterior mas não tão seguro como já fora, Rui Evangelista esteve distante do jogo, falhando passes, remates e cortes, Rui Lopes foi um espectador, participando de vez em quando.

Nos AA, Bruno esteve endiabrado, Tiago mais comedido, Nuno seguro, João oscilava entre o bom e o perdulário e Vinay esteve muito bem.

Até ao fim, os BB tiveram algumas oportunidades de marcar, mas os diferentes GR dos AA foram superiores aos remates. Na outra baliza, Rocha defendeu alguns, mas forma mais os falhanços.

O resultado final foi de 5-2.

Destaques:

Jogador mais influente: Vinay (marcou, deu a marcar, defendeu, na defesa e na baliza)
Jogador mais desatento: Rui Evangelista (errou passes, falhou golos, falhou tackles)
Jogador que mais correu: Chrystello (correu muito, nos dois lados, para todo o lado, sem rumo às vezes)
Jogador mais inconsequente: Rui Lopes (desistiu cedo e isso estragou o que quis fazer)
Autor do golo mais bonito: Bruno (em jogada individual, levou Hélder ao desespero e rematou fortíssimo)
Autor da melhor defesa: Nuno (a remate à queima-roupa, quis fugir da bola mas defendeu)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Empate em grande



No início do último mês de 2008, com um cheirinho a festas de Natal, mais um jogo da Bola na Quinta, um dos melhores em termos de intensidade, qualidade e empenho.

Com as ausências de Tiago e Pirralha, as equipas foram:

Equipa A - Hélder, Coelho, Vinay, Rui Lopes, Nuno e Filipe
Equipa B - Bruno, João, Moreira, Rocha, Chrystello e Rui Evangelista.

O início do jogo foi a todo o gás, com pressão alta e muita vontade. Ambas as formações queriam ganhar e a prova disso foram os primeiros remates de Moreira, desde a sua metade do campo, a atingir os adversários a frio. Com Bruno mais endiabrado, foram os B's a criar as primeiras chances, mas Rui Lopes esteve muito bem na baliza. Do outro lado, Coelho estava a comandar a equipa e esperava que a sua estratégia de mind games resultasse, tendo passado a tarde toda a provocar Rocha.

Passados os primeiros 10 minutos, os A's assumiram o comando das operações, trocando melhor a bola, dominando a defesa e atacando com muito perigo. Vinay abriu o marcador num golo portentoso (após uma bola ao ferro e um remate enrolado) de primeira a passe de Nuno. Rocha ficou com os dedos a arder, tal a força do remate.

Passados uns minutos, novo golo para os B's e a vantagem aumentara. O domínio do jogo era claro. Mas ainda faltava muito tempo. Os BB começaram a usar estratégias de jogo diferentes, com mais passes longos à procura de erros contrários. Estes surgiram, fruto do desnorte nas marcações e 2 golos de rajada empataram o encontro.

Nova onda de entusiasmo levou os AA a subir de rendimento, apostando em pressionar logo à saída da área adversária. Disto resultaram muitas perdas de bola e os AA concretizaram 3 golos, em passes, tabelinhas, remates fortes e algum desacerto de Rocha. A qualidade do jogo dos A's era tal que se adivinhava uma goleada, vendo ainda pela cara de desalento de alguns BB. Na baliza, Nuno estava em grande, defendendo bem e por instinto alguns remates venenosos.

Mas aqui surge o erro dos AA. Deixando de defender mais à frente, colocaram-se atrás do meio-campo e isto deixava espaços para construir jogadas de troca de bola mais seguras. Os Bb sentiram que ainda havia tempo e cairam em cima. Para isto contribuiu Vinay, que na baliza sofreu 2 golos estranhos, embora tenha efectuado uma defesa BONITA! Com o resultado em 5-4, Rocha voltou a fazer das suas. Querendo sair a jogar, viu Filipe à frente e ficou cheio de medo, tal era o cheiro, perdeu a bola e foi o 6-4! Coelho foi visto a rebolar-se pelo chão a rir.

Mas Bruno não quis deixar os seus créditos por mãos alheias e tomou a iniciativa. Resolveu fazer ponto de honra em não perder e com a ajuda dos restantes, foi em busca do empate. Em dois grandes lances, conseguiu o empate tão desejado. Foi um Diabo à solta, mas beneficiou da falta de marcação.

Nos últimos momentos, os AA podiam ter marcado, mas foi mais coração que cabeça.

Destaques:

Jogador mais influente: Bruno (marcou 4 e deu mais a marcar, defendeu e liderou)
Jogador mais desatento: Rocha (falhou na baliza, sendo decisivo mas pela negativa)
Jogador que mais correu: Bruno (correu muito)
Jogador mais inconsequente: Moreira (apesar de um golo, insistiu muito em passes longos)
Autor do golo mais bonito: Vinay (remate fulminante de primeira)
Autor da melhor defesa: Nuno (difícil escolha, mas este prémio é pela defesa a um remate que ia ao cantinho)

Outras notas:
- Coelho conhece bem Rocha, tão intimamente que sabe como deixá-lo desnorteado, com umas piadas sobre ser roto;
- Rui Lopes foi menos choramingas, quem sabe, por ter lido a crónica da semana passada;
- Chrystello está muito frágil, cai muitas vezes;
- Rui Evangelista mantém a sua faceta de Petit.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

De Rocha e cal



Ainda com os ecos de mais uma noite desastrosa para os adeptos do SLB (na véspera fora o SCP), entraram em campo os bravos da BolanaQuinta. Com as ausências de Filipe e Tiago, Chrystello teve de passar para os AA. Assim, as equipas alinharam:

Equipa A - Bruno, João, Moreira, Nuno, Rui Evangelista e Chrystello,
Equipa B - Hélder, Coelho, Vinay, Rui Lopes, Rocha e Pirralha.

O desafio começou com um ritmo de avaliação entre ambas as formações, revelando sentir algum cuidado. Mas depressa isso passou, quando surge o primeiro golo, marcado por Nuno, que se antecipa a Vinay. Os AA ficaram moralizados e começaram a pressionar. Os BB ficaram desnorteados cedo e isso levou a muitas perdas de bola e situações de desvantagem numérica na defesa. Aqui entrou em cena Rocha. Na baliza, voltou a revelar-se um muro, com defesas de todos os tipos, com mais ou menos brilho, mais ou menos sorte, mas eficaz. Os BB sentiram que podiam confiar nele e soltaram-se. O grito da revolta surge na forma do golo da noite, por Rui Lopes.

O equilíbrio no placard foi sendo uma constante, mas em remates efectuados os AA eram superiores. As jogadas de ataque eram variadas e algumas bem trabalhadas e daí resultavam várias hipóteses de golo, com remates de fora e dentro da área dos BB, mas esbarravam em Rocha ou nos ferros.
Bruno e Rui Evangelista foram mais rematadores, Chrystello e João criavam, Nuno e Moreira seguravam a defesa. Nesta equipa, destacaram-se João e Nuno. Ambos fizeram um jogo de excelente nível, mas o primeiro ficou muito tempo no banco de suplentes, revelando uma má gestão da rotação. Nesta fase, o cansaço dos que estavam em campo permitiu aos BB recuperar a posse de bola e controlar o jogo. Aqui, Rocha foi determinante, Hélder liderou a par de Coelho, Rui Lopes finalizou por 3 vezes (!), Pirralha foi inconstante e Vinay esteve muito mal, em noite não.

Nos últimos 5 minutos, definiu-se o resultado com os BB a ganhar vantagem e a segurá-la com afinco, embora Rocha tenha feito tudo para estragar o trabalho da equipa. Estranhamente, aquele que vinha sendo o defensor da equipa, decidiu sair com a bola nos pés e entregava-a aos adversários, provocando calafrios; tentou dar uma palmada numa bola cruzada e permitiu o golo mais fácil da noite a Bruno, o 4-5. Mas ainda assim, os restantes elementos superaram esta fase, saindo vencedores.

Destaques:
Jogador mais influente: Rocha (embora quase tenha perdido o título, beneficiou de ninguém ter sido constantemente melhor)
Jogador mais desatento: Vinay (entre outros, deixou escapar duas vezes o seu adversário directo e ambas as vezes foi golo)
Jogador que mais correu: Bruno (nem sempre bem, correu muito)
Jogador mais inconsequente: Vinay (tentou muitas coisas, mas pouco acertou, apenas valeu ter marcado um golo de raiva)
Autor do golo mais bonito: Rui Lopes (num lance que começou com dificuldades de dominar a bola, saiu a jogar da defesa, rodeou 2 contrários e rematou forte e colocado, ao ângulo)
Autor da melhor defesa: Rocha (mais do que uma vez, travou lances de golo iminente)

Outras notas:
- Rui Lopes parecia uma criança, de cada vez que um adversário o pressionava, atirava-se para o chão (que o diga Nuno);
- Chrystello ou Coelho, um deles lançou um gemido que fez desconfiar muitos dos presentes, tendo esses receado pela hora do duche;
- Bruno voltou a queixar-se de lances divididos, querendo insinuar que fora travado em falta na área por Vinay, num lance que mais não foi do que força do defesa contra a manha dele;
- Chrystello vingou-se das muitas pancadas sofridas e escolheu a orelha de Vinay como alvo da fúria.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008



A temperatura fora do pavilhão descera muito, mas no campo, os ânimos estavam ao rubro.
O que se previa ser um jogo de 6 vs 6 foi afinal um 6 vs 5. Tiago não pôde comparecer e deixou a equipa B sem suplentes, enquanto que Rocha continuou limitado e jogou o encontro todo à baliza, fazendo com que os restantes 5 elementos AA rodassem na frente, Moreira também estava limitado, jogando mais em contenção; Bruno chegou atrasado, pelo que havia 10 à conta.

As Equipas alinharam:

Equipa A: Vinay, Bruno, Rocha, Coelho, João Afonso e Moreira

Equipa B: Filipe , Hélder, Chrystello, Rui Lopes e Romão

O jogo começou muito mexido, bem cedo se vendo que havia muita vontade. Num dos primeiros lances, Vinay foi barrado por 2 jogadores contrários, Filipe e Rui Lopes, resultando daí lesões leves nos 3.

Neste início, destacaram-se 2 jogadores: Coelho nos AA e Rui Lopes nos BB. O primeiro pareceu contagiado pelo espírito de Paulo Ferreira e ofereceu 2 golos ao segundo, em duas situações semelhantes, disputando lances de bola dividida sem o devido empenho nem força.

Encontrando-se a perder por 2 tão cedo, os AA foram em busca do resultado. Já com Bruno em campo, as jogadas de ataque começaram a ser mais rápidas. Os BB procuraram ser mais cautelosos, defendendo com afinco.

Foi o factor físico que pesou na reviravolta. Apesar de rodarem na baliza, permitindo algum descanso, os elementos BB foram revelando quebra física e quando atacavam já não recuperavam para a defesa. Com isto, os AA conseguiram dominar e marcaram alguns golos, dando a volta ao marcador. O jogador que mais depressa baixou os braços foi Rui Lopes, contribuindo decisivamente para a incapacidade da sua equipa. Mas o segundo factor mais importante foi Rocha. Nova grande exibição na baliza, tendo defendido remates de diferentes graus de dificuldade, em momentos chave, impossibilitando a recuperação dos BB.

A alguns minutos do fim, Crystello revela a sua entrega ao jogo e lesiona-se ao efectuar um corte providencial. Com isto, Vinay, que estava como suplente nos AA, entrou por breves minutos para os BB.

No final, na última jogada, Hélder permitiu que Rocha defendesse um pénalty e na recarga impediu que Vinay concretizasse um golo. Foi o falhanço da noite.

Destaques:
Jogador mais influente: Rocha (muito bem na baliza)
Jogador mais desatento: Coelho (pelo início do jogo, não dava para não ter este prémio)
Jogador que mais correu: Chrystello (enquanto pôde, não baixou os braços)
Jogador mais inconsequente: Rui Lopes (desisitiu cedo e deixou-se arrastar)
Autor do golo mais bonito: Hélder (um lance fantástico com um passe milimétrico desde a defesa, a bola sobrevoa o campo e Hélder, escapando-se à marcação de Vinay, cabeceia com força e colocação, batendo Rocha)
Autor da melhor defesa: Rocha (das muitas, destaca-se uma em que defende com reflexos felinos e com uma palmada sacode para canto)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

6-2 Não, não é a previsão de resultado para logo à noite...

1) Utilidade de uma viagem de 8/9 (só ida) para realizar um jogo amigável sem que nos próximos 3 meses haja algum jogo oficial. Sabem há quanto tempo o Brasil não disputava um jogo particular em casa?;
2) Jogo eminentemente político e económico para inaugurar um estádio de 20 mil lugares nos arredores de Brasília (75% dos lugraes estavam reservados para convites - sendo em Brasília só podiam ser para os políticos se mostrarem; quanto ganhou a FPF com este jogo?);
3) O capitão de equipa que diz que não lhe interessa este jogo pois só lhe interessa os jogos a sério e que reiterou que não gosta de ser assobiado pelos seus adeptos;
4) Um treinador que após o jogo assume todas as responsabilidades mas de seguida dispara em todas as direcções referindo golos patéticos, desconcentrações, falhas tácticas, etc. etc.
Só espero que tenham uma multidão de pessoas à espera no aeroporto a aplaudir para o nosso capitão não se sentir ofendido.
Ah, esqueci-me que ele segue logo para Inglaterra uma vez que após o frete há trabalho a fazer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tabela Jogo 9



Acima está a tabela actualizada após o jogo de 13/11/08. Está na hora de tentar sair dos lugares de descida. Até 5ª.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Jogo histórico

Jogo de dia 13 de Novembro (quinta-feira, dia 13 e lua cheia)
As equipas alinharam:
AA (Coletes): Bruno, Filipe, Moreira, Nuno R.Lopes e Rocha
BB: Chrystello, Coelho, Helder, João, Pirralha e R. Evangelista

Previa-se um jogo equilirado dadas as equipas escaladas. O jogo poderia ter começado mais cedo, mas dois elementos dos AA atrasaram-se e esta equipa só tinha 4 elementos para iniciar o jogo. Pretendia faze-lo, na esperança de que os seus colegas entretanto chegassem. No entanto, a equipa B mantinha teimosa e simultaneamente os seus 6 elementos em campo. Este situação levou alguns jogadores dos AA a dizerem que não se importavam de jogar com menos 1 mas já lhes parecia mal a equipa BB jogar com 6. Resolveu-se a questão com o empréstimo temporário de João que, assim, teve a sorte de se poder considerar também um pouco vencedor deste histórico jogo. Rapidamente as equipas estabilizaram com as formações inicialmente previstas.
E o que se viu? Um domínio claro dos AA alicerçado numa defesa e num guarda-redes (Rocha) absolutamente intransponíveis. Filipe, Nuno e Moreira, ajudados e bem por Bruno e Lopes mantiveram sempre a sua área fechada aos elementos da outra equipa. Raramente a equipa BB conseguiu entrar entar nessa área e quando o fazia estava lá Rocha. Nesta toada, e aproveitando a rapidez de Bruno e as boas combinações de todos os seus elementos, os AA foram alargando a sua vantagem, até aos 6-0 finais.
Com o aproximar do final do jogo notava-se a sofreguidão dos BB em tentarem marcar o golo de honra e a calma e segurança dos AA na defesa da sua área e a criarem situações de contra-ataque. O jogo acabou e logo de seguida chegou o tão ambicionado golo dos BB (remate antes do meio campo de Pirralha). Lamentavelmente, nessa altura já não se encontravam jogadores no campo, com excepção de dois que conversavam sobre o jogo.
Destaques:
Jogador mais influente: Bruno
Melhor jogador em campo: Rocha (um jogo inteiro à baliza sem sofrer golos)
Jogador mais desatento: recuso-me a nomear. Posso ser injusto para qualquer outro jogador dos BB.
Jogador que mais e melhor correu: Bruno
Jogador mais inconsequente: R- Lopes (fazia tudo bem, menos o último passe ou remate)
Autor do melhor golo: Pirralha, apesar de não ter contado (fora do tempo de jogo)
Autor da melhor defesa: Rocha. Nenhuma em particular mas todo um jogo sem sofrer golos é obra. Verdade que parte do mérito é do trabalho defensidvo da equipa)
Não houve lesões (Vinay em Londres). Houve algumas faltas, mas suaves. A mais dolorosa, talvez, a de R. Evangelista sobre Chrystello. O primeiro, tentando tirar a bola a Bruno, acerta no seu companheiro deixando-o estatelado no chão.
Para a semana espera-se o regresso de Vinay e de Tiago. Dois jogadores que, seguramente, poderão fazer a diferença.

PS: a tabela será actualizada durante a próxima semana.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rescaldo do jogo SCP - FCP

Dizem os historiadores modernos que a história tem ciclos mais ou menos longos, mas que esses ciclos se repetem ao fim de periodos de tempo mais ou menos constantes.
No futebol e em particular, no nosso futebol, essa situação é cada vez mais verdadeira.
Infelizmente não por vontade dos clubes, onde até neste caso acabam como vitimas, mas por forças estranhas ao jogo em si mas onde os principais protagonistas até pisam os relvados com as estrelas do jogo.
Refiro-me obviamente ao juíz do jogo. Ao homem com o poder de decidir dentro de campo.
E é aqui que o tema se abre para falarmos do jogo de ontem.
Para quem viu o jogo, e começo por dizer que o juíz não errou para os dois lados mas a balança a dado passo rebentou de tanto erro.
Num jogo emotivo mas correcto onde nunca houve violencia dentro do relvado 17 cartões mostrados posso dizer que 7 foram mostrados entre os 55' e os 80' e curiosamente foram divididos por 6 scp e 1 fcp. Resta tambem dizer que a partilha dos cartões foi feita na globalidade da seguinte maneira 9scp - 8fcp. As expulsões foram 1 scp 2 fcp.
Em lances polemicos dentro das areas 2-2. O que me espanta é como não se consegue sequer acertar em nenhum.
A minha paciencia esgotou-se homens do apito para o lixo! Seja Henriques, Benquerenças, Paixão, Costa ou outra coisa qualquer todos para a jarra.

Vivam os jogos nas quintas porque estes não tem arbitros....

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Esqueceram-se da defesa



Com a derrota caseira do Benfica frente ao Galatasaray, os jogadores da Bola na Quinta, resolveram mostrar como se joga bom futebol.

As Equipas alinharam:

Equipa A: Vinay, Chrystello, Rui Lopes, R. Evangelista, João Afonso e Romão

Equipa B: Coelho, Hélder, Bruno, Rocha e Pirralha

Pela formação das equipas, tudo dava a entender que se iria assistir a uma excelente partida de futebol, com a incerteza do resultado até ao último minuto.
O facto é que a Equipa A surpreendeu pela negativa, muito desorganizada no ataque e defesa nem vê-la.
Com passes em profundidade da defesa para o ataque os Bs rapidamente chegaram à vantagem no marcador; sem muita dificuldade apareceram sempre 2 a 3 jogadores dos Bs para 1 defesa dos As e desta maneira rapidamente a equipa B chegou aos 6-0.

Nesta fase a equipa A, organizou-se melhor criando varias situações de perigo, marcando mesmo 3 golos de rajada. Nesta altura ficou a dúvida se Vinay estava com sede de golo ou com raiva da equipa adversária! Rematando 1 vez à cabeça de Coelho e outra à cabeça de Rocha. Seria agressão ou simplesmente vontade de marcar golo??

Nesta fase a equipa A jogava bem, encostando várias vezes a equipa B na defesa e foi aqui que todos ficámos a saber que Bruno tem-no enormes, o que impossibilita de fechar as pernas e sofrer constantemente cuecas dos adversários, que o digam João Afonso, Rui Evangelista e Vinay que o gozava e não era pouco.

Bem mas voltando ao jogo, em desespero, a equipa A balanceou-se para o ataque esquecendo-se da defesa por completo, foi aqui que com passes milimétricos e excelentes tabelinhas a equipa B chega à larga vantagem que ditou o jogo: 12-5 ganharam os Bs.

Destaques:
Jogador mais influente: Bruno (Jogou e fez jogar a equipa)
Jogador mais desatento: Escrevam os nomes dos jogadores da equipa A em papelinhos e tirem à sorte, todos eles tinham a cabeça em todo o lado menos no jogo!
Jogador que mais correu: Coelho (Tão depressa se encontrava no ataque como logo a seguir estava na defesa)
Jogador mais inconsequente: Vinay (o processo de escolha não foi o mais justo, foi o mais vingativo ;))
Autor do golo mais bonito: Coelho (com passe de baliza a baliza feito com régua e esquadro de Hélder, Coelho domina de pé esquerdo e sem deixa cair a bola no chão desvia a mesma para dentro da baliza perante a impotência de Nuno Romão)
Autor da melhor defesa: Rocha (Sem saber ler e escrever defendeu com a cabeça um remate potente de Vinay, que incrédulo fica a olhar para aquilo e a pensar “isto hoje esta a correr tudo muito mal”)

Crónica da autoria de João Coelho e edição de ViP.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dez minutos finais e fatais




Desta vez, a prática provou a teoria (de alguns). Antes do início do jogo, algumas vozes diziam que as equipas estavam desequilibradas e o resultado ia ser uma goleada dos coletes. Mas o sorteio é feito e só se muda se todos quiserem.

Com 14 elementos presentes, houve também receios de que voltariam a suceder problemas com as substituições. Não foi o caso e parabéns a todos.

As equipas apresentaram-se:
Equipa A: Filipe, Hélder, João, Rocha, Pirralha, Tiago e Vinay;
Equipa B: Chrystello, Nuno, Rui Lopes, Moreira, Bruno, Coelho e Rui.

O jogo começou a pender para a equipa B desde o início. Nos primeiros 2 lances, Rocha efectuou 2 boas defesas e pareceu que ia ser assim, de sentido único.

Devagar, os A's souberam equilibrar, com as "armas" que tinham, o posicionamento e a entrega. Do outro lado havia rapidez, técnica e pressão no campo todo.
Demorou muito até aparecer o 1º golo e coube a Coelho marcá-lo, num lance em que se antecipa a Tiago, no meio campo, e segue sem marcação até ao disparo, forte e colocado. As chances de golo eram maiores para o 0-2 do que para o 1-1, mas foi só passado algum tempo. Num espaço de 5 minutos, Vinay distraiu-se em 2 lances, ambos com Chrystello e daí saíram 2 golos e o 0-3! Parecia o início da hecatombe.

Mas não. Filipe e Hélder foram os catalisadores da recuperação anímica e numa jogada muito bonita, Tiago converteu o 1º dos A's. Ainda faltavam 25 minutos, os A's ganharam alento mas não foram capazes de concretizar as várias hipóteses. Os B's controlaram a posse de bola e ameaçaram umas quantas vezes.

Foi então que, nos últimos 10 minutos, o "forte" dos A's desmoronou. Tendo passado muito tempo a insistir nos lançamentos longos, o fôlego acabou e os B's marcaram uma rajada de golos. Desde golos bons (Bruno e Chrystello) a golos demasiado fáceis (Rui Lopes). Pelo meio ainda um golo dos B's, mas que não atenuou a derrota pesada.

Destaques:

Jogador mais influente: Chrystello (3 golos, recuperações de bola e assistências)
Jogador mais desatento: Vinay (esteve mal em muitos aspectos)
Jogador que mais correu: Chrystello (parecia ter 20 anos)
Jogador mais inconsequente: Tiago (tantos passes longos sem qualquer resultado)
Autor do golo mais bonito: Coelho (o 1º golo da noite)
Autor da melhor defesa: Rocha (uma das muitas)

Nota final: por lesão complicada, o Fernando foi substituído pelo Pirralha. Os votos de rápida e completa recuperação ao nosso grande amigo galego.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

About Maradona

No MaisFutebol, Luís Sobral escreveu sobre a nomeação de Maradona como seleccionador. Um texto muito bom, com humor e reflecte a ideia que muitos têm de que, mesmo que ele não saiba nada sobre treinos, ele é o MAIOR e isso é muito importante.

"Maradona: pelo menos será diferente
[ 2008/10/29 | 21:51 ] Luís Sobral



Não percebo como pode haver dúvidas sobre a qualidade de Maradona como treinador, seleccionador ou lá o que ele vai fazer no banco da Argentina. Ainda nem tomou posse e em Itália o Nápoles ganhou logo por 3-0 e ficou ainda mais sólido na frente do campeonato italiano.

Está louco!?, protestará o leitor mais apressado. Quem, ele? Não sei e não interessa. Com Maradona tudo faz sentido. E vice-versa. E vice-versa outra vez, até ficarmos tontos e cairmos sobre nós próprios como um defesa inglês ao sol do México.

Claro que apesar de não ter coragem de questionar a capacidade de Maradona para levar a selecção argentina até onde quiser (o Mundial 2010, por exemplo), temo que possa correr mal. Mas menos do que quando o vejo ao lado de Chávez, no papel de segundo melhor amigo do presidente da Venezuela (José Sócrates é o primeiro destacado, até porque como se sabe corre todos os dias por isso chegou antes de Maradona, que já não corre para aí desde 1986). Ou numa clínica em Cuba. Ou num ridículo programa de televisão. Ou num toque de telemóvel.

Na minha equipa, Maradona joga sempre. Nem que seja no banco, a decidir quem são os melhores.

Enfim, será sempre uma imagem sem sentido, Maradona no banco da Argentina. O lugar de Maradona é no relvado. Mas talvez já não dê.

Pode não funcionar? Sim, pode. Mas estou cansado de treinadores que dizem sempre as coisas certas e falam como comentadores desportivos, numa língua só deles. Com Maradona, pelo menos se não funcionar será diferente. E isso chega-me.

Valdano está contra e isso não me agrada, porque gosto de Valdano e não percebo como pode não perceber que a Argentina existe para isto, louvar Maradona.

Maradona seleccionador da Argentina? Sou a favor.

P.S. : Para quem realmente quer ler um artigo sério (e bom) sobre o tema, sugiro um clique no link relacionado, nesta página. Para quem olha para o futebol e só vê aborrecimento, sugiro uma petição on-line."

o link.

Ele há azares dos diabos

Acabo de ler um aviso automático da Ordem dos Economistas sobre um “jantar/debate” acerca da “Opção Nuclear”. Lembram-se deste tema? Se calhar não. Não admira, tendo em conta as recentes diminuições dos preços dos combustíveis.

Como é óbvio, esta “opção” é sempre um tema passível de ser debatido. Num país onde há o hábito de discutir tudo e mais alguma coisa - desde o último derby, passando pelo último acordo ortográfico, até às grandes opções energéticas do país - a “quente”, trazer para a praça pública um assunto relevante, antecipando necessidades futuras, seria algo de louvar. Afinal de contas, não é também para isto que servem as elites de um país democrático? (Espero bem que sim. Pelo menos foi o que me ensinaram na escola...)

Eu, pelo meu lado, limito-me a registar o evento e a aventar que, azar dos azares, ela não terá assim uma tão grande adesão com seria de esperar há umas semanas atrás. O jantar/debate realiza-se no dia 11 de Novembro pelas 19h30 na sede da Ordem (custo:35€).

Uma modesta achega. Fernando Nobre, presidente da AMI, após ter chegado de uma visita à Ucrânia, disse que todos os que defendem a opção nuclear deveriam ir a Chernobyl. Talvez, talvez. Isto porque há azares dos diabos!


PS: este post foi também publicado no Blog Portugalvistodaqui.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A questão do aumento do salário mínimo nacional (SMN)

O debate suscitado sobre o aumento de €426 para €450 é de facto interessante e convém analisar as diversas observações feitas. Ainda bem que o Dekuip suscitou esta discussão no nosso blog. Mais uma vez reafirmo o facto de me considerar absolutamente insuspeito nesta discussão e em particular sobre a minha posição. Não votei PS, não apoio este governo, não votarei PS nas próximas eleições.
O aumento proposto para 2009 para o SMN é de facto de 5,6% como observou o VIP. No entanto, insisto que este aumento não deve ser visto nestes termos. Este aumento insere-se num acordo em sede de concertação social (Governo e parceiros sociais (4 entidades patronais + 2 centrais sindicais)) assinado há cerca de dois anos e que estabelecia os valores do SMN para os três anos seguintes (2009 inclusive). Logo este aumento está previsto já há algum tempo.
A questão deste aumento se cifrar em 5,6% face a 2007 tem um impacto insignificante nas discussões de aumentos salariais para o sector privado para 2009. Para essa discussão o valor de referência são os 2,9% de aumento para a função pública (FP) (aqui uma medida claramente eleitoralista e despropositada no actual contexto – mesmo tendo em atenção a perda de poder de compra que tem afectado nos últimos anos a FP). A questão não é pois os 5,6%.
A questão que se pode colocar (essencialmente nos sectores que praticam salários muito baixos) é a de haver categorias/funções (pagas ao nível do SMN) que se aproximam ou mesmo ultrapassam categorias/funções que inicialmente auferiam valores superiores. Isto pode levar a um efeito cascata de actualizações de algumas categorias de forma a manterem o escalonamento inicial. Ex: dois trabalhadores que em 2008 auferiam €435 e € 426. Se o primeiro for aumentado apenas em 2,9% passaria a auferir €447,62 (na realidade receberá €450) enquanto o seu colega passará a receber os €450. Para manter a diferença inicial de €9, o seu aumento deveria ser de 5,1%.
No entanto esta questão apenas se põe, de facto, nas actividades capital intensivo ou em funções pouco qualificadas.
Reafirmo que esta é essencialmente uma questão de dignificação de quem trabalha.
Seria curioso, por exemplo, saber qual a taxa ou valor de actualização de rendimento social de inserção que premeia, na maioria dos casos, quem continuadamente se recusa a trabalhar.

PS: Este texto foi também colocado no recém criado blog portugalvistodaqui.blogspot.com que tem como fundadores o dekuip, o VIP, o olho de vidro e o squadra azzurra, e para o qual vos convidamos a visitar e a participar nas discussões aí levantadas.

As fórmulas do Doutor Bento (*)

Têm sido algo surpreendentes as reacções que algumas pessoas aos aumentos propostos para o salário mínimo e para a função pública. Gostava de me concentrar apenas nas reacções ao salário mínimo.

O aumento proposto para o próximo ano é de 24 euros mensais. Lembremo-nos de que estamos a falar de salários de 426 euros mensais. Conseguem imaginar que há pessoas que vivem com salários de 426 euros mensais? É difícil, mas há. E há gente que nem isso tem. E há pessoas que têm de ter dois ou mais trabalhos a “salário mínimo” para poder fazer a sua vida com um mínimo de dignidade.

São por isso extraordinárias as declarações do Economista Vítor Bento (do quadro do Banco de Portugal e, tanto quanto sei, presidente da SIBS), sobre esta matéria (ver notícia aqui). Diz ele que é um erro de política macroeconómica fazer subir os tais 24 euros na actual conjuntura económica. Talvez esteja certo sob o ponto de vista puramente teórico. Mas tal como até Bagão Félix teve a oportunidade de o dizer ontem, está ainda por provar que estes aumentos salariais façam de facto aumentar o desemprego.

O que o Doutor Bento sustenta não é mais do que uma versão da teoria do “efeito perverso” que tantas vezes domina o pensamento conservador: se eu fizer isto com as melhores das intenções, o efeito final será exactamente o contrário, logo, o melhor é melhor não fazer nada!

Não sei o que pensam disto. Mas sinceramente arrisco a subscrever a palavra utilizada pelo Primeiro-ministro sobre este tipo de comentários: mesquinhos. Até porque se quisermos ser mesquinhos podemos muito bem olhar para as notícias que correram nos jornais há alguns meses atrás sobre a promoção por mérito deste economista no Banco de Portugal que há oito anos está ausente desta instituição (ver notícia aqui)... Será este um personagem real ou de banda desenhada?

(*) Título inspirado no livro de banda desenhada de Edgar P. Jacobs “As 3 fórmulas do Professor Sato”. A propósito, para quem gosta das aventuras de Blake e Mortimer, não percam a sua reedição todas as quartas-feiras no jornal Público.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tabela

O caso do jogo de ontem

Relativamente ao último jogo, apenas quero esclarecer que a confusão gerada relativamente aos períodos de descanso (vulgo idas ao banco ou substituições) e que involuntariamente posso ter criado não visou, de maneira alguma, ferir as susceptibilidades nem a honradez ou seriedade de nenhum jogador. Apenas teve a ver com a "forma de cálculo" dos minutos no banco. As bocas mandados, no que a mim me toca, interpretei apenas como mais umas bocas. Prometo ter mais cuidado com futuras intervenções, de modo a não ferir a susceptibilidade de nenhum companheiro de jogo.
No entanto, e para que não fiquem dúvidas de que as "bocas" não foram dirigidas a nínguém em particular, e na questão em apreço, continuo a julgar que a contabilidade do tempo passado no banco não deve ser feita com base em acréscimos de 5 minutos à hora de início do jogo, mas contar 5 minutos de cada vez. Porquê? Bem, porque nas substituições perde-se tempo e porque as susbstituições não são feitas exactamente aos 5 minutos, mas sim quando a bola sai. Logo, com o desenrolar do jogo, os períodos de tempo no banco tenderão a ser cada vez mais curtos e a haver mais paragens.
Reconheço que pode haver razões para se utilizar a primeira forma, nomeademente o facto de quase todos nos esquecermos de olhar para o relógio quando saímos para começar nova contabilização (que o digam o João, o Roche e o Filipe quando fomos a primeira vez para o banco).
Deixo esta questão à vossa consideração e mais uma vez peço desculpa pela situação criada.

Já agora, parabéns a todos pelo grande jogo de ontem (em especial ao Moreira). Emotivo até ao fim e com incerteza no resultado.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

E se o mundo pudesse escolher o próximo presidente dos EUA

Um site de uns tipos da islândia baseado na (velha) ideia de que deveríamos todos votar na eleição do presidente mais poderoso do mundo.

Apesar de os autores do texto se demarcarem desta ideia, vale a pena colocar um voto nesta urna virtual e ver os resultados. Quando o coloquei, o candidato Republicano John McCain levava vantagem apenas na República da Macedónia (num total de 199 países). Curioso o resultado dos EUA: 81.9% dos que depositaram o seu voto nesta "eleição virtual" preferiam ter o candidato Democrata, um valor que está distante do que as sondagens feitas com método e princípios científicos têm vindo a demonstrar. Será que os red necks não têm acesso à Internet?

A eleição real é no próximo mês.

De maldição em maldição...

A edição on-line do Público de hoje fala de mais uma "maldição" do SL Benfica. Desta feita não è a do Bela Guttman referido por um post recente neste Blog, mas sim as equipas "alemãs" e "Berlim". Bem, como o mesmo artigo reconhece, na jornada anterior da competição o SL Benfica consegiu ultrapassar mais uma dessas maldições (as equipas italinas).

O que se retira daqui? Nada de especial. Apenas que o futebol português está cheio de "bichos papões". Esperemos que, de maldição em maldição, o Benfica amealhe os pontos necessários para seguir em frente. A propósito, parabéns ao Sporting pela recente vitória na Champions.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Todo o tipo de artigos...

Na internet encontram-se todo o tipo de artigos a relacionar tudo e mais alguma coisa. Um exemplo recente é este The impact of foreign players on international football performance, escrito por um economista turco.

E se são daqueles que, tal como eu, gostam de economia, não se esqueçam de fazer uma visita (se tiverem tempo, é claro), ao artigo (humorístico) chamado Japan's Phillips Curve Looks Like Japan.

Clássico na Taça

Foi hoje o sorteio da Taça:

Sporting - FC Porto
Académica - Estrela Amadora
Naval - Belenenses
Nacional – Sp. Braga
Benfica - Desportivo Aves
Boavista – V. Guimarães
Leixões - Santana
Gondomar - Trofense
Arouca - Paços Ferreira
Portimonense - Varzim
Olivais e Moscavide - Beira-Mar
Valdevez - Gil Vicente
Vizela - Esmoriz
Cinfães - Fátima
Peniche/Fafe/Sourense/Torre de Moncorvo - V. Setúbal (L)
Santa Clara/Lusitano/Fiães/Freamunde - União Madeira (II)

Destaque óbvio para o clássico SCP-FCP. Os finalistas da época passada defrontam-se em Alvalade e um deles ficará pelo caminho. As apostas começam e já há quem diga que depois deste embate, um dos treinadores será despedido.

Quanto aos restantes, o SLB volta a jogar em casa e agora contra o Aves. Espero que o Benfica ganhe, sem desculpas.
Os jogos entre equipas da 1ª Liga serão sempre aliciantes, mas o interesse especial vai para o Cinfães, único representante da III, que recebe o Fátima. Uma boa hipótese para os visitados se manterem em prova.

Os jogos estão marcados para 9 de Novembro.

A maldição do Benfica

Para quem não sabia:

http://blogs.as.com/futblogging/2008/10/la-maldicin-de.html#more

Eu até estou preocupado...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma loira no Nando's

A globalização tem destas coisas. A cadeia de restaurantes Nando's, especializada em fast food com influência portuguesa, é conhecida em muitos países mas largamente desconhecida em Portugal.

É tão conhecida lá fora que muitos estrangeiros chegam mesmo a pensar que a comida típica dos portugueses é o franguinho assado com batatinha frita... Mas enfim, a globalização tem destas coisas e, se não temos - tanto quanto sei - um Nando's em Portugal, sempre nos consola sabermos que já existe um Starbucks ali para os lados de Alfragide.

Fica então este spot publicitário que me enviaram para, quem sabe, abrir-nos o apetite e ficarmos a saber um pouco mais do que se passa no mundo do fast food internacional.

Relato que tardou mas veio

As equipas inicialmente apresentadas sofreram uma alteração, tendo o João (Ex-Pai Natal) passado para a equipa dos A’s.

As equipas entraram:

Equipa A: Filipe, Hélder, João, Rocha, Fernando e Coelho;

Equipa B: Chrystello, Nuno, Rui Lopes, Rui, Bruno e Tiago.

Desenvolveu-se o jogo com equilíbrio salientando-se desde o inicio que a equipa dos A’s jogava de forma mais apoiada e os adversários um pouco ao estilo “cada um por si”. Poucas trocas de bola eficazes nesta ultima equipa, acabaram até mesmo por ser o sentenciador do jogo.

Ainda com pouco tempo de jogo o melhor golo da noite abrilhantou o que viria a ser um inicio auspicioso para os A’s, com um portentoso remate do Filipe Mateus praticamente a seguir a linha de meio campo descaído sobre o lado direito do seu ataque, apanhou desprevenido o GR da equipa B que pouco mais pôde fazer que seguir a bola com o olhar (Melhor Golo da noite).

Ainda com o jogo equilibrado sendo a Batuta da equipa B o Bruno, que estava em noite muito inspirada e que transportava toda a sua equipa às costas. Foi de facto o melhor jogador da noite pelo esforço extra que teve que implementar para que a equipa B não sofresse uma derrota por números ainda mais expressivos. Da equipa B Tiago ia tentando uns remates de longe, sem acerto, R.Lopes de igual forma ia tentando acertar na baliza e remar um pouco contra a maré.
R Chrystêllo (em noite muito negativa teve o seu ponto alto com remate ao poste…foi mesmo do melhor que fez a par de um golo consentido com meia defesa dee Rocha) teve o mérito do jogador mais inconsequente, não apenas pelo facto de tudo o que não fez como a entrega ao jogo que lhe vai sendo habitual nunca se viu nem mesmo as recuperações posicionais para a defesa. Aliás teve mesmo um ataque de fúria chutando a bola para fora de campo (1ª vez em 9 anos de pratica desportiva naquele recinto) irritado com uma chamada de atenção de R. Lopes que se viu frustado por mais um golo adversário.

Ainda de referir a melhor defesa da noite – Rocha- que efectivamente estava de “rocha e cal” à baliza dos A’s, perpetrando uma mão cheia de excelentes defesas mantendo a sua baliza difícil de ser alvejada pela bola.

A equipa A ia comandando as operações com jogadas fáceis e aproveitando-se do desacerto dos adversários, sob a voz de comando de Helder Machado que não só comandava o alinhamento defensivo da sua equipa, como ainda almejou um novo alinhamento tíbiotársico do pé esquerdo do R. Chrystello com um carrinho em plena grande área. Tendo acertado na bola primeiro, viu a sua equipa punida com um pénalti pois não conseguiu evitar o arrastar do corpo e consequente embater no pé de remate de R. Chrystello, que sem ângulo e sem apoio próximo da linha final, pouco contundente parecia ser o remate que preparava. De qualquer forma a marcação da linha de 9 metros era evidente não sendo permitidos “carrinhos” nesta prática desportiva e dentro da grande área – Regras do Jogo! Marcação com força mas para o meio da baliza com Rocha a defender mais uma vez.

Destaques:

Jogador mais influente: Bruno

Jogador mais desatento: (o autor da crónica não o elegeu, pelo que aproveitem e elejam-no nos comentários)

Jogador que mais correu: Bruno

Jogador mais inconsequente: R. Chrystello

Autor do golo mais bonito: Filipe (o 1º golo)

(crónica da autoria de R. Chrystello)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tabela actualizada



Acima está a tabela actualizada. Sem a crónica pois até ao momento não a recebi.

Quem tiver estado no jogo e quiser fazer uma crónica, escreva-a e poste aqui (se estiver inscrito) ou então envie-ma por mail que eu coloco aqui.

sábado, 18 de outubro de 2008

Uma prova do Tempo

Amanhã vou correr os 10 km da Corrida do Tejo. É já, se a memória não me atraiçoa, a quarta vez que participo nela. Costumo fazer este tipo de corridas "populares" duas, três ou mais vezes ao ano.

Esta é uma das que gosto mais, até porque corremos ao longo da marginal e a vista é esplêndida. Para além disto, a organização dá um chip que regista o nosso tempo de prova (coisa rara em corridas com menos de 21 km) e que permite, pelo menos a mim, fazer uma espécie de "prova dos nove anual" do meu estado geral de saúde.

Costumo sempre fazer os 10 km em pouco menos de uma hora. A hora é a minha "prova dos nove". É uma marca que tenho conseguido atingir sem grande esforço. Pelo menos até agora.

Amanhã, no entanto, tenho sérias dúvidas se que gastarei menos de uma hora. Por várias razões, a começar pela minha cabeça, que ostenta mais cabelos brancos do que o ano anterior, e a acabar no facto de não ter treinado o mínimo nas últimas semanas. Por isso este ano o meu objectivo é a hora. Todos os minutos a menos serão claramente uma vitória.

A ver vamos como a corrida me corre. A mim e aos dez mil e quinhentos maluquinhos - mais dois mil do que no ano passado - que vão andar de calções e t-shirt num domingo de manhã que, a acreditar no que diz o weather.com, terá para oferecer um céu enublado e 15º celcius para nos aquecer...

PS: esta semana não houve registo do jogo de 5ª feira. Penso que houve pelo menos uma pessoa que se disponibilizou para o escrever. Pergunta (talvez ignorante, admito..): como é que essa pessoa pode colocar esse post se não está, pelo que sei, registado para postar neste Blog?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Outra vez os grafittis

Parece que finalmente a Câmara de Lisboa se vai mexer e tentar fazer alguma coisa para dominar a praga de Grafittis que grassa pela capital (ver notícia RTP aqui).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O jogo do anjo

Para quem leu o "A sombra do vento" vai gostar de saber que o segundo livro de Ruiz Zafón - "O jogo do anjo" - já foi traduzido para português.

Não sei se o livro é bom. Mas é um fenómeno editorial. Isto porque o livro já vendeu mais de um milhão e duzentos mil exemplares em Espanha, duzentos e trinta mil dos quais num só fim-de-semana! (ver notícia do El País aqui)

Enigma

"Enigma" é o nome da máquina que era usada pelos alemães para cifrar mensagens durante a Segunda Guerra Mundial. O princípio da cifragem da Enigma é simples. Ao digitar uma letra num teclado normal, a máquina fazia corresponder uma outra letra através da combinação eléctrica e mecânica de um conjunto de rotores.

A cifra usada pelos alemães foi descodificada graças aos esforços dos polacos e (mais tarde) dos ingleses, tendo sido este feito muito importante para a derrota das forças nazis.

Para quem está interessado, há um site na internet onde podemos ver esta máquina em acção. Podemos até escrever as nossas mensagens cifradas.

Eu escrevi uma, palavra a palavra, que resultou no seguinte texto:

IIXK QID FPC MVFUYYGNP GYGVG?

O que quer simplesmente dizer:

COMO FOI QUE EMPATAMOS ONTEM?

Visitem o site e experimentem pôr as mãos neste Enigma!

Portugal - Albânia: Fabuloso!

Em primeiro lugar devo dizer que me encontro divorciado da selecção nacional desde o final do 1º jogo do Euro 2004 (o 1º Portugal-Grécia desse Europeu), e em particular do anterior seleccionador. Em 2º lugar, devo acrescentar que a escolha do Sr. Prof Queiroz para seleccionador me deixou perplexo. Qual o curriculum desse Sr. para ser seleccionador? Que clubes treinou? O que é que ganhou no futebol profissional como treinador? Etc., etc.
Portanto esta minha crónica (feita a pedido do nosso amigo e cronista habitual VIP) está enviezada à partida. Admito-o sem reticências.
Passemos ao jogo. Portugal, 8º do ranking UEFA, Albânia 40ª (segundo informação do comentador da TVI). Portugal entra em campo em 4-3-3. Três médios de características semelhantes (Meireles, Fernandes e Moutinho) e três avançados, com Dany a entrar tendencialmente pela direita, Ronaldo encostado á esquerda (acho mesmo que havia um íman que o impedia de se afastar da linha lateral) e Almeida sozinho no ataque. Queiroz explicou após o jogo, na conferência de imprensa (sim, não esquecer que o seleccionador e os jogadores não deram com o caminho para o flash-interview da TVI – pede-se a colocação urgente de sinalética no estádio Axa quando a selecção aí jogar. Sim, porque em jogos de clubes todos dão com os elevadores) que jogou em 4-3-3 com dois avançados (?!). Ainda estou para saber quem era o 2º avançado. Na primeira parte nada a registar. Talvez a jogada mais perigosa tenha sido um contra-ataque da Albânia quando ainda jogava com 11 jogadores. Aos 40m, 2º amarelo para um defesa que tinha entrado 15 minutos antes a substituir um colega lesionado. Com uma 2ª parte pela frente e com mais um jogador, Queiroz numa jogada de arrojo volta com a mesma equipa, ou seja o famoso 4-3-3 com 2 avançados. Aos 55m, intrépido como sempre, Queiroz substituiu Moutinho e Dany por Quaresma e Nani. Finalmente, por volta dos 75m entra Gomes para substituir Miguel (segundo o seleccionador, numa acção de grande risco). Para se ter uma ideia da 2ª parte, Portugal teva 2/3 oportunidades (2 claras: cabeceamento de Almeida e remate isolado de Nany). A Albânia saiu uma vez do seu meio-campo e criou uma oportunidade com um homem acabado de entrar a ganhar sucessivos ressaltos até se isolar. Daí a necessidade de manter 4 defesas para um homem ocasionalmente no nosso meio campo.
Resultado mais que justo pelo que Portugal não fez e pelo que a Albânia conseguiu fazer apenas com 10 homens. E sem necessitar de fazer muito anti-jogo.
Destaques do jogo? Queiroz e os 14 que estiveram em campo. Todos pela negativa (talvez esteja a ser injusto com o Gomes pelo que fez em campo. Mas pela resposta que deu após o jogo também merece este destaque). Pela positiva, o estádio quase cheio e o espírito de entrega ao jogo da Albânia.
Notas finais:
1) Segundo Queiroz bastava ter marcado em 50% das oportunidades criadas. Pois, ao menos teríamos ganho, mesmo que por 1-0;
2) Podemos ficar todos descansados porque Queiroz prometeu a qualificação e ir ganhar a todos os estádios onde seja preciso ganhar. Parece-me que vamos ter de ir ganhar a todos os estádios;
3) Se CR7 quer ser o melhor do mundo convém jogar mais, falar e protestar menos em campo, atirar-se menos para o chão, aceitar assobios e etc.etc. Ou seja, acima de tudo ser um bom profissional.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Na sequência do post do olho de vidro

Em primeiro lugar devo dizer que tenho pena que a apreciação feita (na comunicação social em geral, e não tanto neste blog) à atribuição do prémio Nobel de Economia a Paul Krugman se tenha centrado mais nas suas declarações mais recentes sobre a política económica seguida pelas mais recentes administrações norte-americanas (onde se inclui também o “democrata” Clinton durante 8 anos) e não tanto no seu trabalho de investigação na área da geografia económica e do comércio internacional. Em grande medida tal deve-se á fixação da grande maioria dos europeus e em especial da sua comunicação social no apoio a Obama. Por vezes esse apoio raia o anedótico e revela muito sobre a coesão europeia aos mais variados níveis.
Passando ao comentário final do Olho de Vidro, devo questionar se queremos e devemos, de facto, mudar o modelo político, social e económico em que vivemos?
Temos aqui três questões diversas e que cada uma se poderia desmultiplicar em muitas mais questões. Também é verdade que algumas das questões se relacionam nalguns pontos. Mas vamos por partes:
1ª) Modelo político: esqueçamos questões de regime (republicano ou monárquico). Fixemo-nos no sistema. É um facto histórico e comprovado pelos anos mais recentes que o único sistema político que consegue compatibilizar (em diferentes graus, é certo) liberdades individuais, desenvolvimento económico, bem-estar social, redistribuição e o conceito de propriedade, entre outros, é a Democracia. Não houve, até agora, nenhum outro sistema (ditaduras de direita ou de esquerda, sistemas proletários, etc.) que tenham conseguido conjugar tantas “virtudes” como a Democracia. E tivemos ditaduras de diversa natureza (nazi, fascista, corporativas, marxistas, proletárias, populares, militares de diversa natureza ou simples apropriação usurpadora do poder). E, embora seja muito elogiado por alguns grandes “intelectuais” e políticos da nossa praça, também não creio que sejam os sistemas “Chavistas” ou “Moralistas” que o possam conseguir. Portanto resta-nos a discussão se preferimos e/ou queremos sistemas eleitorais proporcionais, uninominais, mistos, etc.
Eu por mim continuarei sempre a defender o sistema democrático que me permite de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos eleger aqueles que considero, a cada momento, os melhores para dirigirem os destinos do meu país
2º) Modelo social. Quando a mim aquele que permite mais opções de escolha e onde a ideologia está mais presente (até mais que no económico). Temos o modelo americano de em que a componente social (especialmente na saúde) funciona também em termos de mercado, com baixa contribuições dos contribuintes. Desta forma, quem tem possibilidades (e era até há bem pouco tempo a grande maioria da população americana) recorre a sistema privados de assistência. Quem não tem possibilidades resta-lhe recorrer aos sistema nacional de saúde (com fraca qualidade de atendimento). Temos o modelo social nórdico onde a par de elevadas contribuições tributárias se alia um sistema assistencial exemplar desde a nascença até á morte, passando por situações de desemprego, doença, etc. Temos os sistemas sociais da Europa do Sul (Portugal, Espanha, França, Itália, etc.) tendencialmente gratuitos e, talvez por isso, em franca decadência no aspecto assistencial (e não no aspecto dos impactos de longo-prazo, como por exemplo, as taxas de mortalidade infantil e de esperança de vida á nascença). Temos os sistemas sociais dos países socialista/comunistas/colectivistas, onde os serviços são prestados gratuitamente e com elevado nível de qualificações (mas é preciso não esquecer que nestes, mesmo que houvessem sistemas alternativos ao sistema público, a grande maioria da população não tinha condições para aceder a eles. Vide: União Soviética e países da cortina de ferro, China, e o “paraíso” cubano).
Assim, quanto ao modelo social poderemos optar pelas mais variadas soluções. Naturalmente, excluo os últimos modelos. Assim, eu prefiro um sistema misto público/privado que se reflicta nas contribuições de cada contribuinte. Sendo que um contribuinte, pelo simples facto de optar por um sistema privado não fica automaticamente isento de contribuir para o sistema público. Há um princípio de solidariedade social que é preciso preservar e salvaguardar. Por ordem de preferência, seguir-se-ia o sistema nórdico e finalmente o privado dos EUA.
3º) Modelo económico. Mesmo com todos os sobressaltos das últimas semanas, conseguem visualizar alguma alternativa à economia de mercado? Quando Socrates (o nosso José) apregoou a derrota do mercado sem regulação, do liberalismo e outras barbaridades foi pena ninguém lhe ter perguntado em que mundo andou nos últimos 12 anos? Não foi ele ministro do ambiente durante anos (consulado de Guterres)? Não foi ele primeiro-ministro nos últimos 3 anos e meio? E em que sistema exerceu esses cargos? Ou melhor, o que fez para derrotar essa entidade maléfica que é/era o mercado? NADA! Sempre conviveu muito bem com ele e com todos aqueles que melhor personificavam “o mercado”.
Por outro lado, não será abusivo falar de mercado livre na Europa? Será mais um mercado muito e mal regulado. Basta ver o que anda a fazer a autoridade da concorrência (ex: combustíveis, pão, etc.) ou o próprio governo (ex: troca de administradores CGD/BCP Millenium).
Poder-se-á advogar mais ou melhor regulação mas nunca qualquer outro tipo de intervenção. E acima de tudo uma maior ética da parte de gestores e accionistas. A este propósito, parece-me absolutamente contraproducente algumas das medidas anunciadas para combater a crise (embora reconheça que possam ser fundamentais no actual momento): primeiro seleccionar quais as entidades que se deixam cair e segundo, premiar gestores e accionistas absolutamente amorais e sem quaisquer princípios éticos ou de respeito pelo próprio mercado.

PS: é um facto que o teu texto nos levaria a uma discussão muito maior e bastante enriquecedora. Mas decidi centrar-me apenas no teu comentário final e olha no deu. Um testamento imenso.

Proposta de Orçamento de Estado

Enquanto as novidades do novo Orçamento de Estado vão sendo destiladas e traduzidas para uma linguagem mais fácil de entender para o comum dos mortais que vivem e pagam impostos nesta terra à beira-mar plantada, talvez seja uma boa ideia - até para termos uma ideia do volume que necessita de ser destilado - dar uma vista de olhos à proposta em si mesma utilizando, para esse fim, o seguinte site da Direcção-Geral do Orçamento.

Entretanto, como que a sustentar o cenário macroeconómico estimado que serve de base à proposta, o Ministro das Finanças garantiu que Portugal não vai entrar em recessão. A ver vamos se os 0,6% de crescimento do PIB se mantêm como hipótese sustentável nos próximos meses. Mas se o Ministro garante... Bem, se garantiu está garantido, homens e mulheres de pouca fé, cavaleiros da desgraça, apóstolos do Apocalipse...

The rise and fall of the middle class

Sim, o Prof. Krugman está na berra!!! Achei muito interessante este pequeno clip no que Krugman fala da criação e destruição da classe média nos USA. Fala dos seus inícios na era do “New Deal”, da sua criação a partir dum processo político-económico (atenção, e não puramente económico), a sua “institucionalização” na economia durante 50 anos, e o início do seu declive (adivinham?) com a administração Reagan. O clip:

http://www.youtube.com/watch?v=5kwA-CwFK5A&feature=related

O processo de formação da classe média nos USA é conhecido como “the Great Compression”, pois o fenómeno levou a uma redução das desigualdades socioeconómicas, a uma redução da distância entre classes. Este processo acelerado também se pode estudar na Europa, sendo que, na minha opinião, a formação da classe média europeia e o processo de redução de desigualdades só se deu após a 2ª Guerra Mundial, e curiosamente alavancado no famoso “plano Marshall” (evidentemente, os países comunistas, Espanha e Portugal seguiram processos diferentes, fora deste enquadramento, dada a sua condição de ditaduras). E de maneira muito similar aos USA, as classes médias na Europa surgiram em poucos anos, os que as suas economias nacionais demoraram em se recuperar dos efeitos da guerra.

Param mim, as conclusões que se podem tirar dos 7 minutos de Krugman são as seguintes:

1) Os processos de redução das desigualdades socioeconómicas não são um resultado do mercado puro, do “laissez faire”, da “invisible hand”. São uma opção política (e, por tanto, ideológica) que deve ser apoiada para se desenvolver na prática, partindo de posições e premissas “igualitárias” em termos sociais;

2) O contrário também é certo: a mudança do “status quo igualitário” para uma situação de desigualdade maior é uma opção política e económica, o que demonstra a aqueles que berram que “já não há ideologias, só há mercado” que a afirmação é uma grande mentira. E não só, porque é aliás uma mentira tendenciosa, de aqueles a quem não importam e até gostam e precisam das desigualdades, pois são a fonte da sua riqueza. Assim sendo, quem tal coisa pregoa, ou está muito mal informado, ou mente deliberadamente com um fim evidente (e com um fundo ideológico que nega);

3) A tercialização da economia teve nos últimos 30 anos um efeito contrário ao esperado: era suposto uma economia mais moderna fornece-se à sociedade no seu conjunto maior segurança, melhores condições de vida e um aumento geral dos rendimentos e da renda disponível. Por desgraça, a tercialização é um dos vários factores que tem gerado mais pressão na classe média: maior competitividade (isto isoladamente não é algo negativo “per sé”), redução do rácio salário/hora e aumento da insegurança laboral, redução da taxa de filiação aos sindicatos, etc;

4) É interessante como Krugman menciona a taxa de filiação aos sindicatos como indicador do aumento das desigualdades. Atenção: falar de sindicatos não implica falar de “comunismo”, “socialismo” ou políticas de esquerda. Alguns dos sindicatos mais poderosos do mundo (por exemplo, na Alemanha) são de tipo sectorial. Aliás, usar a perspectiva da dialéctica Marxista para analisar a economia e ser comunista são duas coisas totalmente diferentes…

5) A globalização é o “bicho papão” que as grandes empresas nos têm vendido nos últimos anos para pressionar mais ainda sobre as classes média e operária. O medo à Ásia levou aos líderes empresariais (e, pior ainda, políticos) a pedir o mesmo tipo de sacrifícios na Europa e nos USA. O paradoxo é que usar o mesmo modelo de produção que os países pobres não vai tornar a Europa e os USA mais ricos, só mais pobres. Só um paradigma que proponha “fazer as coisas de maneira diferente” poderá melhorar a nossa situação;

6) Neste clima, os grande beneficiários foram os directivos de topo das grandes empresas, administradores, etc. De facto, o diferencial entre ordenados dos quadros médios (os típicos da classe média) e quadros directivos tem crescido meteoricamente nos últimos 20 anos. Será que os administradores fazem agora muitas mais coisas e muito melhor feitas do que nos anos 70 0u 80? Não me parece…

COMENTÁRIO FINAL: se não se mudar qualquer coisa deste modelo político, social e económico, vamos acabar num capitalismo que a humanidade já conheceu, o do século XIX. E não gostamos dele.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Qual é a minha posição no ranking mundial de rendimentos?

Um site interessante que nos pode dar uma ideia da forma iníqua da distribuição do rendimento a nível mundial.

É interactivo e estima a nossa posição mundial em termos de rendimento anual obtido. Atenção que os dados que usam não são dos mais recentes. De qualquer forma o site passa perfeitamente a mensagem a que se propõe divulgar pelo que acho que vale a pena usá-lo.

Mais sobre o Mr. Krugman

De facto, o Mr. Krugman tem sido bastante crítico com as políticas económicas que chegou a qualificar de “extrema-direita” da administração Bush. Aliás, ele é colunista habitual do "The New York Times"... E na campanha eleitoral parece estar claramente alinhado com o Obama… Será esta uma mensagem de mudança na moda neoliberal (ou melhor dito ultraliberal) do pensamento económico? Afinal até vai ser verdade que um pouco de (boa e bem feita) regulação até lhe faz bem aos mercados!!!

Os seus artigos são publicados regularmente pelo “El País”, e cá vão três publicados sobre a crise que ameaça com provocar um cataclismo politico-socio-económico que presumivelmente acabará em orgia canibal-sodomita no inferno dos brokers falidos (sorry, estão em castelhano):

"Dinero a cambio de basura" - 28/09/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/Dinero/cambio/basura/elpepueconeg/20080928elpneglse_5/Tes

"Una llamada a las tres de la madrugada" - 05/10/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/llamada/madrugada/elpepueconeg/20081005elpneglse_5/Tes

"El momento de la verdad" - 12/10/08
http://www.elpais.com/articulo/semana/momento/verdad/elpepueconeg/20081012elpneglse_3/Tes

Outros artigos e noticias publicados anteriormente sobre Krugman:
http://www.elpais.com/todo-sobre/persona/Paul/Krugman/3238/

Uma consciência liberal?

E o Nobel foi para Paul Krugman, um economista da Universidade de Princeton - já é o 5º desta Universidade - e colunista no New York Times. (A propósito, o seu Blog neste jornal chama-se The conscience of a liberal).

Este é um nome que é muito provavelmente conhecido para todos aqueles que estudaram economia internacional.

Ao que parece Paul Krugman tem sido um grande crítico da administração Bush e da sua política económica. Talvez esteja aqui o tal sinal de que falava há uns dias atrás. Mas como é óbvio, isto é apenas pura especulação da minha parte. Resta apenas registar o nome e esperar pelo que o próximo ano nos reserva.

domingo, 12 de outubro de 2008

13 de Outubro

Amanhã é dia de peregrinação a Fátima. Segundo esta notícia da SIC, parece que a crise está a afectar as vendas dos inúmeros lojistas que vivem do turismo religioso daquele santuário.

Se por um lado a "crise" é um factor mau para as vendas, os lojistas sempre vão dizendo que ela pode ser também positiva pois em ano de aperto financeiro os peregrinos sempre vão comprando mais qualquer coisinha relacionada com a fé e a oração...

Não tenho nada contra estas proposições. Acho até que o poder da oração e do pensamento positivo podem fazer milagres! Mas acredito muito mais no poder do humor. Mesmo quando o utilizamos com coisas sérias. E como o dia 13 é também dia de Nobel da Economia, fica aqui a seguinte recomendação de leitura: The effect of prayer on God’s Attitude toward mankind, de James Heckman, um dos nomeados em 2000.

Roubo de portátil

Hoje foi notícia o roubo de um portátil da casa da procuradora Helena Fazenda que, de acordo com as primeiras notícias sobre este assunto, poderia revelar a identidade de pessoas e os conteúdos das escutas telefónicas feitas no âmbito das investigações sobre as mortes de empresários da noite no Porto.

De acordo com esta notícia do Público, parece que o caso não é assim tão grave. Ainda bem, até porque não acharia nada normal saber que escutas telefónicas, nomes de pessoas e outro tipo de provas judiciais importantes andassem por aí a circular em portáteis. Até porque estes podem ser roubados através de um quaquer esticão, assalto ao automóvel ou extorsão com seringa...

Mas o que me espanta mais é a passividade com que esta situação - a de existir informação sensível do trabalho em casa (mesmo que de uma pessoa a todos os níveis insuspeita) - seja aceite com naturalidade e passividade por todos, inclusive pela comunicação social.

É que será assim tão normal levar esta informação tão importante para casa? Ninguém questiona esta situação? É que nestes casos, muitas vezes não basta ser mulher de César. É preciso parecê-lo também.

Suécia – Portugal

Confesso que não estava à espera de ver este jogo, quanto mais comentá-lo. Ultimamente a vida tem-me mostrado outras prioridades pelo que coisas como esta, a de assistir à totalidade de um jogo de futebol, são hoje em dia cada vez mais raros.

Foi o que aconteceu com o último jogo de Portugal. Comecei por vê-lo em Almada, em casa de uns amigos. Segui-o depois através da rádio do meu carro e terminei por ver a parte final do encontro já em casa, a espaços, sempre que as actividades de colaboração doméstica e as solicitações da minha mais pequena o permitiam.

Portugal iniciou o encontro com quatro alterações em relação ao último brilharete viking em Alvalade. A Suécia teve as melhores oportunidades da primeira parte e Elmander, um tipo que desconhecia que existia sequer, teve umas duas ou três oportunidades para marcar. Com a supremacia escandinava a funcionar em pleno, Portugal só teve um remate digno desse nome aos 30 minutos (Bosingwa).

A segunda parte foi algo diferente. Portugal soltou-se mais e teve mais oportunidades. Algumas muito boas, como aquela protagonizada por João Moutinho aos 51 minutos e aquele contra-ataque, já perto do final, um lance em que o nosso representante Romani poderia (talvez) ter feito melhor do que ter seguido aquela “fezada individualista” de chutar a bola, marcar um grande golo e sair levado nos braços de uma multidão rendida ao novo herói da nação. Ficou por marcar um penalti, é verdade, mas os suecos também poderiam ter marcado na segunda parte (Zlatan Ibrahimovic, com boa defesa de Quim).

Suecas na bancada com a tarefa insidiosa de desconcentrarem o Ronaldo nem vê-las. Ou pelo menos eu não as vi. E o Ronaldo também não as deve ter visto pois fez um jogo razoável. No final do encontro ficaram as declarações do treinador Carlos Queirós que disse, de uma forma peremptória, que Portugal estaria no mundial da África do Sul. Gosto da convicção, mas pessoalmente seria mais comedido, até porque hoje em dia nem sequer há 100% de certeza de o mundial se disputar na África do Sul...

Como escrevo no Domingo, foi-me possível espreitar os títulos dos jornais sobre o encontro. A variedade de títulos é grande, mas o que mais me agradou foi o que aponta para os “serviços mínimos atingidos” pela selecção. Acho que é o título que espelha melhor o que se passou em Estocolmo. O empate não foi mau e não será por causa deste resultado que Portugal terá de, tal como já foi dito neste Blog, “puxar pela calculadora”, fazer contas e rezar para que os santinhos ajudem na qualificação.

Resta este ano jogar com a Albânia, ganhar os três pontos e mandar os jogadores para os seus clubes e respectivos campeonatos. Depois, em 2009, a qualificação começa outra vez com um jogo com a Suécia a 28 de Março. Aí os serviços mínimos só podem ser a conquista dos três pontos.

PS: o nosso grupo de apuramento não é propriamente uma pêra doce. Mas por acaso já viram o grupo da Grécia? Israel, Suíça, Letónia, Luxemburgo e Moldávia. Tudo “monstros” do futebol mundial… Não admira que os helénicos estejam até agora 100% vitoriosos…

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Finanças e Marketing no Futebol

Na net há muitos e bons trabalhos. Dos que vou conhecendo, realço 2 que ligam o mundo do futebol com as áreas das finanças e do marketing. Há análises de vertentes específicas, de cada uma dessas áreas, que nos dão uma melhor perspectiva do negócio que é o futebol. Se tiverem hipótese, dêem uma vista de olhos.

Os links são este e este.

Ficarão também com ligação na barra lateral deste blogue.

Faltava espaço



Estava muita gente no pavilhão e isso tirou o espaço. O futsal praticado foi muito atabalhoado, sem jogadas bem delineadas. Embora estivessem em campo 5 contra 5, havendo 2 suplente para cada equipa, as substituições eram de 5 em 5 minutos, quebrando o fio de jogo. Suponha-se que houvesse uma vantagem clara no ritmo de jogo, pois ninguém ficaria cansado, mas viu-se na mesma uns quantos "atletas" sem fôlego.

As equipas entraram:

Equipa A: Filipe, Nuno, Rui Lopes, João, Moreira, Coelho e Bruno;

Equipa B: Chrystello, Hélder, Pirralha, Rui, Vinay, Rocha e Tiago.

O jogo começou a bom ritmo, mas houve logo um primeiro ferido, Lopes, mas ninguém deu pela razão, só se viu Lopes no chão. Sabendo que haveria muitas substituições, os jogadores pereceram preocupados em correr muito, mas nem sempre bem.

Desde cedo se verificou que a equipa A estava melhor, conseguindo trocar a bola e levar perigo à baliza adversária. Dos B's via-se mais vontade que capacidade.

Com bom posicionamentio em campo, os A's rematavam mais, mas nem sempre bem. Os B's eram mais calculistas, com Hélder a dar instruções à equipa para melhorar a cobertura de espaços. Os golos surgiram espaçadamente, alternando-se as vantagens, chegando-se ao empate a 3, no golo da noite, marcado por Vinay. Que magnificiência! Um tiro de antes do meio-campo, com força e colocação, efeito e intenção. Arrancou aplausos da equipa e dos adversários.

Depois disto, a equipa pareceu sofrer do efeito "não podemos fazer melhor" e caiu de produção, perdendo quase todas as jogadas em individualismos ou desentendimentos. Do outro lado, os espaços começaram a surgir e, aproveitando-os, marcaram-se mais golos.

Pelo meio viram-se alguns lances que merecem realce:

- um golo de Filipe que aproveita um "embrulho" oferecido por Chrystello e Vinay - hilariante;

- uma entrada feia de Moreira sobre Chrystello - violento;

- uma entrada que não chegou a acontecer, quando Coelho foi disputar uma bola e surgiram 2 adversários de pé em riste - perigoso;

- apatia de alguns B's, mesmo a perder e com tempo para recuperar, demoravam nas reposições de bola - reprovável.

No final, vitória dos A's por 7-3.

Destaques:

Jogador mais influente: Filipe (2 golos e muitos cortes)

Jogador mais desatento: Rocha (muito distraído e encostado a uma linha da defesa)

Jogador que mais correu: Filipe (sempre a apoiar o ataque e a socorrer a defesa)

Jogador mais inconsequente: Moreira (destoou na equipa, sem grande envolvimento)

Autor do golo mais bonito: Vinay (Filipe ainda está a tentar perceber o que se passou)

Autor da melhor defesa: Chrystello (no chão e quando João Afonso já gritava golo, surge a varrer e a impedir o golo).